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SIMPLE - capítulo 5

CAPÍTULO 5


     Marissa e Gus continuam conversando:


Ma: - Olha, eu rastreie alguns movimentos padrões. As encomendas chegam uma vez a cada três meses. E saíam uma vez por mês, durante um semestre. Com uma carga extra que saia de cinco e cinco meses.


G: - O que tinha nas cargas?


Ma: - As cargas que chegam eram chamadas de “sementes”. Acredito que seja um tipo de droga experimental. Ela chegou aqui ano passado.


G: - São um tipo de droga que aumenta a capacidade de energia em cem vezes. Eu vim aqui atrás delas. Quando falei com Murtz, eles me disseram que só recebem a mercadoria e repassam. O que faz sentido, já que os trilhos parados, ligam a maior parte do país o que torna mais fácil redistribuir. Eles têm um acordo com uma organização chamada ‘VEGA’. Eles que mandam as drogas pra cá.


Ma: -Eu imaginava que era um tipo de droga comum, e não que dava super poderes. As remessas que saem são de curtas. E limitadas, e são chamadas de ‘Void’s’.


G: - É, eu ouvi bastante esse nome. Mas também não sei o que é.


Ma: - A terceira encomenda é conhecida é chamada de ‘Broke’. Sobre ela eu não sei nada.


G: - Eu também não. E pelo que você viu naquela noite, também não consigo achar nenhuma conexão. Pra que eles usam aqueles corpos?


Ma: - E se os corpos forem os ‘Brokes’? A primeira vez que eu rastreei uma encomenda dessa, foi no ano passado. Estava tendo um surto de uma doença no ano passado, e várias pessoas morreram. Depois de um mês que começou eu ouvi falar pela primeira vez nos ‘Brokes’.


G: - Eles devem estar usando os corpos pra alguma coisa. De todo jeito, temos que descobrir para que.


Ma: - Temos que voltar ao hospital. E ver se achamos uma pista.


G: - Ótima ideia. Temos que ir lá.

 

      Do lado de fora do cômodo, Vi, Sully e Pete conversavam sobre a possibilidade de levar Gus para a Batalha do Fim dos Tempos, um evento que reúne guildas para encenarem uma batalha que vai definir o futuro do mundo.


V: - Se levarmos eles, podemos destruir toda as outras guildas.


P: - Você sabe que é só encenação, né? Não podemos machucar alguém de verdade.


S: - Ano passado a Guilda do Demônios quebrou minha perna.


P: - Mas isso foi porque eles não gostavam da gente desde a escola. E eles foram punidos depois disso.


V: - Com a perda de 5 pontos. Nós ficamos sem um participante fundamental no resto das batalhas.


S: - E eu fiquei sem andar. Acho que ia ser divertido congelar eles, sabe. Só pra no que ia dar.


P: - Não sei não. Parece bem perigoso.


     Alguém bate na porta e assusta o trio.


S: - Quem será?


P: - Vamos ficar em silêncio e fingir que não tem ninguém.


V: -Deixa de ser idiota - Vi caminha até a porta e começa o seu refrão - Uma vez só perguntarei forasteiros indiscriminad…


L: - Eu sou o detetive Lee da 27° delegacia de polícia. Preciso falar com Marissa Lopez, eu sei que ela está aí.


P: - Eu disse pra ficarmos em silêncio!


V: - Forasteiro, errastes a senha e agora terá sua sentença - Ela começa a titubear, ficando sem ideias - Vá embora!


S: - Mandou o detetive embora tá maluca.


V: - O que você queria que eu fizesse?


L: - Por favor, não me obriguem a entrar à força.


P: - Abre logo!

 

    Vi abre a porta e Lee entra.


L: - Cadê ela?


V: - Desculpa, mas ela não passou por aqui hoje. Na verdade, eu não vejo ela a meses.

 

     Marissa saí do cômodo dos fundos.


Ma: -O que tá acontecendo aí?


Vi: - AAA, gente de onde ela será que ela veio. Eu juro que não sabia que ela tava aqui.


Ma: - Lee… Veio me prender.


L: - Não eu só quero conversar.


