Capítulos (1 de 7) 30 May, 2023

Capítulo 4- O Drácule mais forte

Lorena estava desnorteada com a situação, tendo lembranças rasas do lugar que se encontra por causa de algumas visitas que fez a casa Drácule quando era criança. Ao ver Kagaya entrando no quarto, a primeira reação da garota é pular do sofá que estava, e correr em direção ao garoto para atacá-lo, porém, um fio de algo que parecia ser pura escuridão agarra o corpo de Lorena, vindo de Kuro.

— Seus desgraçados, me soltem! - Diz Lorena, se debatendo para tentar se soltar.

— Já falei, eu preciso perguntar algumas coisas pra você, e tente não me enrolar, eu não costumo ficar calmo quando alguém me ataca do nada.

— ... Tá, pergunta logo.

— Antes de mais nada, porque você e o meia cara me atacaram?

— Pra te eliminar antes do rating game.

— Rating game? E o que caralho é isso?

— É uma competição entre a nova geração das 12 casas que passarem no teste, e como sempre, a casa Drácule e a casa Hellsing passaram, a daquele garoto deve ter passado também. Sabemos que você é a maior ameaça durante o evento, então queríamos o eliminar o quanto antes.

— É por isso que o pai me pediu para te ajudar a despertar seus poderes de Drácule. - Disse Kuro, com um tom de voz calmo.

— Porque eu sempre sou o último a saber dessas coisas? - Kagaya se joga no sofá, com o rosto contra a almofada.

— O rating game vai definir quais famílias entrarão nas 5 maiores, e quais entre as 5 vai subir de posição. Além de fazer o melhor combatente de cada casa se tornar no herdeiro, independentemente da idade. - Disse Lorena, enquanto calmamente se senta em uma cadeira.

— Pera... então sua filha vai estar lá Kuro? Ela é uma herdeira também, já que você é o mais velho.

— Não é literalmente qualquer idade, o mínimo é 13 anos, minha filha tem 4. E mesmo que ela tivesse 13 anos, a Melissa provavelmente não me deixaria ingressar ela, a Melissa não é a mãe biologica da Harley, mas tem um grande apreço pela menina. - Kuro responde, com um sorriso em seu rosto.

— Bom... eu não pretendo ganhar esse rating game, até porque não quero ser patriarca da família. Então eu só vou ajudar você e os outros irmãos que vão participar. Falando nisso, quais são os participantes da nossa casa? - Kagaya se levanta, ficando sentado no sofá enquanto olha para Kuro.

— São no total 7 participantes. O primeiro selecionado obviamente foi você, mesmo que não seja o filho mais forte, você é o que evolui mais rápido. O segundo selecionado foi o Luther, os poderes de cura dele são muito importantes pra essa disputa. O terceiro foi o Sasaki, ele vai ser a nossa espada e escudo. O quarto foi eu, ainda não sei minha posição. O quinto foi o Dante, como eu e ele somos gêmeos diferentes, nossos poderes são opostos. O sexto foi o Aidan, a magia gravitacional dele é muito poderosa. E o último é a nossa carta na manga, o Takashi.

— O Takashi sequer pode participar? Ele não é um Drácule de sangue.

— Adotado ou não, se carregar o sobrenome Drácule, pode ser selecionado. E até mesmo nosso pai sabe que com o Takashi no time a vitória é certa, o poder dele é equivalente ao dos patriarcas.

— Certo, então eu não vou precisar me esforçar muito..., mas o que a gente faz com a menina ali? Ela ouviu sobre nossos membros.

— Ah, isso não é problema, mesmo se ela soubesse a fraqueza dos nossos combatentes, eles não nos venceriam.

— Como é?! - Lorena falou em um tom de voz alto, visivelmente irritada. - A casa Hellsing é muito mais forte que esses merdinhas ai que você disse!!!

— Você perdeu pra mim em menos de 3 golpes, e eu nem bati tão forte. - Diz Kagaya, enquanto olha para o teto.

— Isso foi só um erro de cálculo, eu não lutei com tudo desde o início, aí eu acabei perdendo.

— Sei.

Conversa vai, conversa vem, Kagaya acaba por ir embora, enquanto Kuro ficava responsável por levar Lorena de volta para casa. No caminho para a casa Hellsing, a garota tenta puxar algum tipo de conversa, para quebrar todo o clima tenso.

