Capítulos (1 de 6) 24 May, 2024
SIMPLE - capítulo 2
CAPÍTULO 2
Pela manhã, Maggie encarava os doces que havia ganhado. Apesar de saber muito bem que era uma péssima ideia comê-los, uma tentação não a deixava jogá-los fora; o cheiro do Brownie com bastante chocolate, os cannolis com gotas de chocolate que pareciam super crocantes e saborosos, os bolinhos com ganache de chocolate e morangos, tudo parecia uma delícia.
M: -Droga, droga, droga… Tá parecendo tão bom - Indecisa ela tentava convencer a si mesma de que podia comer - Vamos lá, para de ser paranóica, ele era só um cliente estranho que você não vai precisar ver nunca mais.
Ela finalmente decide provar os doces e estende sua mão para comer um brownie, mas o tilintar da campainha ressoou na casa. Alguém estava na porta. Mas quem a visitaria essa hora da manhã. Será que aquele homem havia encontrado o seu endereço. Um arrepio tomava conta de seu corpo só de pensar. Ela se aproxima da porta, respira fundo e abre a abre.
M: -Aaahhh!
L: -Aaahhh! Maggie, quer me matar do coração.
M: - Sua… idiota. Eu que quase morri do coração.
L: - E aí, posso entrar?
M: - Entra.
L: - Eu soube que você foi encontrar um maluco anteontem. Fiquei muito preocupada, o murtz foi atacado e chegou todo machucado no dia que você se encontrou com aquele cara. Eu fiquei te ligando, e te ligando,por dois dias, mas você não me atend… - Ela vê a caixa de doces na mesa - O que é isso aqui?
M: - A caixa de doces?
L: - Aaaahh sua safada, eu morrendo de preocupação e você aqui, se empanturrando de doces. Quer saber, vou te perdoar por ser uma péssima amiga depois de ajudar você a comer esse brownie.
M: - Não Lia - Ela se joga tentando impedir sua amiga de comer.
L: - Qual é, vou comer só uns, deixa de ser murrinha - Ela morde o biscoito.
M: - Não come, eu ganhei isso do cara que eu encontrei anteontem.
L: - E o que que tem? Ai meu Deus…
M: - Isso aí.
L: - Vocês fizeram alguma sacanagem com a comida.
M: - O que?
L: -Ai meu Deus, por isso que tá com esse gostinho meio agridoce. Olha aqui piranha, não pode deixar os caras enfiarem o que quiserem no seu brinquedo - Ela briga com Maggie enquanto continua comendo.
M: - A gente não fez nada com a comida, maluca.
L: - Graças ao pai, porque isso tá maravilhoso. E por que eu não posso isso?
M: - Porque o cara que eu encontrei ontem, era todo esquisito. Ele ficava encarando a janela, não quis fazer sexo, só algumas e perguntas e tinha um monte de fotos escrotas.
L: - Só isso? Amiga, quem me dera encontrar alguém assim. Uma vez, uma mulher me chamou pra ficar de joelhos me dando salsichão na boca enquanto ela se masturbava. Eu voltei cheia de grana, e sem um pingo de fome. Enfim, dias de glória.
M: - É, só que as fotos que ele trouxe eram dos assassinatos que aconteceram, do Murtz e de vários figurões que passaram pela boate.
L: - O que?! E você me deixou comer essa merda? E se ele for o assassino?!
M: - Da próxima eu encomendo um salsichão pra você morrer nos seus dias de glória.
L: -Não teve graça, eu podia tá morta e você não ia ter ninguém pra te fazer companhia enquanto você chora vendo aquele filme do robozinho que ama robozinha.
M: - Desculpa - Ela se senta no sofá e deita sua cabeça no peito da Lia, que afaga seu cabelo.
L: - Então, ele não fez nada com você?
M: - Não, ele parecia super concentrado nas pessoas que passavam pelo Jazz Coffee.
L: - Alguém tem que avisar ele que aquele lugar é uma droga. Vem.
M: - O que vai fazer?
L: - Aqui - Ela entrega o telefone para Maggie - Vamos ligar pra polícia, denunciar esse otário, comer os doces dele e assistir o filme do robozinho que recicla lixo.
M: - Tá bom.