    Gus saí do cômodo, o que faz Lee rapidamente sacar sua arma e apontar para ele.


L: - Você, coloque as mãos atrás da cabeça!


Ma: - Lee, para!


G: - Melhor abaixar a arma, detetive. Vai acabar se machucando.


L: - Eu disse pra colocar as mãos atrás da cabeça!!! Agora!!! Não vou repetir de novo!


G: - Então, beleza.

 


     Gus usa seus poderes para congelar a arma de Lee, que a deixa cair.


L: - Merda!


Lee, pega seu cacete e parte para cima de Gus.


V: -Figth! Figth!


S: - Quebra a perna dele, Mensch!


P: - A gente vai morrer!


      Gus quebra o cacete de Lee, o segura e levanta pelo pescoço como se fosse um peso de papel, e o joga contra a mesinha de centro. Depois segura o seu braço o imobilizando.


L: - AAAAARRRRGHHHH!


Ma: - Gus, solta ele!


G: Foi mal - Ele obedece.


L: - Então vocês dois estão trabalhando juntos agora? E mataram aquelas pessoas?


Ma: - Você me conhece faz cinco anos, Lee. Acha mesmo que eu faria isso?


L: - Eu sei que não faria isso por si. Mas e se ele estiver te controlando com as habilidades dele.


Ma: - O que? Claro que não, seu idiota! Ele nem pode fazer isso - Ela para e pensa por um instante - Você pode fazer isso?


G: - Eu acho que não.


Ma: - Viu.


L: - E por que vocês fugiram da gente mais cedo?


Ma: - Porque vocês apontaram as armas pra mim, inclusive você seu babaca.


L: - Me desculpe, é que as filmagens mostram você saindo do hospital com sangue e armada.


Ma: - Vocês não viram os corpos?


L: - Quando chegamos, os corpos já estavam com o legista, ele só nos passou as informações preliminares. Vimos o hospital e as câmeras que pegaram você saindo. Então o Capitão deu a ordem pra prendermos você.


Ma: - Vocês viram as informações preliminares, ninguém morreu baleado.


L: - Na verdade, todos foram mortos com balas.


Ma: - O que? Não, eu vi os corpos e as pessoas que morreram, ninguém foi baleado.


L: - Foi o que o legista nos passou.


Ma: - E o hospital? Vocês acharam os corpos nós tonéis na passagem secreta pro subsolo?


L: - Não tinha nenhum tonel com corpo dentro e nem passagem secreta. A passagem tinha sido tampada porque ele dá em um andar desativado onde antigamente ficava um manicômio. Que foi passado para o IRV (Instituto de Recuperação de Vidas). Não tinha nada lá.


Ma: - Não pode ser! Eu sei que estava lá, eu vi.


G: - Quem avisou vocês sobre o que aconteceu no hospital?


L: - O capitão.


G: - E que horas foi isso?


L: - Umas 08:00 da manhã.


Ma: - Levaram os corpos pro legista antes de examinarem a cena do crime?


L: - Na verdade o capitão foi quem chegou primeiro.


G: - Que estranho. Aí Marissa, quando você estava investigando as coisas sempre sumiam antes de você chegar no local. Quem, além de você, sabia sobre os lugares onde você fez as batidas?


Ma: - Os detetives sabiam que eu estava investigando, mas sobre as batidas, eu só pedi permissão para o capitão. Só ele sabia.


L: - Isso é loucura! O capitão nunca se envolveria com esse tipo de gente. O Fergson era um criminoso.


Ma: - Mas ele conhece o Murtz, que herdou o legado do Fergson. A ponto de um ter o número pessoal do outro.


L: - Você não pode confiar nesse cara!


Ma: - Ele não apontou uma arma pra minha cabeça.


L: - Me desculpe por isso, mas é que seu rosto estava nas câmeras. Nós recebemos a ordem e não tive tempo de pensar.


Ma: - Tudo bem.


G: - Vocês chegaram a ver todas as câmeras que estavam funcionando ao redor do lugar?


L: - Só vimos uma, mas o capitão disse que checou as outras.


Ma: - Eles tinham que tirar os tonéis de lá. Então alguma câmera deve ter pego eles saindo.


