Capítulos (1 de 6) 15 Jun, 2024

SIMPLE - Capítulo 4

CAPÍTULO 4

     O sol da manhã invadiu o quarto de Marissa. Debaixo das cobertas estava muito quente e aconchegante. Seus cobertores novos são tão macios. Há duas semanas que ela havia comprado, mas ainda não tinha usado por dó de estragá-los, já que algumas vezes chegava tão cansada do trabalho, que apenas se jogava na cama, com seu péssimo hábito de não tirar os sapatos.

 

    Marissa se espreguiça, boceja e então olha para suas roupas sujas, suas botas cheias de sangue e se lembra de tudo que havia acontecido na noite passada.

 

    Desesperada, ela se levanta bruscamente e começa a procurar seu telefone por todos os lugar para avisar seu esquadrão sobre o que havia acontecido. Quando ouve o som de passos vindo de suas costas. Rapidamente, ela aproveita que deixa sempre uma arma guardada na sua mesa de cabeceira e a carrega. Depois vai em direção ao som, quando vê um homem de cabelos cacheados olhando para a sua sala de estar.

Ma: -Parado aí! Escuta aqui faça tudo que eu mandar se não quiser levar um tiro na cabeça. Quero que se vire bem devagar, com as duas mãos pro alto - O homem obedece e vira devagar - Quem é você?

G: - Eu sou Gus. Você me ligou ontem e pediu pra que eu viesse te encontrar.

Ma: - Aí você decidiu invadir minha casa enquanto eu dormia.

G: - Eu sinto muito. Mas quando eu cheguei hoje de manhã,no horário que marcamos, a porta da sua casa estava aberta, o seu carro estava estacionado todo atravessado e também estava com a porta aberta. Eu chamei e chamei, e ninguém respondia. Então eu decidi entrar e ver se estava tudo bem. Aí te encontrei quase congelando no chão do banheiro, e te levei pra cama e coloquei o máximo de cobertores que eu consegui encontrar.

 

    Realmente fazia sentido o que ele lhe dizia. Ontem a noite, estava tão atordoada quando chegou que nem se lembrava de ter fechado a porta da casa ou de seu carro. E se ele quisesse a machucar, poderia ter feito enquanto ela estava desacordada.

Ma: - Beleza - Ela abaixa a arma que estava apontada para Gus, mas continua com ela em sua mão,já ainda não confia naquele homem - Pode abaixar as mãos.

G: - O que aconteceu no hospital ontem a noite?

Ma: - Como você que eu estava no hospital? - Assustada com a pergunta, ela segurou forte sua arma.

G: - Eu vi no jornal hoje de manhã. Uma câmera de segurança perto do local pegou seu carro saindo do estacionamento do hospital depois do ocorrido ou durante. Tava escura então não dava pra saber.

Ma: - Que merda!

G: - E aí, o que aconteceu?

Ma: - Olha, se eu te contar você não vai acreditar.

G: -Relaxa, eu já vi muita coisa louca nessa vida. Pode me contar.

Ma: - Meu parceiro, Danny, foi pro hospital ontem e desapareceu. Eu fui investigar, e quando cheguei lá ouvi um barulho enorme que não sei como explicar e todas as luzes se apagaram. Foi perfeito por que como estou suspensa, não poderia exercer minha função naquele momento e eu precisava entrar no prédio. Mas quando eu cheguei lá dentro, eu vi um monte de pessoas mortas, todos funcionários do hospital. Eu ouvi alguns barulhos e os segui, até encontrar uma porta que ficava atrás de uma parede falsa, eu acho. Quando entrei e desci as escadas, encontrei tonéis com corpos de pessoas mortas dentro. Aí uma mulher pegando fogo jogou um cara na parede como se fosse um pedaço de papel e depois carbonizou ele.

G: - Caramba, é… realmente parece loucura - Ele retruca sorrindo.

Ma: - Olha, eu não inventaria isso nem se eu quisesse, tá bom?! Foi isso que aconteceu!

G: - Calma, eu acredito em você tá bom.

     Barulhos de sirenes da polícia tocam do lado de fora da casa de Marissa.

G: - Se eu fosse você não ia lá fora.

     Ignorando o que ele diz, Marissa se dirige até às viaturas. Lee e seu parceiro estavam em um carro, Dona e Bart também estavam com seus parceiros em outros dois carros. A casa rapidamente foi cercada.

Ma: - O que vocês estão fazendo?