DE VOLTA A DELEGACIA - 07:00 am
Logo cedo, Marissa chega à delegacia e vai direto até a copa. Ela mal podia esperar pelo que ela considera a melhor parte do seu dia, o café doce e quentinho no frio congelante das manhãs. Se a cidade não estivesse uma bagunça, ela com certeza se sentaria com seu livro preferido e tomaria um bom café da manhã até seus companheiros chegarem e começar o expediente. Mas não havia tempo para isso. Com os arquivos na mesa, ela tentava achar alguma solução para o caso.
D: -Bom dia, detetive.
M: - Bom dia, Danny. O que tá fazendo aqui esse horário.
D: - Bom, todo mundo sabe que você chega cedo, então pensei que como somos parceiros, eu poderia chegar cedo e discutir o caso.
M: - Tudo bem. Você descobriu alguma coisa?
D: - Bom, eu tenho uma ideia, e se o assassino for uma Meríade?
M: - Uma Meríade? A principal organização criminosa de Áquila? Que tenta destruir a capital a uns 200 anos, decidiu vir pra Sommerville e matar uma série de cidadãos anônimos?
D: - Qual é, você tem que admitir que o M.O. combina perfeitamente com todos os “Casos Meríades”. Mortes súbitas, sem vestígios e sem pistas.
M: - Olha, a gente nem sabe se elas existem de verdade, pq ninguém nunca conseguiu encontrar uma. Pode ser só um mito.
D: - Então, por que não deixam mais mulheres entrarem no castelo, e nem fazer parte dos Cavaleiros Reais?
M: - E de onde você tirou essa informação?
D: - Bom, é o que dizem. E eu nunca vi uma mulher no castelo.
M: - A rainha.
D: - Essa não conta.
M: - A filha da rainha.
D: - Qual é, essas não contam - Ele se levanta para cortar um pedaço de bolo, e acaba se machucando junto - Merda! Aarrrr.
M: - O que foi?
D: - Me cortei.
M: - Deixa eu ver - O corte era bem profundo - Vai precisar de uns pontos.
D: - Que droga. Vou passar no hospital.
M: - Quer que eu te leve?
D: - Não precisa, eu vou rapidinho. Se tiver alguma novidade, me liga.
M: -Claro.
Algumas horas se passaram depois que Danny foi ao hospital, e todos já chegaram para trabalhar. Marissa estudava o seu caso quando o capitão a chama em sua sala.
M: - Queria me ver capitão?
T: - Aham, você conhece o Murtz Miller?
M: - Sim, eu fui até a boate dele verificar algumas informações pertinentes ao caso, faz uns dois dias.
T: - Ele me ligou ontem a noite. Disse que foi atacado quando estava indo visitar um amigo no Jazz Coffee. Quando eles estavam conversando um garoto chegou e espancou todos eles. Eu tomei a liberdade de formular um arquivo pro caso e dei uma cópia para cada detetive. E como você já estava investigando o Ferguson, e conhece bem o Murtz, vou designar você como primária nesse caso.
M: - Claro, Capitão.
T: - Muito bem, dispensada.
No lado de fora os outros detetives e o sargento esperavam por ela.
M: - Beleza pessoal pra sala de reunião.
Todos entram na sala e Marissa pega um quadro com informações sobre as mortes anteriores, que mais parecia um mural de foto espalhadas já que não havia nenhuma pista até o momento. Mas finalmente, eles tinham algo para começar. A adrenalina e ansiedade tomavam conta do esquadrão, que mal podia esperar para começar a investigar as novas provas. Todos folheiam as páginas dos arquivos que receberam freneticamente.
M: - Vamos lá! Nosso principal suspeito agora é um garoto, de cabelos cacheados. Ele tem entre 1,65 e 1,70 de altura. Ele foi visto por volta das 00:30, atacando 6 pessoas. Murtz, que herdou a boate Suite Love e alguns dos seus funcionários foram encontrar a outra vítima, Hummels, o administrador do Hospital Regional de Somerville.
L: - Por que o administrador do hospital foi se encontrar com o dono da boate?
D: - Aqui não está especificado o motivo.
M: - Lee, vai até o Murtz e faz um retrato do suspeito. Aproveita e verifica o que ele queria com o Hummels.
L: - Pode deixar.
M: - Sargento Bart, alguma novidade?
B: - Acho que eu tenho uma informação interessante. Eu fiquei de olho nos telefonemas que recebemos esses dias e hoje de manhã tivemos um interessante. Você conhece uma funcionária da Suíte Love chamada Marggaret Walton?