G: - Talvez em uma ambulância. Afinal eles não iam conseguir levar aquilo sem ninguém perceber.


Ma: - Lee, por mais que você acredite que o capitão não tem nada haver com isso, será que você pode pelo menos checar as outras câmeras, e vê se acha alguma ambulância suspeita.


L: - Tudo bem. Vou ver o que consigo fazer.


Ma: - Obrigadaaa!


EM UM LUGAR DESCONHECIDO DA CIDADE


     Lentamente Maggie recobrava a consciência. Seus olhos estavam embaçados e ela estava tonta. Enquanto tentava assimilar o que estava acontecendo, ela é surpreendida por gritos vindos de trás de suas costas. Maggie percebe que estava amarrada a uma cadeira tão forte que não estava sentindo bem seus pés e suas mãos. Os gritos agonizantes não cessavam, e ficavam cada vez piores. Ela tenta se soltar e grita por socorro. Mas ninguém respondia. O lugar era escuro e úmido. E quando os gritos agonizantes finalmente param, Maggie ouve uma voz familiar.


Mr: - Virem elas uma de frente para outra - Dois homens obedecem às ordens.

 

    Ao virar, Maggie entra em choque. Na sua frente estava Lia, a sua melhor amiga desde que entrou pela primeira vez em uma boate, que cuidava dela desde que se conheceram, estava morta, com seus braços e pernas amarradas, seus olhos presos abertos por uma máquina de tortura, espinhos perfuravam seu rosto e onde deveria estava seu coração, tinha um buraco vazio que completava a cena de agonia em sua frente. Maggie entra em choque, vomita e começa a chorar desesperadamente, quando ela finalmente percebe quem estava ali com elas.


Mr: - Calma, acaba mais rápido do que você imagina - Ele puxa seu cabelo para lhe mostrar um papel com um número - Preciso que me responda uma coisa. Esse número é o do seu amigo?


M: - Murtz? Por quê? Por que tá fazendo isso com a gente?


Mr: - Não é pessoal, mas é que com o coração de vocês eu vou ganhar em 1 dia, o que vocês demorariam 6 meses pra me trazer. Eu só preciso tirar o seu amigo do nosso pé. Então vamos ver se ele vem atrás de você - Ele pega o telefone e disca o número.

 

     Na Guilda da Feras Banidas, o telefone de Gus toca.


G: - Oi, Maggie, eu não me esqueci dos seus doces, é que o trabalho tá durando mais do que…


Mr: - Escuta aqui moleque, você tem duas horas 1 hora pra aparecer no penhasco próximo à ferrovia abandonada - Murtz pega uma faca e enfia no joelho de Maggie, que solta um grito agonizante - A segundo que você atrasar aqui eu vou arrancar um membro dela, então é melhor de apressar - Ele desliga o telefone.


G: - Que maldito!


Ma: - O que aconteceu?


G: - O Murtz pegou a Maggie e está torturando ela em algum lugar. Ele me pediu pra encontrar ele no penhasco perto da ferrovia abandonada.


Ma: - Com certeza é uma armadilha. Não é uma boa ideia você ir.


G: - Eu sei, mas não posso deixar fazerem isso com ela.


L: - Talvez ela nem esteja lá.


G: - Mas alguém vai estar, e essa pessoa deve saber onde ela está. Vou deixar o meu número aqui e vocês me liguem se descobrir alguma coisa.


Ma: - Beleza, vou com o Lee ver pra onde eles levaram os corpos. Talvez a Marggaret esteja lá.


L: - Você não pode sair daqui, a policia toda está atrás de você e se te virem comigo, aí eu também vou ter problemas. Deixa que eu vou lá, e a gente se fala pelo telefone.


Ma: - É, acho que tudo bem.

 

     Lee e Gus vão cada um para o seu destino.


DE VOLTA A PROCURA


     Ainda na floresta, o Sargento Bart e a Detetive Dona, começavam a encarar a realidade de que não iam conseguir mais encontrar Marissa, a menos que ela mesmo se entregasse. E como tudo que é ruim, sempre pode piorar, o capitão Tom chega enfurecido.


D: - Ele vai matar a gente!


B: - Pode ter certeza disso.


