Capítulos (1 de 6) 16 May, 2024

SIMPLE - capítulo 1

     Em uma noite tempestuosa, a chuva de granizo atingia os telhados como se fossem tiros, e os trovões estrondosos ressoavam como se um monstro rugisse dos céus. Os sons ensurdecedores fizeram uma jovem moça despertar abruptamente em seu quarto. Assustada e ofegante, ela ouviu um chiado que parecia se intercalar com uma voz grave, que lhe deu arrepios. De sua cama, ela avistou uma luz tremulante, e incapaz de voltar a dormir sem descobrir o que era aquilo, levantou-se e caminhou cuidadosamente em direção à porta.


M: — Puta merda! — Um suspiro de alívio tomou conta de Maggie.


     Ao adentrar a sala, percebeu que havia deixado sua antiga televisão ligada (Maggie tinha essa mania, pois o barulho a fazia se sentir menos sozinha), e o sinal ruim fazia a televisão piscar, enquanto passava o jornal da madrugada.

     O relógio marcava 6:15 da manhã, e depois de trabalhar até as 3h da madrugada, Maggie esperava acordar apenas na hora do almoço. Mas as notícias no jornal a deixavam ansiosa. Só se falava do que a polícia categorizou como “um problema controlado”, mas o fato era que oito mortes haviam ocorrido nas últimas duas semanas. A cidade vivia um momento de terror, e as autoridades, como sempre, não conseguiam resolver o problema.

     Sem conseguir voltar a dormir, Maggie abriu a geladeira em busca de algo para comer. Sempre que se sentia ansiosa, comia a coisa mais doce que estivesse disponível, mas, para seu azar, a geladeira estava vazia.


M: — Que droga, vou ter que trabalhar muito essa semana — ela esbravejou, cansada de ver sua geladeira sempre vazia.


      Cansada, ansiosa e com fome, ela pegou um guarda-chuva e decidiu ir até o Jazz Coffee, a pior padaria da cidade. Com as economias que tinha, comer em um lugar melhor era impensável.

        Apesar do frio congelante típico das madrugadas de inverno em Somerville, as caminhadas até a padaria faziam Maggie lembrar de quando era mais jovem e morava no orfanato com seu irmão mais velho. Em todos os seus aniversários, ele acordava cedo para acompanhá-la até a padaria e pedir dinheiro para comprar o doce que ela quisesse. Muito tímida, ela sempre o esperava nos fundos, e o cheiro dos pães frescos e quentinhos a deixava ansiosa e cheia de fome. Mas ao se lembrar dos momentos com seu irmão, uma enorme tristeza apertava seu peito. Ele havia partido e prometido voltar para buscá-la. Infelizmente, depois de dez anos, Maggie já não tinha esperanças.

        No Jazz Coffee, Maggie pediu um café com bastante açúcar e um bolinho de chocolate. Ao seu lado, um homem lia um jornal cuja manchete dizia: “Um fantasma está à solta em Somerville?”, com a foto de todas as vítimas dos assassinatos recentes. Na televisão, o capitão de polícia da cidade e o prefeito Walker faziam um pronunciamento sobre as mortes:


W: — Vocês já devem saber que perdemos mais uma família esta noite. Toda a família Vergara foi encontrada morta em sua própria casa. Reitero o compromisso da cidade com seus cidadãos, sua segurança e bem-estar. Tomaremos todas as medidas cabíveis para capturar esse monstro. Contamos com a colaboração da população. Se tiverem qualquer informação pertinente sobre o assassino, procurem a 27ª Delegacia de Polícia e, por favor, respeitem o toque de recolher. Todos devem estar em casa até as 19h. Obrigado pela compreensão!


M: — “Comprometido com a segurança e o bem-estar dos cidadãos”? Esse filho da puta...


27ª DELEGACIA DE POLÍCIA


      A delegacia parecia enfrentar os dias mais caóticos de toda a história da cidade. Dezenas de ligações chegavam a todo momento, e era impossível distinguir quais informações eram realmente úteis. O capitão Tom Risk parecia não dormir há semanas. Sempre que podia, ligava para sua mulher para saber como estava sua família.