B: - Marissa, preciso que você coloque sua arma no chão devagar - Todos sacam suas armas e apontam pra ela.

Ma: - O que? Olha, eu não fiz nada, eu estava no hospital ontem por coincidência.

L: - De onde vem esse sangue nas suas botas?

Ma: - É das pessoas que estavam no hospital. Eu sei que parece estranho, mas não fui eu. Eu tava tentando ajudar, vocês precisam me escutar.

B: - Preciso que coloque a arma no chão e levante suas mãos.

     Gus saí de dentro da casa, e caminha em direção a Marissa.

G: - Olha, acho que eles não ligam muito pro que você tem a dizer.

D: - É aquele cara que atacou o Murtz.

B: - Só vou falar mais uma vez! COLOQUE A ARMA NO CHÃO, E LEVANTEM AS MÃOS AGORA!!!

     Vendo que conversar não ia funcionar, Gus usa seus poderes para criar uma densa neblina. Agora ninguém podia vê-los. Então ele pega na mão de Marissa e foge dali.

L: - O que tá acontecendo?

B: - MARISSA!

D: - Não consigo ver nada. O que a gente faz, sargento?

B: - QUE DROGA!!!

     Gus e Marissa atravessam a casa e saem pela janela dos fundos. Com a neblina, ninguém os via.

Ma: - Pra onde a gente vai?

G: - Pra qualquer lugar longe dos seus amigos.

     Eles correm para dentro da floresta, e seguem sem rumo. Até chegarem a uma boa distância.

Ma: - Droga - Marissa senta no chão exausta.

G: - E aí, tem alguma ideia de pra onde ir?

Ma: - Como você fez aquilo?

G: - O que?

Ma: - Aquela neblina… Como fez aquilo?

G: - Usei a minha energia. É difícil de explicar, e acho que a gente precisa sair daqui o quanto antes, os polícias devem estar nos procurando com todas as pessoas que tiverem. E a neblina que eu fiz já deve ter se dissipado.

Ma: - Tem razão. Eu conheço um lugar pra onde nós podemos ir. Me segue.

G: - Vamos lá.

SHOPPING DARDMOUTH CENTER

     Com o dinheiro extra que ganhou no trabalho, Marissa chama Lia para irem ao shopping da cidade.

L: - Aaaaa a gente tem que passar na SizeLob, eu vi que tem umas roupas novas lindas naquele lugar.

M: - E você vai pagar com o seu dinheiro?

L: - O que acha de você me emprestar e eu te dou no meu pagamento?

M: - Não.

L: - Qual é, quantas vezes eu deixei de te pegar?

M: - ÃÃÃhh deixa eu pensar… TODAS AS VEZES!!!

L: - Qual é Maggie, vamos lá. Tem um suéter lindo que você vai adorar. Você vai ficar chiquérrima.

M: - Tudo bem… Mas dessa vez você vai me pagar direitinho.

L: - Eu ein, você tá toda ranzinza comigo hoje. O que aconteceu? Desabafa florzinha.

M: - Que tal, por que você me deixou sozinha em casa com aquele cara.

L: - Você ainda tá pensando nisso.

M: - Claro que eu tô pensando nisso! Eu podia ter morrido.

L: - Mas não morreu, amiga. Não pensou que eu podia ter ido pedir ajuda.

M: - Você pediu ajuda?

L: - Bom, na verdade não.

M: - Sua idiota!

L: - Me desculpe, eu entrei em pânico, tá bom?! Eu fiquei com medo e fugi. Qual é amiga… me perdoa.

M: - Não sei não.

L: - Lembra do nosso pacto?

M: - Nem vem.

L: - Dá o dedinho - Elas entrelaçam os dedos mindinhos - Fala comigo!

M: - Tá todo mundo olhando, Lia. Que vergonha.

L: - Quanto mais tempo demorar mais tempo eles vão ficar olhando. E aí estranhos! Se estão gostando desse showzinho passem na boate mais tarde!

M: - Tá bom, tá bom, tá bom.

L: - Vamos perder a virgindade juntas…

M: - Ficar ricas juntas…

L: - Achar seu irmão juntas…

M: - Casar juntas…

L: - E morrer juntas!

M: - E morrer juntas! - As duas começam a rir.

L: - Me perdoa, florzinha. Prometo que nunca vou te abandonar - Elas se abraçam forte.

M: - Tá tudo bem.

L: Agora bem que eu já tô ficando com fome.

M: - Tá bom.