T: - Então, qual dos dois quer falar primeiro?


B: - Capitão, nós vamos encontrá-la.


T: - Vocês encontraram imbecis!!! Ela estava na frente de vocês, cercada. Vocês conseguiram deixar ela escapar.


D: - Não foi nossa culpa, ela teve ajuda de um garoto, que tinha poderes.


T: - Um garoto que tinha poderes. Então vocês estavam armados até os dentes, e pelo que eu soube, ele soltou um pouco de fumaça e sumiu. Será que as balas que vocês estão usando não atravessam objetos não sólidos.


S: - Não podemos atirar em um dos nossos, capitão.


T: - Um dos nossos? Um dos nossos matou uma dezena de pessoas e deixou doentes, enfermos à beira da morte sem atendimento. Crianças morreram. Então se virem um dos nossos fazendo isso, pode meter uma bala na cabeça dela. Agora, dêem um jeito de encontrar ela.


S: - Sim, senhor.


MAGGIE ENTRE A VIDA E A MORTE

 

     Agonizando na cadeira, Maggie sentiu seu joelho queimar. A facada foi extremamente profunda, o terror tomava conta de Maggie. Ela chorava e soluçava enquanto implorava para que a deixassem ir embora.


M: - Por favor… Me deixem ir. Por favor, eu não vou contar pra ninguém.


Mr: - Infelizmente precisamos de você viva e aqui, até pegarmos seu amigo. Não se preocupe, depois do primeiro joelho os outros vão ser bem mais simples.


M: - Nãããoooo, por favor! Não façam isso.

 

     Não importava o quanto lamentava, Murtz parecia não se importar nem um pouco. Ele andava de um lado pro outro, até chegar um telefonema de um de seus capangas.


Mr: - Alô?


- Ele chegou chefe.


Mr: - Perfeito.


EM BUSCA DA VERDADE

 

     Lee chega até a antiga delegacia. Voltar lá sem Marissa o fez pensar em tudo que havia passado com ela. Desde a academia ambos estavam juntos todos os dias. Lee sabia bem que a hora que conhecia desde a infância, jamais faria aquilo. Ela se lembra de cada momento que passaram juntos. As noites até tarde preparando os jogos de tabuleiro, e as comidas. Parece que Marissa fazia mais parte de sua vida, do que sua família que ele mal via desde que entrou pra polícia. Salva algumas exceções, como quando eles precisam de dinheiro.


      Não importa quais provas tenham, Lee sabia no seu íntimo que Marissa era inocente.

 

     Ao entrar, Lee vê o capitão em sua sala e vai até ele.


L: - Com licença, Capitão?


T: - Lee, o que tá fazendo aqui? Por que não está procurando pela Marissa?


L: - É que eu pensei em checar uma pista. Ver se as câmeras de segurança pegaram mais alguém saindo do hospital.


T: - Detetive, eu chequei todas as câmeras que estavam funcionando. Só tinha a Marissa saindo do hospital. Então volte ao trabalho.


L: -Claro, capitão. Me desculpe.


      Lee decide ir até a sala onde ficam as câmeras de segurança. Onde encontra os funcionários de T.I, e o chefe da ala, Lincon.


L: - E aí, Lincon.


Li: - E aí, Lee. Como vai, meu amigo?


L: - Tô bem. Escuta, o capitão passou aqui mais cedo e viu as filmagens de segurança e ele me pediu pra pegar as mesmas filmagens e analisar.


Li: - Cara, eu adoraria ajudar. Mas infelizmente, o Capitão não passou aqui, não.


L: - O que? Ele não passou?


Li: - Não desde que eu cheguei.


L: - Que horas você chegou?


Li: - 07hrs da manhã.


L: - Consegue acessar as câmeras que ficam ao redor do hospital entre 00:00 e 07:00 da manhã?


Li: - Claro, me dá só um minutinho… E não tá aqui?!


L: - Como assim?


Li: - Alguém apagou as filmagens do banco de dados.


L: - Tem backup?


Li: - Tem sim. Já tô recuperando.


L: - Tem como saber quem apagou?


Li: - Qualquer um que tenha a senha de acesso e um usuário com permissão.