M: - Conheço sim.
B: - Ela me ligou e disse que tinha encontrado um cara no hotel…
M: - Hotel Notte Bella.
B: - Esse mesmo. Ela disse que se encontrou com um cara estranho, que tinha umas fotos suspeitas, incluindo das vítimas, e do Murtz, horas antes do ocorrido. E o melhor, a descrição bateu exatamente com a do suspeito. Cabelos cacheados, 1,65 de altura.
M: - Maravilha. Escutem, eu vou visitar a Marggaret. Dona você vai até o Hummels e vê se a história dele bate com a do Murtz. Informem ao Sargento o que descobrirem, e o Sargento me deixa a par da situação. Vamos lá.
Todos saem da sala e vão investigar seus respectivos casos. Marissa entra na sua viatura e se apronta para sair, mas antes que pudesse ligar o carro seu telefone toca.
M: - Alô.
D: - Marisa, aqui é o Danny.
M: - E aí, cara. Achei que você ia voltar rápido, chegaram um monte de informações novas.
D: - Desculpa, o hospital tá uma loucura. Abarrotado de gente, eu não via ele assim desde a epidemia do ano passado. Mas pelo lado bom, já fui atendido, só tô esperando eles me darem a medicação que falta e vou ser liberado. Me conta o que tem de novo?
M: - Bom, o Murtz ligou pro capitão ontem e disse que foi atacado junto com o Hummels, que administra o hospital, por um garoto. E hoje recebemos uma denúncia de que uma funcionária da Suite Love se encontrou com uma pessoa horas antes do crime, que bate com a descrição do Murtz. Um garoto branco de cabelos cacheados, com mais ou menos 1,65.
D: - Que estranho…
M: - Pois é, achei que o cara nunca fosse deixar uma pista, quanto mais duas no mesmo dia.
D: - Na verdade, o que eu achei estranho foi o Murtz ter o número do capitão e por que ele procurou ele diretamente ao invés de chamar alguém da delegacia. Ele nem precisava ir lá, era só mandar um dos funcionários que estavam lá ir prestar queixa.
M: - Não tinha pensado nisso.
D: - E esse cara, não parece ser quem a gente tá procurando. Ele se encontrou com uma mulher antes de atacar seis caras. Não faz sentido, parece que ele nem tá se esforçando pra não ser descoberto.
M: - Como se fosse inocente - Ouvir aquilo foi como levar um banho de água fria, a única pista que eles tinham agora parecia ser só mais um beco sem saída - Que droga! De todo jeito, essa é a pista que temos, vamos investigar e ver no que dá. Quer que eu passe aí pra te buscar?
D: - Opa, adivinha quem acabou de passar na minha frente…
M: - Hummels?
D: - O dito cujo. Vamos fazer assim, eu vou fazer umas perguntas pra ele e te ligo jajá.
M: - Esper… - Ele desliga o telefone - urrhh, agora já era.
Marissa liga o carro e vai ao encontro de Marggaret.
CASA DA MAGGIE
L: - Amiga, não sei não. Podia sair com ele de novo, porque esses doces são uma delícia.
M: - Da próxima vez eu posso mandar você, aí você traz os doces pra gente e eu faço a desova do seu corpo.
L: -Eu hein, esse papo tá ficando bizarro. Tem alguma coisa pra beber aí?
M: - Acho que tem na geladeira, deixa eu ver… Eu comprei uns sabores diferentes de refrigerante pra testar.
L: - Foi com isso que gastou o dinheiro extra que recebeu?
M: - Foi baratinho, e eu tava com vontade.
Alguém bate na porta.
L: - Amiga, tem visita.
M: - Abre pra mim.
L: - Você é muito folgada não acha não?
M: - Claro, “eu que sou folgada” - Ela retruca murmurando baixinho - Você quer de melão, ou de abacaxi?
L: - Acho que eu vou deixar pra depois - Ela pega sua bolsa na mesa e corre pra porta - Eu falo com você no trabalho. Te amo, amiga.
M: - Como assim? - Maggie vai atrás de Lia na cozinha, sem entender o que estava acontecendo - pra onde você va…
Ao entrar na sala, Maggie sente seu coração “saltar pela boca”. Aquele homem estava de novo bem na sua frente.