     As duas passeiam pelo shopping, olhando as roupas mais caras, entrando nas lojas só pra experimentarem. Eles tiveram a ideia de provar os vestidos de casamento, mas desistiram da ideia depois de constatar que aquilo com certeza daria azar. Depois de se divertir e comer, as duas, cansadas, decidem ir embora.

     Enquanto caminhavam para casa, lia questiona Maggie sobre o homem que estava em sua casa.

L: - Então, o que aconteceu depois que eu saí da sua casa?

M: - Bom, o Gus queria se desculpar, pelo que aconteceu.

L: - O Gus?

M: - É, o nome dele é Gustaf.

L: - hmmmm, então ele não deve ser daqui.

M: - Sim, ele veio de outra cidade. Ele tava investigando algumas coisas e acabou esbarrando no Murtz.

L: - Nada surpreendente. Com certeza ele tá envolvido com muita coisa.

M: - Pois é, isso também não me surpreendeu. Então, depois que ele me explicou o porquê de estar com as fotos, nós conversamos. E você não vai acreditar. Ele consegue fazer gelo com as mãos.

L: - Sério? Não era só um truque de mágica? Achei que as pessoas que tinham essas habilidades ficavam na capital, e que jamais viriam parar aqui.

M: - Eu pensei a mesma coisa, mas ele fez bem na minha frente. Foi muito maneiro.

     As duas andavam calmamente até suas casas, e Maggie convida Lia para dormir em sua casa, a subornando com os doces novos que Gus havia deixado.

     Com a proposta irrecusável as duas vão para casa sem perceber que um estranho carro as seguia na calada da noite.

ENQUANTO ISSO…

 

     Na floresta densa, Marissa e Gus andaram por um bom tempo, até avistarem uma grande rocha que estava cheia de folhas embaixo.

Ma: - Chegamos.

G: - Aqui? Era melhor a gente se esconder dentro de uma viatura na frente da delegacia.

Ma: - Calma. Só vem comigo.

G: - Fazer o que né.

     Mesmo descrente da situação, Gus seguiu Marissa, afinal por mais mais que a polícia o encontrasse, eles não poderiam fazer nada.

 

    Os dois entraram por entre alguns arbustos que cobriam uma fenda na pedra. Seguindo eles chegam, para a surpresa de Gus, em uma porta de madeira no interior da fenda. Ao baterem na porta, a voz de uma mulher os responde:

- Uma vez só perguntarei forasteiros indiscriminados.

     Respondam corretamente, para que seus pescoços não sejam cortados. Qual a pena para os traidores da aliança maldita?

Ma: - Execução, vossa excelentíssima.

- Vocês ganharam o direito de entrar jovens malditos.

G: - Que maneiro, você tem um clube de nerds.

Ma: - Não é um clube de nerds, é uma guilda .

- E, aí? Quem é seu novo, amigo.

Ma: - Na verdade ele era um dos suspeitos de ser o assassino da cidade. O nome dele é Gus. Gus, o rapaz com a fantasia de homem musculoso é o nosso combatente, Sully. O cara de cabelos longos usando arco e flecha é o Pete. A nossa escudeira e vigia da porta é a Vi.

G: - E aí nerds, é um prazer.

V: - Então ele não é mais suspeito?

S: - Se ele fosse, a gente podia torturar ele. Igual fizeram com o Mensch no Retorno do Monstro de olhos azuis.

G: - Retorno do Monstro de olhos azuis?

Ma:- É um quadrinho antigo sobre uma criança que é deixada pra morrer pelo próprio pai. E que acaba sendo encontrado e cuidado pela luz.

V: - Ele quer te deixar do lado de fora pra morrer.

P: - Acho uma péssima ideia. Na história, o Musch é deixado pra morrer, mas não morre. Ele ganha uma nova vida da luz. E no final ele destrói o reino junto com a própria família.

S: - De um jeito ou de outro, a gente morre.

V: - Então, o jeito é a gente ficar com ele.

S: - Mas nem sabemos se ele é digno ainda.

P: - Então vamos prová-lo.

V: - ‘Forasteiro, você vai ter de provar seu valor. Enfrente até a morte nosso monstro mais forte. Se sobreviver a Sully e seus músculos incrivelmente fortes, pode ser um de nós.

Ma: - Qual é, gente para com iss…

G: -Eu aceito, humildemente, aceito.

     Marissa, irritada, saí do lugar e vai para um cômodo no interior da casa. Enquanto isso, Gus e Sully se encaram, esperando a ordem de Vi para começar sua batalha.

