Capítulos (1 de 6) 23 Jun, 2024

SIMPLE - FINAL

CAPÍTULO 6


     De volta a guilda, Vi cuida dos feridos. Por mais louco que ela parecesse, ela estava no último semestre da faculdade de medicina. Marissa estava deitada do lado da cama de Lee, quando ele acorda sentindo dor.


L: - Arrrghhh! Caramba.


Ma: - Não se mexa. Você tem que descansar. Como está se sentindo?


L: - Acho que meus dias de boxe acabaram.


Ma: - Seu idiota. Você nunca foi bom em nenhuma luta. O seu braço nem vai fazer falta.


L: - Aí foi um golpe baixo. Tem uma coisa que eu queria te dar. Mas você vai ter que pegar do meu bolso.


Ma: - Claro, o que é? - Ela pega uma caixinha.


L: - Quando a gente tava na academia, nós sempre passávamos em frente aquela loja de artefatos raros de jogos.


Ma: - A loja que você chamava de perda de desperdício de espaço e de tempo. E que só nerds idiotas iam lá?


L: - Foi antes de você me dizer que gostava.


Ma: - Aaahhh, agora tá tudo resolvido.


L: - Abre essa droga.


     Ela abre a caixinha, que tinha um par de anéis personalizados, com escritas e runas.


Ma: - Os anéis da aliança do poder infinito.


L: - Quando passamos lá na frente, você disse que esses eram os anéis mais bonitos que você já tinha visto. E eu falei que eram os anéis mais caros que eu já vi.


Ma: - São anéis forjados por dois ancestrais da magia primordial. A rainha e o Rei das chamas. Responsáveis por levar a luz nas trevas. Com certeza são caros.


L: - Foi o que você me disse na época. E disse que adoraria usaria esses anéis até como aliança de casamento. Eu juntei dinheiro todo dia enquanto estávamos na academia e comprei pra você.


Ma: - Por que não me deu?


L: - Por que eu tava esperando o momento certo pra te chamar pra um encontro. Eu tava tomando coragem faz umas semanas, aí parece que o destino me sacaneou. Tinha um assassino a solta na cidade. Você foi acusada de matar um caminhão de pessoas. E agora eu perdi meu braço. Então antes que a próxima bomba exploda, o que acha de sair comigo?


Ma: - Eu ia adorar. Agora, e na academia, ou em qualquer momento.


L: - Sério?


Ma: - Claro que é sério.


L: - Acho que eu não devia ter esperado cinco anos.


Ma: - Com certeza não.

 

     Do outro lado da guilda, Gus conversa com Maggie.


G: - Me desculpe por colocar você nessa confusão.


M: - Não foi sua culpa. O Murtz mataria qualquer uma de nós por dinheiro. Uma hora ou outra eu ia passar no hospital e acabar morrendo de todo jeito. Essa cidade já era.


G: - O que acha de vir comigo? Minha cidade é bem melhor do que essa. Você ia adorar fazer a River Raw.


M: - O que é a River ?


G: - É a organização da qual eu faço parte.


M: - Mas, eu não tenho nem um lugar pra ficar.


G: - Pode ficar nos dormitórios até arrumar um emprego e seguir sua vida. Pode procurar seu irmão, eu te ajudo.


     Aquilo deixou Marissa balançada. Agora ela não tinha mais emprego, seu chefe queria matá-la, e com certeza ele não podia mais ficar em casa.


M: - Por que se importa tanto comigo?


G: - Eu sei bem como você se sente. Minha mãe me abandou quando eu era mais jovem. Eu fiquei sem ter o que fazer, e meu mestre me acolheu. Ele me ensinou que uma vida que é valorosa é vivida em prol não de si mesmo, mas de todos que precisam de ajuda.


M: - Ele parece bem inteligente. Você foi a única pessoa na minha vida, que cumpriu o que me prometeu - Ela o abraça - Eu vou com você.


G: - Que maneiro. Eu só tenho uma última coisa pra fazer. Vou pegar o Murtz e a aquela mulher que atacou a Marissa. Depois, nós vamos embora.


M : - Tem certeza que consegue?


G: - Claro! Eu prometo que não vai mais ficar sozinha.


    Vi entra na sala.


V: - Aí gente, vocês tem que ver isso.


    Marissa, Gus e Maggie vêem na televisão, um pronunciamento do Capitão da polícia para a imprensa.