L: - Que são?


Li: - Só o nosso pessoal e o capitão.


L: - Tem as filmagens da delegacia?


Li : - Deixa eu ver… Também foram apagadas. Não se preocupe, já tô conferindo o backup.


L: - Com certeza não foi um de vocês.


Li: - Ninguém é aqui é tão burro assim, quem mexeu não sabe quase nada de computadores.

 

      Ao recuperarem as imagens, o que Lee não queria acreditar que era real se provou diante dos seus olhos. O capitão da polícia havia entrado na sala pela madrugada e apagado as filmagens. Mas não para por aí, as filmagens também mostram Vans enormes saindo pela entrada dos fundos. E nas imagens era possível identificar um nome muito conhecido na cidade. Murtz estava coordenando a saída dos carros e ao lado dele, estava o capitão.


L: - Filho da puta! Consegue mandar uma cópia pra mim?


Li: - Claro, vou mandar agora.


L: - As vans, pra onde elas vão?


Li: - Vamos olhar.

 

     Lincon rastreou a rota até a última câmera que as pegou.


Li: - Elas foram pegas pela última vez indo em direção ao antigo porto Noxmount.


L: - Valeu, Lincon! - Imediatamente ele liga para Marissa.


Ma: - E aí, Lee. Descobriu alguma coisa?


L: - Sei pra onde eles levaram o carregamento. Pro porto Noxmount.


Ma: - Perfeito. Valeu, Lee. Vou avisar o Gus e vou pra lá. Até mais.


L: - O que? Tá maluca? Me espera.

 

      Lee desce as escadas eufórico esbravejando sua raiva. E como por uma brincadeira do destino, ele esbarra no capitão da delegacia.


L: - Desculpe, capitão!


T: - você foi mexer nas câmeras depois que eu mandei você ficar fora disso?


L: - Desculpe, senhor. Mas eu só precisava checar uma informação sobre o caso. Mas eu já tô indo atrás da Marissa, acho que consigo prendê-la ainda hoje.


T: - Bom, e o que tá fazendo aqui? Vai atrás dela!


M: - Sim senhor.


     Astuto, Tom percebe imediatamente que Lee estava mentindo.


FERROVIA ABANDONADA

 

      Gus chega até o penhasco, onde ele avista um homem que também percebe sua presença.


G: - Ei, você!

 

      O Homem desconhecido corre para dentro do pátio onde estavam alguns trens desativados. Gus corre atrás dele. 


    Dentro do pátio, parecia tudo calmo, quando um barulho ecoa vindo de um dos vagões, e sem tempo a perder, ele vai direto para o som. Mas ao abri-lo, ele é arremessado para trás, batendo com força contra a parede.


     De relance ele vê o homem que havia entrado no galpão, agora correndo para fora. Com seus poderes ele o congela. Mas antes que pudesse se recuperar da pancada, uma criatura veio em sua direção. Ele tinha uns 2 metros de altura, suas mãos e pés eram gigantes, em seu peito havia um buraco, seu corpo era repleto de costuras e sua pele parecia apodrecida. A criatura segura um vagão com as mãos e o lança em direção a Gus, que rapidamente se retira da linha do disparo. Gus usa seus poderes para congelar as pernas do monstro, que a princípio para, mas rapidamente se desprende e acerta um chute em Gus que novamente o arremessa para trás.


      Agora cuspindo sangue e ferido, um sorriso vermelho surge no rosto de Gus.


G: - Foi mal, coisa feia. Mas, eu não posso perder um segundo.


     Agora é Gus que parte para cima da criatura, congelando todo seu corpo e um piscar de olhos. Em seguida ele acerta um soco tão poderoso, que a criatura foi feita por completo em pedaços.


     Rapidamente Gus vai até o homem que estava tentando escapar do galpão.


G: - Escuta aqui, eu não quero te machucar, então eu vou te dar uma chance de me dizer onde ela tá. Se não vou te deixar em mais pedaços do que o seu amigo.


- Não, por favor! Ela tá no porto Noxmount, tem uma base montada lá. Eles prenderam ela e me obrigaram a vir. Me desculpe.


G: - Valeu!