V: - Preparados ?

S: - Com certeza!

G: - Estou.

V: - Lutem!!!

 

     Sully toma a iniciativa indo para cima com tudo, esbravejando: “Se renda forasteiro, ou morra”. Gus apenas desvia de sua investida, criando uma poça de gelo no chão e fazendo Sully escorregar e rodopiar como um peão, até bater na parede. Imediatamente a luta se encerra com Gus como vencedor.

P: - Ele tem poderes…

V: - Que maneiro! Gus, após avaliar suas habilidades eu te nomeio Mago suplente da Guilda das Feras Banidas.

G: - Mago suplente?

M: - Sim, a Marissa é a nossa Maga Suprema e fundadora da nossa das Feras Banida. Pete!!! Pela amor de Deus, ajuda o Sully seu imundo. O cara tá semi morto.

P: - Tô indo, mestra!

     No cômodo no fundo da sala, Marissa pega algumas pastas que havia deixado guardadas ali. Nelas estavam todos os casos que não foram solucionados, mas que ela ainda não havia desistido.

     Enquanto estudava os casos, Gus entra na sala.

G: - Então esse é o quarto da maga suprema. Acho que podia ser melhor, esse mofo e essa bagunça, sei lá, não estão me parecendo muito supremos.

     Ouvir aquilo deixou Marissa extremamente tímida.

Ma: - Cai fora, cara.

G: - Haha, eu tô só brincando com você. Me diz, o que é isso aí?

Ma: - São documentos de alguns casos antigos. Eu sei que o Hummels tava envolvido em alguns deles.

G: - Tô sabendo.O Hummels e o Murtz queriam mandar um carregamento pra fora da cidade. Eu ouvi eles combinando de montar uma remessa nova pra enviar pra “eles”.

Ma: -Quem são eles?

G: - Não tenho ideia. Eles não terminaram de me contar antes de descobrirem que eu estava blefando quando disse que ia deixá-los pra morrer congelados. Então deixei eles irem.

Ma: - Será que os tonéis com pessoas mortas eram essas encomendas?

G: - Poderia ser, mas seria algo muito grande pra esconder. Você nunca encontrou nada nas suas investigações?

L: - Infelizmente, não. Eu sempre chegava pertinho de descobrir o que eles tinham, mas quando chegava na hora ‘H’, tudo sumia. Eu passava meses de tocaia e aí descobri que eles iam receber um carregamento. Eu descobri onde seria a entrega e onde eles iam armazenar, e quando eu cheguei pra fazer o “flagrante”, abrimos as encomendas, e eram remédios idiotas, que eles iam guardar em um container alugado, porque o hospital estava sem espaço.

G: - Iiii, que vacilo.

M: - Gus, eu tinha certeza que aquilo a encomenda era alguma coisa fora da lei. Primeiro que eu chequei as reservas daqueles remédios específicos que eles pediram e tinham muitos, e mesmo assim aquela remessa caberia no armazenamento do hospital. Pra que algumas um container. Eles estavam trazendo uma coisa que chamavam de “esperança”. Veio em um trem fora de linha que passava por uma rota desativada. Chegou em Somerville às 3:00, e nenhum trem tem licença pra partir.

G: -Muito suspeito.

M: - Foi o que eu pensei. E quem patrocinou a reforma do trem, manutenção da rodovia, e a gasolina, foi o Fergson. E quem recebeu e manuseou os pacotes foi o Murtz e os seus amigos da boate.

G: - Não faz sentido, o dever de organizar essas entregas é da polícia local.

M: -Exatamente. Eu até tentei argumentar com meu capitão que isso era ilegal, mas ele só disse “A cidade tem Problemas maiores Marissa, e se essas pessoas se ofereceram pra ajudar o hospital, que mal tem”. Eu interroguei o Hummels pra saber se ele tinha realmente participado daquilo e ele consentiu. Até achei que ele tinha sido coagido, e ofereci imunidade. Mas ele só disse que não tinha nada e que eles eram amigos, por isso o chamou. Eu fiquei de licença administrativa e quase perdi meu distintivo. Demorei meses pra recuperar a confiança do capitão e do pessoal, até que recebi a chance de chefiar esse caso. Era minha chance de me provar, e… Agora eu sou a principal suspeita. Um desastre.

G: - Caramba, você deve ser a pessoa mais azarada que eu já vi.

M: - É, valeu pelo incentivo.