T: - Nós sentimos muito em informar que funcionários, amigos e colegas de farda, estão intricicamente envolvidos com os assassinatos. Você devem ter visto imagens vazadas, de que a Detetive Marissa Lopez, estava envolvida nos assassinatos no hospital, acompanhada do Homem que vocês viram na imagem. Eles dois juntos com uma dançarina noturna chamada Marggaret, o Sargento Bartolomeu e o detetive Lee, são culpados de auxiliarem no incidente tanto do hospital, quanto do porto Noxmount. Infelizmente a nossa companheira Dona, faleceu no local. Ainda não sabemos o que eles faziam lá, mas assim que tivermos novas informações, nós atualizaremos a imprensa. Agora quanto aos foragidos, suspeitamos de que estejam escondidos pela floresta, provavelmente próximo ao rio. Então se alguém tiver alguma informação, nossos funcionários estão a disposição, tanto na delegacia, quanto por telefone. Tomem muito cuidado, e que Deus os abençoe!


M: - Filho da puta!


G: - Ele colocou a culpa toda em nós.


Ma: - Deve ter sido ele que vazou os vídeos de segurança do porto e do hospital.


M: - O que vamos fazer?


Ma: - Eu não sei.


     A situação do grupo, só piorava, agora a cidade inteira os considerava culpados. Seria sorte sair na rua, sem ser atacado. Marissa segurou a mão de Lee, Bart estava dormindo devido aos analgésicos, e Maggie parecia atordoada.


Ma: - E pra melhorar aquelas criaturas estão a solta por aí.


G: - Elas não vão longe. Tem um limite de onde eles podem ficar longe das Sifras.


M: - Sifras?


G: - São um tipo de matéria prima rochosa. Parece diamante, mas amarelo.


Ma: - Por que não podem ficar longe deles?


G: - Não sei bem, mas tem alguma coisa a ver com o metal no pescoço deles. Parece uma antena. As Sifras absorvem energia e podem armazená-las em grande quantidade.


Ma: - Então, as Sifras daí poder a eles?


G: - Acredito que sim. O metal no pescoço dos monstros pode servir com uma antena captando a energia das runas e as utilizando. Acredito que também tenha a ver com as drogas que aumentam a energia.


M: - A gente pode usar essas runas? Sabe, pra poder lutar com eles.


G: -Talvez as drogas funcionassem, mas a runa é pouco provável que consigamos usar pra alguma coisa sem um aparelho específico pra isso.


M: - E o que vamos fazer?


Ma: - E se a Meríade estiver envolvida de alguma forma com a as coisas que o Murtz tá fazendo.


G: - Tipo, se tivessem matado uma parceira dela e usado para os experimentos que pés fazem no Porto?


Ma: - Isso.


G: - É pouco provável que uma Meríade fosse pega em um esquema assim. Com as habilidades que elas têm, poderiam se soltar facilmente assim que percebessem a maracutaia.


M: - Mas e se fosse uma filha?


Ma: - Exatamente. Se fosse uma filha, ela não teria condições de sair dessa situação.


G: - Isso explicaria o porquê ela decidiu matar pessoas inocentes, numa cidade pequena.


M: - E como vamos provar isso?


G: - Com uma isca. Murtz e o delegado estão envolvidos no esquema. E se capturarmos eles podemos usá-los como iscas.


Ma: - Mas se atrairmos ela, não tem uma chance gigante de sermos mortos igual ela fez com os outros.


G: - Deixa que eu cuido dela.


Ma: - Tem certeza que consegue, ainda têm as criaturas naquele lugar.


M: - Gus, é muito perigoso.


G: - Tá tudo bem, gente. Eu dou conta. Podem confiar.


Ma: - Então beleza, eu pego o capitão, você pegar umas armas, e depois vamos atrás do Murtz e dos bichos de estimação dele..


G: - Pode deixar.


Ma: - O resto de vocês fica aqui.


M: - O que? De jeito nenhum. Aquele filho da puta me torturou e matou minha melhor amiga. Vocês tem que me deixar ajudar.


V: - A gente também vai!


S: - Tô dentro!


P: - Eu também vou.


V: - E vocês nem podem sair por aí. A cara de vocês dois tá no jornal. Tá todo mundo procurando vocês nas ruas.


S: - A gente captura ele.