 

     Quando Gus soltou o homem no chão e estava pronto para ir ao resgate de Maggie. Uma mão enorme o joga no chão, e tenta sufocá-lo. Por mais louco que parecesse, a criatura estava viva. E sem pensar Gus usa seus poderes para congelar o braço da criatura e depois despedaçá-lo. Mas rapidamente o braço da criatura volta para o corpo, intacto.

 

      Vendo que atacar a criatura não ia resultar em nada. Ele começa a pensar no que fazer, e percebe que no pescoço do monstro havia dois pequenos objetos metálicos. Claramente aquilo deveria ter relação com sua capacidade de se regenerar instantaneamente. Novamente Gus congela a criatura e o despedaça, mas desta vez, ele pega o objeto metálico e corre para longe. Os restos do monstro vão atrás, mas ao chegarem a uma certa distância elas caem no chão.


G: - Então vocês não podem chegar mais longe do que isso. Hmmm, interessante.


       Gus volta até o homem que ainda está com os pés congelados.


G: - Como essa criatura funciona?


- Eu não sei em detalhes como funciona, arrrghhh - Os pés deles estavam no gelo a muito tempo - Mas sei que aquilo funciona como uma antena, nós desligamos com um botão, ele tá lá em cima na sala de máquinas.


G: - Valeu.


- Espera, tira esse gelo daqui, aaarrggghhh.


G: - Vai derreter em uns 5 minutos. Não se preocupe.


       Gus vai até a máquina e a desmonta o mais rápido que pode. Embaixo do botão, havia uma Sifra(Um material capaz de absorver e armazenar energia.


G: - Então é isso.


PORTO NOXMOUNT


      Sentindo uma dor escruciante, Maggie desabafou em lágrimas. Em sua cabeça apenas pensava em como a vida tinha sido cruel até esse momento. Em como nunca veria novamente o rosto do seu irmão, nunca se casaria e nunca teria uma família. Ela iria acabar sozinha, com certeza Gus não viria, e por que viria atrás de uma prostituta, que ele havia conhecido por pouco tempo. Certamente não poderia culpá-lo. Ela mesma não voltaria para se salvar. Mas em sua cabeça, uma última pergunta passava em sua cabeça, por que ele se importou em levar os doces para ela? Por que foi atrás dela apenas para se desculpar? Por que se incomodou em ajudar alguém que mal conhecia? Bom agora não importa. A qualquer minuto, Murtz vai voltar e continuar a torturá-la.


       Seu corpo tremia só de imaginar. E em prantos ela dizia:


M: - Acho que, de um jeito ou de outro, vou te encontrar meu irmão.

 

      Após alguns minutos, Murtz volta até Maggie. E parecia furioso.


Mr: - Olha, seu amiguinho é cheio de surpresas. Que tal você me contar se ele tem alguma fraqueza?


M: - Eu… Eu não sei.


Mr: - Não sabe - Ele a segura pelo cabelo e acerta um soco no seu rosto - Presta atenção, eu vou perguntar só mais uma vez, e é melhor me dizer a verdade, se não eu vou começar arrancando seu joelho, depois seus dentes e por último seus olhos. Agora, me conta, qual o ponto fraco dele?


M: - Eu não sei.


Mr: - Rum, quer saber, pode dizer adeus pro seu joelho.


       Ele pega uma faca e segura a perna de Maggie que se debate desesperadamente.


M: - Nãããooooooo! Por favor! Não!


        Antes que ele conseguisse esfaqueá-la, uma sirene toca. E Murtz pega seu rádio.


Mr: - O que tá acontecendo aí?


- O experimento F-250 armazenou energia no corpo. Nós desligamos a Safira, mas ele ainda não parou. Precisamos de reforço.


Mr: - Antenção, eu quero todos no subsolo 3. TODOS!!!

 

      Murtz, também vai até o subsolo, para ajudar.

 

        Enquanto isso, Marissa estava do lado de fora averiguando o lugar. Ela sabia que cada segundo era precioso, então atira em uma das câmeras que fica. Na entrada do porto. Alguns minutos se passam e ninguém vai ao encontro da câmera quebrada. Marissa interpretou que ou elas estavam desativadas, ou então não havia ninguém observando. De toda forma ela precisava ser rápida.