T: — Pessoal, todos na sala de reunião. Agora!


      Os detetives pareciam tão exaustos quanto seu chefe.


T: — Sargento Bart, alguma novidade nas denúncias que recebemos?


B: — Nenhuma, senhor. Chegaram muitas denúncias, e não temos como verificar quais são realmente úteis. Com o pessoal fazendo rondas extras nas ruas, ficamos sem gente suficiente.


L: — Capitão, com todo respeito, essas denúncias são uma perda de tempo — o detetive Lee tomou a palavra. — Estamos desperdiçando o pessoal nessa tarefa, que, sinceramente, é uma perda de tempo.


T: — Algum de vocês encontrou alguma pista nas cenas que investigaram até agora?


       Todos os detetives ficaram em silêncio na sala.


T: — Sem pistas, isso é o que nos resta, mas acho melhor ter homens nas ruas do que nos telefones neste momento. Vou deixar dois policiais apurando as denúncias nos telefones, e os outros estarão à disposição de vocês para dar suporte. Dispensados!


        Os detetives e o sargento se reuniram para discutir os casos.


B: — Beleza, pessoal, vamos revisar os casos — ele apontou para o quadro com as informações dos crimes. — Primeiro caso. Lee, você foi o responsável por esse caso, então comece.


L: — Tá bom. A primeira morte foi a de Marco e Sofia. Eles eram donos do MacPhen Palace, o restaurante mais caro da cidade. As duas pessoas mais ricas da cidade. Foram mortos em casa, na sala de jantar, por volta das 21h. Não havia nenhum sinal de luta, e os corpos estavam intactos, sem ferimentos. Os legistas não conseguiram identificar a causa da morte. Os vizinhos não ouviram um único ruído, como se um fantasma tivesse passado por lá e matado as pessoas.


B: — Detetive Marissa, sua vez.


M: — A segunda morte foi a de Mário Ferguson. Eu já o estava investigando há uns seis meses, suspeitando que contrabandeava medicamentos e armas. Ele era dono de uma boate, não tinha família, e, da mesma forma que os últimos assassinatos, não foi possível identificar a causa da morte.


B: — Agora, por último, Dona.


D: — Família Vergara. Cinco mortes de uma vez: o pai, Antony, a mãe, Neli, e as três filhas, Lessa, Nora e Hyle. Encontramos os corpos em casa e não conseguimos identificar a causa da morte de nenhuma das vítimas.


B: — Temos alguma ligação entre os casos?


L: — Só que não temos uma única pista.


M: — Em nenhum dos casos há sinais de luta ou pelo menos uma tentativa de defesa. As casas não tinham sinais de arrombamento, e as portas estavam trancadas quando chegamos. Ninguém viu ou ouviu nada.


B: — Que droga... — Um profundo desânimo tomou conta do esquadrão. — Então, não temos nada.


M: — Quem vai ficar com o dinheiro das pessoas que morreram?


B: — O quê?


M: — Todas as vítimas tinham negócios, propriedades e uma quantia considerável de dinheiro. Os MacPhen’s tinham o restaurante, o Sr. Ferguson a boate, e a família Vergara era dona do Hospital Vergara.


L: — É, alguém vai ter que herdar a grana e as propriedades.


B: — Vamos averiguar. Como estamos com pouco pessoal, terão que pegar alguns novatos do nível inferior. Cada um investiga seu respectivo caso. Vou verificar as informações que recebemos por telefone e manter vocês informados. Dispensados!


        Marissa desceu as escadas até o primeiro andar da delegacia para chamar um dos policiais para auxiliar no caso.


M: — Beleza, pessoal, vou precisar de um de vocês pra me ajudar no caso do assassino fantasma. Alguém aí tá afim?


     Um grande silêncio tomou conta da sala. Procurar um assassino extremamente perigoso nos primeiros dias de trabalho era intimidante, e caçar um “fantasma” que massacrou famílias inteiras era demais para a maioria, mas no fundo da sala uma mão se levantou.