- Oi, desculpa aparecer sem avisar, mas é que eu não tinha seu número e precisava falar com você. Eu trouxe mais doces - Ele vê a caixa quase vazia e coloca a nova na mesa - Pelo visto, a primeira remessa ficou boa.
M: - Na verdade, eu joguei fora - Se sentindo ameaçada ela decide mentir para tentar afastá-lo e o mandar embora o mais rápido possível - Sabe como é, eu nem te conheço, e você tava com aquelas coisas suspeitas na mesa.
De repente, Lia entra pela porta.
L: -Desculpa, eu esqueci minhas chaves em algum lugar - Ela vasculha o sofá para até suas chaves, e se vira para ir embora - Olha seus doces estavam uma delícia a gente se empanturrou, né amiga?
M: - Cala a boca, mulher…
L: -Olha você trouxe mais… vou roubar só unzinho e tô me mandando. Beijos, nega. Te vejo no trabalho.
M: - Vagabunda!
- Você é muito simpática.
L: - Aaawn, obrigada, mas eu tô noiva e sai desse ramo, sabê como é, “o pecado”.
- Mas, você disse que ia encontrar a Margaret no trabalho.
L: - Pro… Meu… Batizado. É… se não eu não ia poder me casar na igreja.
- Você vai se batizar em uma boate?
L: - Escuta aqui, meu filho. Eu não saio por aí te julgando por procurar uma vagabunda qualquer.
M: - O que?
L: - E outra, você não cozinha tão bem assim - Ela pega mais dois brownies na caixa nova e morde um - Esses brownies tão secos. Então vê se melhora, e passa a receita pra Maggie se puder. Passar bem!
- Sua amiga parece… legal.
M: - Mas no fundo é uma vagabunda.
- Eu só queria me desculpar por aquele dia. Eu estava trabalhando, e acabei ignorando você, parado de frente pra janela.
M: - Você gosta de espionar as pessoas e depois espancá-las?
- Não, não foi bem assim.
M: - E foi você que matou aquelas pessoas?
- Não. Eu cheguei na cidade quando os crimes já tinham acontecido.
M: - E pra que eram aquelas fotos?
- Pro meu trabalho. Me pediram pra investigar uma droga que estava sendo comercializada entre algumas gangues na minha cidade. As investigações me trouxeram até esse lugar e até seu chefe. Eu precisava de algumas informações, achei que você poderia saber de alguma coisa, já que trabalhava lá e costuma frequentar o café que eles usam pra se encontrar.
M: -Você ia fazer comigo, o mesmo que fez com eles?
- Não. Eu não queria atacá-los, mas eles levantaram as armas pra mim e eu só me defendi. E quando vi você comendo no Jazz Coffee, percebi que poderia ser apenas uma coincidência vocês frequentarem o mesmo lugar, afinal a comida de lá é horrível. De toda forma, eu precisava checar, por isso te chamei pro hotel.
Estranhamente, o sentimento de medo que antes estremecia o corpo de Maggie, havia desaparecido.Não havia mais motivos para desconfiar, já que ele poderia ter a atacado no hotel, ou ter envenenado sua comida, mas ele a procurou apenas, tentou se explicar e, Maggie sentia que ele estava sendo sincero.
Uma grande curiosidade começava a aflorar sobre aquele estranho e simpático garoto.
- E vou indo. Espero que goste dos doces, e me desculpe mais uma vez.
M: -Espera! Será que… eu posso fazer umas perguntas?
- Mas é claro, o que quiser.
M: - Minha amiga, me disse que a pessoa que atacou Murtz conseguia controlar o gelo. Você pode me mostrar?
Ele sorri, muito surpreso com aquele pedido, como se jamais o tivessem feito tal pedido.
- Você, nunca viu alguém usando energia?
M: -Nunca - Agora ela estava mais curiosa do que nunca.
- Tudo bem - Ele abre a mão e gelo começa a brotar, formando raízes que se espalharam e cresceram até se formarem em um belo pinheiro de uns 25 centímetros.
M: - Que gracinha!
Boquiaberta, Maggie nem conseguia acreditar no que tinha visto. Por mais histórias e notícias que chegavam até a cidade, ver em sua frente alguém criar algo “do nada ”, foi uma experiência incrível.
M: - Meu irmão e eu sempre discutíamos sobre quais poderes nós queríamos ter.
- E quais vocês escolheram?
