Capítulos (3 de 9) 14 Jan, 2021

Epilogo 1

Já havia se passado dois dias desde que a batalha contra Kai tinha acabado, desde então Ryuga estava no hospital, porém ele não acordou uma única vez, mas estava tudo bem com ele, ele só precisaria de alguns dias e logo se recuperaria.

Quem estava no quarto de Ryuga era Aldy, que por mais que eles não fossem muito próximos, eles eram vizinhos, e graças ao incidente com Yuko, os dois se aproximaram bastante, se tornando amigos.

Ryuga finalmente tinha acordado, e foi recebido por Aldy sentado no banco ao lado de sua cama, enquanto o sol que vinha da janela do outro lado iluminava aquela sala, junto com o vento que ventilava o lugar.

“Al?”

“Parece que você está bem ferido, hein?”

“Mas ficou tudo bem, portanto eu cumpri a promessa”

“Sim, eu já deveria ter imaginado que você ficaria nesse estado”

Aldy disse, mas apesar de Ryuga ter se esforçado bastante, ela não parecia nem um pouco nervosa, talvez só o fato dele ter voltado vivo, já tinha aliviado ela.

“Como Yuko está?”

“Ela está bem, apesar preocupada com você”

Aldy disse, olhando para o teto.

“Então você contou...”

Ryuga disse, enquanto soltava um pequeno suspiro.

“Não podia?”

“Não é isso, só achei que não queria deixá-la preocupada”

“Só achei que ela merecia saber”

“Entendo”

Ryuga olhou para a janela do quarto, observando a cidade ensolarada.

“Hayato passou aqui de manhã, ele deixou aquelas flores”

Aldy disse, enquanto apontava para algumas flores que estava em uma jarra de água.

“Entendo”

“E agora a pouco Lael também estava aqui, ela pediu para agradecer por tudo”

“Isso é bom, fico feliz que ela finalmente conseguiu se libertar de suas amarras”

Ryuga disse, ficando mais aliviado

“Alias, para onde ela foi?”

“Como os ferimentos dela não eram tão graves, ela não precisou fica no hospital, então ele disse que precisava fazer algo urgente, e não podia deixar para depois, era algo sobre acabar com tudo de uma vez por todas”

“Ah sim, entendo”

“Você não está preocupado?”

Ryuga com um olhar de dúvida no rosto, não entendeu muito bem.

“Preocupado?”

“Sim, dela voltar para aquele mundo que muitos desconhecem, ou tentar fugir”

“Ah, isso, eu não acho que isso irá acontecer, eu sinto isso, ela parece que nunca quis viver naquele mundo que não deve ser pisado”

“Mas e se acontecer?”

“Isso é fácil!”

Ryuga apontou com o dedo indicador para Aldy”

“Eu vou lá, e busco ela de volta, eu serei um rei Dragão, e irei atrás de qualquer companheiro que esteja precisando de ajuda, eu destruirei qualquer um que esteja atormentando essa cidade, ou em qualquer lugar!”

Aldy não aguentou ver aquela cena, e começou a soltar uma pequena risada.

“Fico feliz que finalmente você tenha ficado mais alegre”

“Sim, acho que você é metade responsável por isso, obrigada”

“Não há o que agradecer”

Aldy se levantou da cadeira.

“Acho que vou indo então, até mais”

Logo quando Aldy saiu, podia se ouvir vozes e algumas risadas do lado de fora do quarto, e logo então pôde se ouvir a porta sendo aberta.

“Parece que você se ferrou de novo”

Yuko disse, ao entrar no quarto.

“Acho que você não tá muito em condições de poder falar isso”

Ryuga disse, ao ficar feliz de ver ela.

“Olá Ryuga”

“E aí, Yuko”

Os dois se cumprimentavam enquanto trocavam sorrisos.

***

Lael estava andando em uma rua, naquele som, ela carregava uma mochila, e algumas malas, como se ela estivesse viajando, ou se mudando para algum lugar.

Ela passava em um bairro até que muitos simples, e Lael olhava para tudo aquilo de forma tão familiar, e de certa forma até que nostálgica, como se sentisse falta de tudo aquilo, e estava muito aliviado de poder ver tudo aquilo novamente mais uma vez.

Ela parou quando se aproximou de um parque, que a muito tempo atrás ela sempre ia, mas que por mais que ela não era mais tão cheia quanto antes, ela ainda tinha um certo carinho especial por tudo aquilo.

Ela passou o dedo sobre um brinquedo que tinha naquele parque, fazendo seu dedo ficar sujo com a poeira que aquele brinquedo tinha acumulado durante todos esses anos, quanto tempo será que ninguém usava aquilo? Se você o olhasse de longe, até parecia que o brinquedo estava triste, e não só ele, mas todo aquele parque parecia meio triste e solitário.

Lael parou em frente há um balanço, e se sentou nele, e fechou os olhos, deixando a brisa do vento passar por ela.