 

       O problema era que ela estava apovarada. Não importava o quanto se esforçasse para melhorar, quando entrava em uma situação de perigo ou pressão, suas pernas bambeavam. Seu coração pulava pela boca. Até hoje não havia atirado uma única vez contra uma pessoa. Mas ela não tinha escolha, não podia deixar um inocente morrer e ficar parada. Ela fecha os olhos, e promete para si mesma que dessa vez não iria recuar.


      Marissa entra no local, e começa a observar o para ver se encontrava por Maggie antes que alguém a encontrasse. Ela vê um correr cheio de celas, e ao observar o que tinha dentro, ela se depara com várias coisas que pareciam humanos, mas eram enormes, tinhan a pele envelhecida e podre. Aquilo fez o seu corpo arrepiar. Assustada, Marissa segue procurando, até chegar em uma sala de máquinas que tinha um grande vidro, por onde ela vê uma mulher presa de costas. Com certeza era Maggie.

 

      Marissa desce as escadas e vai até ela, que parecia estar em suas últimas forças.


Ma: - Ei, Marggaret! Acorda!


M: - Quem… é você?


Ma: - Eu sou da polícia, tá tudo bem. Eu vou tirar você daqui.


      Marissa puxa as correntes com todas as forças, mas elas não se soltam e também não têm nenhum tipo de cadeado. Estavam amarradas em um tipo de engrenagem controlada remotamente.


Ma: - Tem algum jeito de abrir isso?


M: - Tem botões lá em cima. Um deles abre.

 

     Quando subia as escadas, Marissa ouve um barulho. Alguém estava por ali, ela se esconde e tenta ver de relance quem era, mas estava escuro, e as pessoas estavam muito próximas. Seu coração dispara, ela segura sua arma com força, e quando a primeira pessoa coloca o lê ao lado de onde ela estava. Marissa derruba a arma do seu inimigo, o imobiliza e põe a arma em sua cabeça.


M: - Parados!


B: - Marissa? Tá maluca!!!


M: - Pessoal, o que estão fazendo aqui?


D: -O Lee, que por sinal você está estrangulando, nos mandou uma cópia do vídeo de segurança e nos explicou o que estava acontecendo.


L: - A gente veio ajudar.


Ma: -Lee, me desculpe. Por apontar a arma pra você, e pelo que eu disse mais cedo.


L: –Tá tudo bem. Agora estamos quites.


B: - A gente tem que sair daqui. Vamos!


Ma: - Me ajudem a pegar a Marissa!


L: - Cadê ela?


Ma: -Tá amarrada na cadeira ali em baixo, um desses botões abre a porta.


D: - Qual deles?


Ma: - Não faço ideia.


L: - Marissa e eu descemos, enquanto vocês testam os botões.


Ma: - Beleza.

 

      Bart aperta começa a apertar um botão de cada vez, tentando não disparar nenhum alarme ou algo que chamasse a atenção.


   A cada botão que apertavam, a tensão aumentava. E de repente, eles começam a ouvir vozes de pessoas vindo de um corredor em um canto da sala.


Ma: - Anda logo! Anda logo! Anda logo!


B: - Tô tentando!


L: -Apertem tudo!


     Eles apertam todos os botões até conseguirem soltar Maggie, e estranhamente, nenhum dos botões disparava um alarme ou algo do tipo.


Ma: - Tira ela, vai!


L: - Tô indo! Tô indo!


Mr: - O que tá acontecendo aqui? - Murtz cercado por uns 20 homens armados, chega até eles.


L: - Todos vocês, coloquem as armas no chão, devagar!

 

     Todos eles começam a rir.


Mr: - Que tal vocês abaixarem as armas, e eu pego leve com vocês? Quer saber, isso nunca dá certo. Matem eles!!!


B: - Que porra!!


D: - Ferrou!!

 

     Quando os capangas se preparavam para atirar, eles ouvem grunhidos chegando. De repente vários deles são arremessados. Várias criaturas chegam, massacrando os homens de Murtz. Que com suas armas nada podiam fazer, já que os monstros sempre se regeneram.