D: — Eu topo — disse o policial Danny, recém-formado na academia.


M: — Tá, vem comigo — eles se dirigiram para a Boate do falecido Mário.


RUA BROOKS — 16h35


        Maggie caminhava até seu trabalho, uma casa noturna chamada Suite Love. O cheiro de cigarro e maconha a atingia metros antes de entrar, e como odiava o cheiro e a maioria das pessoas que frequentavam o lugar, sempre entrava pela porta dos fundos e ia rapidamente para o camarim se preparar para a noite, onde estavam as outras meninas da casa.


M: — E aí, Lia — ela cumprimentou sua melhor amiga desde que começou a trabalhar.


L: — Oi, gatinha. Chegou cedo hoje.


M: — Eu não tinha muita coisa pra fazer, e tô mais apertada do que nunca esse mês.


L: — É, sei como é. Desde que começaram as mortes, acho que a última coisa que as pessoas querem é ir a uma boate.


M: — Pois é. Você viu aquele vestido coladinho? Vou tentar descolar uma boa grana, ele sempre me dá sorte.


L: — Acho que tá na segunda gaveta, mas o Murtz


M: - Comigo?


L: -Uhum.


M: - O que aquele gordo quer comigo…


      Ela vai até a sala do seu chefe e bate à porta.


Mr: - Pode entrar.


M: - Queria falar comigo?


Mr: - Maggie, senta aí. Eu recebi uma proposta, e você vai ganhar o dobro do que você ganha em uma hora. Um rapaz pediu uma visita particular, disse que pagaria bem e eu disse que você iria.


M: -Você quer que eu vá encontrar um cara estranho e suspeito, porque ele vai pagar bem. Ficou maluco! Olha o tanto de gente morrendo e você quer que vá pra casa de um cara aleatório. De jeito nenhum!


Mr: - Olha, com o toque de recolher o único jeito de termos uma renda é atendendo em casa, ele marcou de encontrar você no hotel Notte Bella, a gente conhece o lugar, é perto, se acontecer alguma coisa é só ligar pra cá.


M: - Por que não manda outra menina? Eu não quero ir, não quero saber se é perto, se é longe. Eu não vou pra um hotel com um desconhecido com um maníaco solto na cidade.


Mr: - O cara pediu especificamente, por você, e eu disse que você vai, ela até já pagou - ele tira um bolo de dinheiro e joga na mesa - aqui tá a sua parte, ou você vai ou nem precisa aparecer aqui. Sem o dinheiro das visitas íamos ter que dispensar uma garotas mesmo. E aí?


M: - Filho da puta! - Ela pega o dinheiro da mesa enfurecida e saí da sala, quase esbarrando em dois Policiais que estavam na porta - foi mal!


Mr: - Quem são vocês?


Ma: - Sou detetive da 27° delegacia de polícia. Esse é meu parceiro, queríamos fazer algumas perguntas sobre o Mário.


Mr: - Entrem aí.


     Com a cabeça girando de raiva e ansiedade, Maggie volta para casa, onde caminha de um lado pro outro. Sem nenhum dinheiro guardado, perder seu emprego seria um desastre total. Mas só a ideia de encontrar um homem desconhecido nessas circunstâncias, a fazia sentir-se como um rato indo em direção ao queijo na ratoeira.


M: -O que eu faço, o que eu faço?! - Desde o começo dos assassinatos o faturamento caiu mais da metade, junto com seu salário. Se as coisas continuarem, ela não teria o que comer, nem como pagar o aluguel - Que se dane!

 

    Maggie troca de roupa, pega sua bolsa e vai para o hotel.


SALA DO MURTZ


     Os Detetives entram na sala de Murtz, e o visual se parecia mais com um calabouço. Algumas armas estampadas na parede se intercalam com uma quantidade exagerada de objetos sexuais. Marissa e Danny encaravam os objetos tentando decifrar o que aquelas coisas faziam.


Mr: - Me perdoem pelo visual da sala, é que eu assumi o lugar a pouco tempo e com a correria não consegui mudar nada.