G: - Tá tudo bem, garota. Você é uma ótima policial, e com certeza não é a assassina. Eu te ajudo a achar a mulher do hospital. E você me ajuda a achar as drogas que eu estou procurando.

Ma: - Como vamos pegar aquela mulher? Mesmo que nós consigamos encontrá-la, como vamos capturar e prender alguém que pode destruir um hospital e matar várias pessoas de uma vez só. Se ela tem poderes como você, não tem como prender ela aqui.

G: - Tem uma prisão em Aquila, feita pra prender pessoas com poderes. A gente captura ela e manda pra capital.

Ma: - Acho que é o jeito.

G: - Combinado?

Ma: - Combinado.

G: - Agora me mostra o que sabe.

Ma: - Tá bom.

REUNIÃO DE DETETIVES

     Na floresta, os policiais continuam as buscas por Marissa. Enquanto isso, o Sargento Bart e os detetives Lee e Dona estão reunidos, conversando sobre o que aconteceu com sua colega.

B: -Algum sinal dela? - Ele pergunta pelo rádio.

- Nenhuma, senhor.

B: - Qualquer novidade me avisem.

L: - Não acho que ela tenha sido ela seja a assassina. Ela não era péssima nas aptidões físicas, passou raspando na acadêmia.

D: - Mas o cara que tava com ela, parecia bem atlético. E com poderes pra melhorar.

B: - Talvez os dois estivessem trabalhando juntos. Esse tempo todo. Ela investigava e tinha informações privilegiadas sobre todas as vítimas.

L: - E por que ele decidiria, do nada, matar aquelas pessoas?

D: - Bom, ela foi humilhada naqueles casos e quase perdeu o distintivo. Ela não poderia matar eles por raiva de não ter conseguido provar nada contra eles.

L: - Então foi só por birra? Qual é, não pode ser isso.

D: - A gente já viu gente morrer por muito menos. Tipo brigas de bar. Ex namorados surtados. Acho que eu até a respeitaria mais se fosse esse o motivo. Mas talvez, ela só seja maluca, ela não brincava de encenação com aqueles amigos esquisitos que ela tem?

L: - Aquilo é só uma brincadeira e não uma maluquice. Tem um milhão de atores que ganham dinheiro fazendo o que ela faz e a gente não prende eles por isso.

B: - Vamos descobrir isso quando pegarmos ela e interrogarmos.

 

     Lee vai em direção ao seu carro.

B: - Pra onde você vai?

L: - Ficar aqui discutindo não vai ajudar, não é? Eu vou ajudar a procurar. Até mais.

D: - Rum, ele algo me diz que ele não vai dizer pra gente se achar ela.

B: - Ele pode gostar dela, mas não é maluco. É um ótimo polícia, vamos esperar pra ver.

MARISSA E LIA CHEGAM CASA

L: - Amiga, você tem que dar um jeito nessa casa, tá uma zona.

M: -Acho que você pode vir limpar pra mim. Eu te pago um salsichão mais tarde. O que acha.

L: - Ha Ha, quer saber nunca mais te conto nada. Sei muito bem que você já fez um monte de coisas bizarras e nunca te julguei.

M: - Eu não tava te julgando gatinha. Mas, você podia não ter me contado - Ela começa a rir debochando de sua amiga.

 

     A campainha toca.

L: - Tem gente na porta!

M: - Atende aí, eu tô aqui na cozinha!

L: - Tá bom, mas não se acostuma não em. Parece até minha mãe - Ela balbuciou baixinho.

     Enquanto tirava as coisas da sacola para guardar na geladeira, Maggie percebe que um silêncio tomou conta da casa.

M: -Lia? Quem era? - Ninguém responde e Maggie começa a pensar que ela tinha corrido de novo e que Gus estava na porta.

Ela vai em direção a sala que está, para sua surpresa, vazia.

M: - Ué, onde ela se enfiou?

     De repente, alguém a agarra pelas costas, coloca um saco em sua cabeça e a enforca. Maggie luta e se debate tentando desesperadamente respirar, mas rapidamente ela começa a perder as forças e o fôlego. Ela desmaia. A pessoa que a enforcou chama dois outros homens que estavam do lado de fora da casa e pede para que levem ela para seu carro. Em seguida ele faz uma ligação.

- Alô?

Mr: - Conseguiu?

- Sim. Estamos levando ela agora.

Mr: - Beleza, tragam ela rápido.

- Pode deixar chefe.

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