B: - Vocês dois, corram!

 

     O esquadrão corre. Lee estava levando Marissa no colo, e sem querer derrubou sua lanterna. O que chama a atenção da criatura, que parte insana para cima deles.


Ma: - Droga, Lee!


L: - Que merda!


       Eles correm até uma sala com uma enorme porta de metal, que conseguem fechar antes que o monstro os pegue. Mas com uma força incontrolável, a criatura arremessa a porta e obriga o esquadrão a continuar correndo.


B: - Por aqui!!!


      O sargento Bart, atira na criatura, que parece ficar com cada vez mais raiva.


D: - Parabéns. Agora ela tá com mais vontade do que nunca de matar a gente.


B: - Eu não sabia que dava pra piorar.


        Eles chegam até uma segunda sala, e vêem uma saída finalmente. Uma escada atravessando um túnel que dava na superfície.


B: - Vamos, a gente só precisa chegar lá em cima. O reforço cercou o lugar!


L: - Sargento, me ajuda aqui!


         Lee e Bart viram um armário, uma mesa e algumas cadeiras na porta, tentando retardar a criatura. E finalmente funciona. Eles sobem apressadamente, mas ter que carregar Maggie que não conseguia andar, estava fazendo com que eles perdessem um tempo precioso. De repente eles ouvem o barulho da porta sendo arremessada. E o rosto da criatura furiosa aparece logo abaixo deles.


B: - Vão!vão! Vão!


     Eles sobem desesperados. Enquanto a criatura, por ser muito grande, se espremia pelo tubo até que consegue pegar o pé do Sargento, que tem seus ossos esmagados pela força do monstro.


B: - Arrrrrgggghhhhhh!!!!

 

         Marissa, Dona e Lee, sacam suas armas e as descarregam na criatura. Que solta Bart, e Lee o puxa pra fora.


D: - Sargento, sua perna?


L: - Acho que já era o futebol.


B: - Filho da puta! Chama uma ambulância.


L: - Pode deixar.


      Antes que pudesse pegar o telefone, Maggie os chama:


M: - Gente, Aqui!

 

        Quando se virarem, eles se separam com quatro criaturas enormes, com os corpos de vários policiais mortos. Todos eles tremem. Os monstros partem em direção ao grupo, que saca suas armas e tentam retardá-los, mas nesse momento era impossível fugir. Bart estava com seu pé esmagado, e Maggie com o joelho esfaqueado. A criatura chega primeiro em Lee, e arranca seu braço, e o arremessa para longe.


Ma: - Lee!!!!

          Dona tenta proteger Maggie, mas outra criatura a segura pela cabeça e a esmaga brutalmente.


B: - Marissa, corre!

 

       Marissa congela, seu corpo não a obedecia mais. Nem sacar sua arma ela pode. As criaturas se aproximaram das duas. Marissa abraçou forte Maggie. E as criaturas pularam para cima delas, mas de repente, uma das criaturas cai congelada e se espatifa no chão.


M: - Você voltou!


G: - Me desculpe pela demora, agora podem deixar comigo.


       Gus usa uma quantidade incrível de energia e congela as três criaturas que sobraram de uma vez. E com um soco ele despedaça os monstros. Para evitar que se regenerem ele congela os aparelhos metálicos que elas tinham em seus pescoços.


        Gus pega Maggie e lhe dá um forte abraço.


M: - Você voltou! - Seus olhos se enchem de lágrimas.


G: - Claro que sim, eu nunca deixaria você aqui, ainda mais sendo minha culpa eles terem te pegado. Somos amigos agora, e meus amigos são minha família.


        Maggie sente seu peito apertar, e não pode conter as lágrimas. Desde que seu irmão havia partido, ele conheceu apenas uma pessoa que não a tratou como um mero objeto, o que ele acabou se acostumando, já que era esse seu trabalho. Jamais poderia imaginar que nessa situação, encontraria alguém como ele, tão gentil e simpático. Certamente ele a fazia lembrar de seu irmão.


Ma: - Gus, me ajuda aqui!


G: - Tá bom!


           Gus e Marissa colocam Lee, Maggie e Bart em uma viatura, e saem daquele maldito lugar.

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