Ma: - Você que gerencia o lugar agora?


Mr: - Na verdade, agora eu sou o dono.


Ma: - hum… E o que você fazia antes?


Mr: - Eu era um “faz tudo”. Supervisionava a segurança da boate e das meninas, cuidava da parte financeira, e resolvia os problemas que aconteciam. Basicamente tudo que o Mário não queria fazer, mas se eu fosse ele, eu também deixaria alguém cuidando dessas coisas chatas.


D: - O senhor Ferguson tinha parentes, vivos e que mantinha contato?


Mr: - Eu sei que ele está divorciado, e tem um filho. Mas eles não moram mais na cidade faz um ano.


Ma: - Ele tem irmãos? Pai? Mãe?


Mr: - Tem sim, a família dele é de Primrose.


D: - Vocês eram muito próximos?


Mr: - Tínhamos uma relação, como posso dizer, profissional?


Ma: - Então vocês não eram muito próximos, ele tem família, e um filho, e deixou tudo pra você?


Mr: - Ele se distanciou da família depois que abriu a boate. Eles eram muito religiosos e dá pra imaginar que eles não ficaram nada contentes com a nova empreitada do filho, e com certeza não iriam assumir o lugar.


D: - Enquanto a ex mulher e o filho?


Mr: - Ele odeia ela, os dois brigavam muito e tinham uma péssima relação, ele nunca nem foi ver o filho e nem saber como ela estava. Tudo que ele queria era distância daqueles dois, como ele mesmo dizia, “Eles também abandonaram ele”.


Ma: - Quem era a garota com quem você estava discutindo? - Da janela, Marissa a viu indo embora da boate.


Mr: - É a Marggaret, é uma funcionária antiga da boate.


D: - Por que ela estava brava?


Mr: - Foi uma discussão de negócios. Essas coisas acontecem nas melhores famílias, e aqui não é diferente, o trabalho às vezes é estressante e acho que vocês sabem bem como é.


D: - Qual era o trabalho, se me permite perguntar?


Mr: - Um rapaz contratou os “serviços” dela, se é que me entende. Mas ele queria encontrá-la no Notte Bella e ela ficou um pouco alterada.


Ma: - Compreensivo não acha? Mandou uma garota encontrar um estranho em um lugar longe do alcance de vocês.


Mr: - Não se preocupe, nós temos bons seguranças prontos pra qualquer emergência.


Ma: - E por que não não ajudaram o senhor Ferguson?


Mr: - Porque capturar um Maníaco genocida, deveria ser trabalho da segurança pública, não acha? Ou você acha melhor chamar um caça fantasma? Talvez eles façam um trabalho melhor.


D: - Quer saber, isso era tudo. Obrigado pela atenção.


Mr: - Disponham!


     Eles voltam para a viatura e vão embora. Marissa estava com tanta raiva, que era possível ver sua narinas se retraindo.


Ma: - Que idiota!


D: - Esquece isso, vamos se concentrar no caso que é mais importante.


Ma: - Beleza.


HOTEL NOTTE BELLA


M: - Oi, eu tenho uma reserva pro quarto 303 - Ela se apresenta na recepção.


R: -Qual seu nome?


M: - Marggaret Walton.


R: - Muito bem. Aqui está sua chave, tenha uma ótima estadia!


M: -Obrigada.

 


    Se dirigindo para o quarto, Maggie sente seu coração acelerar, suas mãos tremulam, um suor gelado desce pelo seu rosto à medida que o elevador chega mais perto do andar. Quando ele abre, Maggie para em frente a porta por um instante, sentindo uma falta de ar ela respira fundo tentando se acalmar e criando coragem, ela abre a porta e se depara com ele. Um homem que parecia ter no máximo 1,65 de altura, com um grande cabelo cacheado, virado para a janela.


M: -Oi.


- Opa, e aí - O homem a responde sem tirar os olhos da janela, o que a deixava mais nervosa - por favor, entre e fique à vontade, eu deixei alguns doces na cabeceira pra você.