M: - Ele queria ser um metamorfo, e se transformar em várias pessoas, animais, essas coisas.
- Super maneiro. E você?
M: - Eu queria respirar embaixo d’água e nadar super rápido - Ao ouvir isso, ele começa a gargalhar, e Maggie sente seu rosto ardendo de vergonha - Por que a graça?
- De todos os poderes que você podia escolher,você queria ser uma piranha.
M: - Idiota - Os dois começam a rir - Qual o seu nome?
- Ou - Ele bate sua mão na testa, decepcionado por esquecer algo tão óbvio - Meu nome é Gustaf, mas pode me chamar de Gus. Ei, e seu irmão? Ele também trabalha na boate?
M: - Não, ele não mora na cidade.
G: - Ainda bem, fiquei preocupado de que ele estivesse com o Murtz quando encontrei ele naquela noite. E onde ele mora?
M: - Pra falar a verdade, eu não sei.
G: - Vocês se distanciaram?
M: - Sim, nós crescemos em um orfanato, e quando completamos 16 anos não podemos mais ficar lá. Então quando chegou a hora de ir embora, ele não tinha emprego e nem dinheiro. Então ele decidiu ir pra outra cidade, tentar ganhar dinheiro.
G: - Pra onde ele foi?
M: - Para Awden. Na época, ainda realizavam expedições pra encontrar a ilha perdida de Myder. Existiam recompensas gigantescas para quem encontrasse essa ilha e a mapeasse. Nós combinamos que assim que a encontrasse, ele viria me buscar e iríamos juntos velejar e conhecer todas as ilhas do mundo, nadar em todos os mares e ver todos os animais do fundo do mar.
G: - Ele nunca voltou?
M: - Nunca. Já faz uns 10 anos que não tenho nenhuma notícia dele.
G: - Sinto muito.
M: -Tá tudo bem - Ela olha para o relógio e vê que já deveria estar no trabalho - Droga, melhor eu ir pro trabalho.
G: - Eu já vou indo então.
M: - A gente ainda vai se encontrar de novo?
G: - Prometo que venho trazer uns doces antes de ir embora.
M: - Vou ficar esperando.
G: - Aqui - Ele anota na tampa da caixa de doces um número de telefone - me chama se precisar de alguma coisa.
M: - Claro.
G: - Até mais.
M: - Até.
NA ESTRADA
Enquanto dirigia ao encontro de Marggaret, Marissa pensava sobre o que havia conversado com seu parceiro mais cedo.
Ma: - Por que será que o Murtz tinha o número do Capitão? - Seu telefone toca, e o identificador mostra o nome de Danny - Finalmente, se ainda quiser a carona eu passo aí…
D: - So…Socorro!!!
Ma: -Danny? - Ela freia seu carro bruscamente - Danny o que tá acontecendo?
D: - Sub…solo do… hospital…
Ela ouve barulhos de pessoas correndo e gritando. Um estrondo ecoa e a chamada é encerrada.
Ma: -Danny, o que tá acontecendo? Danny!!! Que merda! - Ela aciona as sirenes, pede reforço e corre para o hospital.
Marissa entra correndo na recepção e pergunta por Danny.
Ma: -Oi, tô procurando por Daniel Crag. Ele deu entrada hoje por volta das 08:30.
- Desculpe - Ela checa no computador - Ninguém com esse nome foi registrado.
Ma: - O que? Quer saber, deixa pra lá, eu acho ele sozinha.
Ela começa a vasculhar o hospital.
- Senhora! Por favor, você não pode entrar aí - Ela aciona a segurança.
Cada segundo que se passava era precioso, e os inúmeros quartos e salas do hospital faziam Maggie ficar cada vez mais desesperada. Ela caminha até o elevador para ir ao subsolo, quando seguranças a cercam.
- Senhora, para! Não podemos deixar você descer aí sem autorização.
Ma: -Sinto muito, mas é um caso de vida ou morte, e eu vou descer e procurar lá embaixo- Ela aponta a arma para os seguranças que se aproximam devagar, quando sente uma picada em seu pescoço - Que isso!?
O corpo de Marissa fica mole, ela começa a se sentir tonta, sua visão estava turva e sua cabeça girando. Os seguranças a derrubam no chão e a seguram.
Ma: -Me soltem!!! Me soltem, desgraçados!!! - Sua visão escurece e ela finalmente desmaia.