— Eh... Como é a vida lá na Mansão da sua família? - Lorena falou em um tom baixo, com seu rosto virado para o chão.

— Bem parada, não tem muito o que fazer. Atualmente eu não moro lá, mas eu lembro da época que morava.

— E onde você mora?

— Na cidade mesmo, vivo com minha filha, não preciso daquele luxo todo pra viver.

— Entendi... O Kagaya é realmente forte, eu fui com tudo pra cima dele, e ele ficou brincando comigo...

— O Kagaya não é como a maioria dos vampiros, ele sempre vai lutar usando uma quantidade de poder suficiente pra derrotar o inimigo, ele quer acabar com a luta rápido. Especialmente contra pessoas como você, que ficam mais fortes enquanto lutam.

— Hum... Aliás... quem é Takashi?

O clima repentinamente ficava mais pesado, é possível sentir que Kuro não estava muito confortável em comentar sobre, porém mesmo assim ele fala.

— O Drácule mais forte, o primeiro ser vivo a nascer com o 2° núcleo desperto. Até os patriarcas tem medo dele. Além de ser a pessoa mais rica do mundo atualmente, dominando a econômia de vários países

— Como nenhum humano teve suspeitas desse cara ainda? - Indagou Lorena, perplexa com isso tudo.

— Muitos suspeitam, mas ninguém tem coragem de enfrenta-lo, mesmo entre os humanos ele é temido.

— Então ele vai estar no Rating Game?

— Até onde sei, ele confirmou que estará.

Ambos chegam na Casa dos Hellsing, e Lorena entra na casa, enquanto Kuro entra em sua própria sombra, saindo dali.

                                                                                                     ?...?

Kagaya acaba por chegar no apartamento, entrando pela janela, com um semblante de preocupação. Kagaya tem noção que Takashi é uma pessoa perigosa e difícil de se lidar, e tem um pouco de medo das coisas saírem do controle perante a presença de seu irmão mais velho. Lalisa estaria na cozinha, com Kamille sentada no balcão brincando com o que restou da massa usada para uma torta de frango. A jovem mulher nota a chegada de Kagaya, dando uma leve acenada para ele, para cumprimenta-lo, de certa forma já estava acostumada com a ideia de ter que ficar com mês com um assassino em casa. O vampiro foi andando até a cozinha, e se sentou no chão em baixo do balcão, e ao se sentar, a bebezinha engatinhou até a cabeça de Kagaya, subindo nela, ao perceber, o garoto a pega e fica segurando a menina de frente para ele, como se estivesse segurando um objeto qualquer, analisando os detalhes da menina.

— Isso não faz sentido. - Disse Kagaya.

— Oque? - Lalisa permanece concentrada na receita.

— Você é ruiva de olhos cinzas, essa bactéria é loira de olho azul, como isso é possível?

— O pai dela ué, ele era loiro. E o olho azul, minha mãe tem olho azul, as vezes tinha no meu DNA e passou pra ela.

— Ainda é estranho.

— Você não teve aulas de biologia?

— Eu dormia durante algumas.

— Tenha dó... como ainda não tem provas contra você? As vezes duvido da sua inteligência.

— Mimimi... Bom. Oque você ta fazendo aí?

— Torta de frango.

— Alguma ocasião especial?

— Meus pais estão vindo ver a Kamille, eles não a viram desde que nasceu. E torta de frango é a comida favorita da minha mãe

— Entendi, quer que eu sirva de garçom? Hehe. - Falou em um tom irônico.

— Não, eu quero que você se tranque no banheiro do meu quarto e não saia de lá até eles irem embora, eles podem acabar pensando em coisas erradas se te virem aqui.

— Aaaa, que chatice. Eu queria ter algo pra fazer.

— Tem um videogame do meu irmão em algum lugar do meu guarda-roupa, use se quiser, mas sem volume. Eu vou trancar o quarto.

— É... Deve servir. Que horas eles chegam?

— Em cerca de duas horas.

— Eu vou ficar aqui vendo você cozinhar.

Enquanto ambos conversavam, Kamille estaria sentada ao lado da perna de Kagaya, usando um de seus brinquedos para ficar batendo na perna do garoto. O tempo foi se passando.

Continua... 
Próximo Capítulo: Os Hellsing

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