M: - Valeu, mas eu passo, prefiro trabalhar de estômago vazio.


- Tudo bem, mas acho que o trabalho que eu tenho pra você hoje é um pouco diferente do que você costuma fazer - Ele a chama com os dedos para se aproximar da janela.


M: - O que foi?


- Tá vendo aquele rapaz de casaco marrom e cachecol, abrindo o porão daquele café?


M: - Tô.


- Sabe quem ele é?


M: - Sei, é o Hummels, Administrador do hospital. Já vi ele várias vezes na boate, mas com a grana que ele tem, não sei o que ele vai fazer nesse lugar.


- Ele costuma frequentar a boate?


M: - Na maior parte das vezes ele só ia conversar com o Murtz, mas sempre que ele briga com a esposa, ele contratava minha amiga, acho que a esposa nunca descobriu - Ao olhar pra mesa ao lado da janela, Maggie sente seu coração gelar. Várias fotos das pessoas mortas estavam espalhadas, e outras de algumas pessoas que ela conhecia, inclusive de seu chefe Murtz.


- Entendo.


M: -Olha, sinto muito, mas meu trabalho não é dar informações sobre outras pessoas. Eu tô caindo fora! - Ela pega sua bolsa e corre para a porta.


- Espera aí!

 

    O corpo inteiro de Maggie treme.


- Leve os doces, eu mesmo fiz, espero que goste.


     Pela primeira vez ele vira o rosto, e olha nos olhos de Maggie. Com um sorriso calmo que a fez arrepiar. Ela pega a caixa e vai embora do hotel e finalmente pode respirar aliviada.


JAZZ COFFEE 00:30


     Na madrugada fria, Murtz, junto com alguns de seus amigos capangas, se encontram com Hummels no porão do Jazz Coffee para discutirem sobre um novo trabalho.


H: - Qual é, trouxe seus irmãozinhos porquê, acha que vou te passar a perna.


Mr: - Ram, com você eu não preciso me preocupar, mas a nossa cabeça pode estar na lista desse maluco, então se eu fosse você arruma uns irmãos também.


H: - É… pior que não é uma má ideia - Eles se cumprimentão - Bom te ver irmão.


Mr: - Você também, parceiro. Fala aí, que sê queria discutir comigo.


H: - Recebemos outro pedido da Samson. Eles querem outra carga, do tamanho da última. Só querem mudar o tipo. Precisam de H3.


Mr: - Esse é difícil de achar.


H: - Muito. Mas a grana compensa 60 mil pratas. E eu não sei como andam os negócios na boate, mas eu tô ficando quebrado, meu querido.


M: - Sei como é.


H: - Tá dentro?


Mr: - Demorou.


H: - Beleza! Vou avisar o resto do pessoal, e pegar o material que a gente precisa.

 

    De repente eles ouvem uma voz:


- Olha, espero que vocês não se incomodem com uma crítica construtiva, mas bem que vocês podiam marcar essas reuniões mais cedo. Tava com tanto sono que mal consegui entender o que vocês disseram.


H: - Quando esse mané entrou aqui?


Mr: - Ele tá com você?


H: - Eu nem conheço.


Mr: - Apaguem esse cara.


    Todos os capangas de Murtz sacam suas armas para matar aquele garoto.


- Péssima escolha, senhores. Poderíamos resolver isso conversando.

 


     O frio que já parecia atravessar os ossos de qualquer um como agulhas, parecia estar se intensificando cada vez mais e em um piscar de olhos, todos estavam congelados até o pescoço.


Mr: - Porra! Na Na Na… Não consigo me mexer - seus lábios tremiam,e os membros que não doíam incontrolavelmente, agora estavam completamente dormentes - aaahhhhhrrrrr!!!


- Cara, nem imagino o quanto isso deve ser doloroso, mas eu avisei.


H: - O que que você quer, cara!?


- Só preciso de umas informações, e para facilitar a vida de vocês, o que quiser falar primeiro, eu descongelo. Então, boa sorte! Espero que vocês não morram.

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