“Não se preocupe, vocês não estão mais sozinhos”

Lael disse, começando a se balançar um pouco nele.

“Como eu senti saudade de tudo isso...”

Após um tempo sentada ali, ela se levantou e se dirigiu há um lugar que era tão querido para ela, quanto o parque, um lugar que ela passou anos indo lá, e talvez só tenha parado por causa do trágico acontecimento.

Era um fliperama que ela costumava ir, o lugar que ela passava horas jogando sem ver o tempo passar, e o mesmo lugar que conheceu seus amigos, um lugar tão velho, mas cheio de amor e carinho e cheio de lembranças, tanto por quem frequentava quanto para quem cuidava do lugar.

Ele era mais frequentado que antes, mas ainda era bem empoeirado, mas talvez ele tenha ficado um tempo sem abrir, pois dava para ver que a fachada tinha sido limpa recentemente. O lugar também tinha mais funcionários trabalhando, dava para ver que tinha uns três no fundo, e no lado de fora, podia ver o velho dono da loja, em que Lael já estava totalmente familiarizada varrendo o lado de fora.

“Parece que finalmente resolveu aparecer, Lael”

O velho dono da loja respondeu ao avistá-la”

“Sim, desculpe ter sumido”

“Está tudo bem, aconteceu algo?”

“Bem, eu tive alguns problemas, mas agora já está quase tudo resolvido”

“Entendo, quando tiver tempo então, volte a jogar aqui, você sempre será bem-vinda, chame Hayato também, desde da morte daqueles jovens, o lugar não era como o mesmo, se bem que recentemente começou a encher”

“Não se preocupe, nós voltaremos sim!”

Lael disse, enquanto se despedia do velho dono da loja.

“Certo, agora só tem uma coisa que preciso fazer, para encerrar tudo isso de uma vez!”

Lael disse, enquanto batia em seu próprio rosto, com as palmas de suas mãos, para tomar coragem.

Ela chegou um uma pequena rua, com lojas e rosto familiares, as pessoas a olhavam impressionada, pois já não havia há tempos.

As pessoas eram pessoas que ela conheceu quando era apenas uma criança, o padeiro aonde ela sempre comprava pão, dono de uma mercearia aonde ela sempre comprava o que precisava, e geralmente sempre na hora que basicamente tudo já tinha fechado.

Aquilo para ela, era tão nostálgico, tão nostálgico que era até difícil segurar as lágrimas, mas ela precisava ser forte naquele momento.

Ela tinha chegado em uma pequena casa, que não era muito grande, era bem simples na verdade, parecia que só morava uma pessoa ali, e diante dessa casa, Lael parou na frente.

“Certo!”

Lael disse, apertando seus punhos, tomando coragem, então ela seguiu até a porta da frente, e então tocou a campainha.

Passou alguns minutos, e nada, então ela tocou de novo, após alguns momentos ela começou a ouvir passos indo em direção a porta, Lael engoliu a saliva, e estava um pouco nervosa.

E logo ela viu a maçaneta se girar, e a porta ranger, até que finalmente ela começou a se abrir, e começou a ver o rosto de uma pessoa que ela não via a muito tempo, sua irmã Lea Umbra.

Ela não parecia estar nas melhores condições, parecia que quando Lael simplesmente fugiu de todos, não fez muito bem para sua irmã.

“Lael...”

Sua irmã disse, ao vê-la na porta.

“Eu sei que é meio estranho aparecer assim do nada, mas...”

Lael engoliu sua saliva.

“Eu estou de volta!”

Sua irmã tentou segurar as lágrimas, e tentou abrir um sorriso, mas mesmo assim dava para ver lágrimas escorrendo de seu rosto.

“Bem vinda de volta!”

E então as duas entraram, e Lael finalmente voltou para o seu verdadeiro lar, Lael descansou um pouco em seu quarto, mas logo ligou seu notebook, e começou a fazer a última coisa que precisava ser feita.

E com sua habilidade hacker, ela tirou seu nome, e sua existência do lado negro da cidade, fazendo parecer que tudo eram relatos ou até mesmo uma creepypasta na internet, e com isso ela finalmente estava de volta ao lugar que ela sempre pertenceu, e tudo foi graças a Ryuga.

E aproveitou o resto desse tempo até o jantar para descansar, porque ela estava psicologicamente exausta.

A hora do jantar chegou, e as duas conversaram melhor, e Lael explicou tudo o que aconteceu, e contou um pouco sobre tudo que tinha acontecido, sua irmã não deu uma bronca, nem mesmo sentiu raiva por ela já ter matado alguém, ao invés disso, ela apenas a abraçou.

“Está tudo bem, o importante é que tudo acabou”

Antes delas continuarem a conversa, Lea perguntou o que a tirou desse mundo, e o que mudou a sua cabeça.

“Bem, isso...”

Ela parou, pensando melhor nas palavras o que ela deveria dizer, algo que poderia descrever bem Ryuga, mas ela apenas disse:

“Um certo rei dragão” 

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