P: - Nós não vamos conseguir sequestrar alguém.


Ma: - Deixa que eu cuido da parte prática, tá bom?


P: - Acho uma ótima ideia.


S: - E como vamos fazer pra eles chegarem até lá despercebidos?


V: - Já sei, a Batalha do Fim dos Tempos.


G: - O que tem ela?


V: - Tá programada pra acontecer depois de amanhã. A gente pode disfarçar vocês, e fingimos que estávamos saindo daqui pra ir até a convenção.


Ma: - Até que não é uma má ideia. Eu sempre saía pras convenções, e no caminho éramos parados pela polícia. Nenhum policial nunca me reconheceu, e só o Lee sabia que eu gosto desse tipo de jogo.


G: - Você nunca se apresentou como policial para evitar isso.


Ma: - É que…


P: - Ela tem vergonha de fazer parte da guilda.


V: - Vamos lá! Vamos fazer a maquiagem de vocês.


G: - Oh droga!


UM GRANDE MENTIROSO


     Enquanto dirigia de volta pra casa, o capitão Tom Risk conversava com Murtz por telefone:


T: - Como estão as coisas por aí?


Mr: - Uma bagunça, mas controlamos os experimentos, as cargas estamos preparando o carregamento. Mas ainda não tá nem na metade. Precisamos de mais pessoas.


T: - Que porra! E onde vamos arrumar mais pessoas nessa situação?


Mr: - Essa parte é com você. Agora eu tenho que ir, vê se arruma essa droga rápido.


T: - Quando eu chegar em casa, eu vejo se algum dos outros pontos teve excedentes. E peço pra mandarem pra cá.


Mr: - Demorou. até depois!


T: - Que merda!


      A frustração abatia Tom tanto quanto o medo que tinha de perder as pessoas que ama. No ano passado havia prometido a sua esposa que se aposentaria. Mas disse que não poderia se aposentar agora, por ter tido alguns imprevistos no seu trabalho, Mas que esse sim seria seu último ano. Muito provavelmente, esse também não seria seu ano de sorte. Ela sabe muito bem, por mais que escondesse, que a corda estava em seu pescoço.


      Tudo que Tom mais queria, era chegar em casa e abraçar sua esposa e sua filha. Tomar um bom banho, e se jogar no sofá pra assistir um programa com sua família. Infelizmente, para Tom, essa seria a pior noite da sua vida.


É HORA DE SE PREPARAR


     A delegacia estava mais agitada do que nunca. Todas na cidade estavam procurando por Marissa e Gus. E apenas uns poucos policiais ficaram no lugar.


     Se aproveitando disso, Vi e Gus, elaboram um plano para entrarem sem serem percebidos.


V: - Gus, aquele poste dá energia pra delegacia, se você conseguir dar um curto nele, podemos, vai deixar a rua inteira no escuro.


G: - Deixa comigo. Eu e o Sully desligamos as luzes e cuidamos dos polícias. Você e o Pete pegam o máximo de armas que puderem.


V: - Deixa com a gente!


     Dentro da delegacia, quatro policiais estavam trabalhando no turno da noite. Tudo andava calmo, agora que as pessoas sabem quem são os suspeitos. O número de ligações despencou, e as pessoas estavam focadas em encontrar Marissa e Gus. E pela população, eles não vão entregá-los vivos.


       Enquanto os policiais atendiam os poucos casos que chegavam à noite, a luz da rua inteira acabava. Do lado de fora, eles ouvem um grande estrondo de uma explosão, seguido de outros dois estrondos tão altos quanto.


- Que caralho foi isso?


- Todos comigo! Vamos ver o que está acontecendo.


     Ao saírem da delegacia, eles viram o quarteirão inteiro apagado. As viaturas da polícia que estavam estacionadas, agora estavam de cabeça para baixo.


      Eles ouvem o som vindo dos carros.


- Tem alguém aí ?


      Sem resposta, os policiais se aproximaram do lugar lentamente.


- Só vou perguntar mais uma vez! Quem está aí?


     Novamente um silêncio paira no ar. Os policiais se dividem para cercar o que fosse que estivesse ali.


- Parado!!!


- O que é isso?


      Diante dos seus olhos, estava um boneco de gelo do tamanho de uma criança.


- Quem fez isso?


- Não disseram que o Gustaf tinha poderes de gelo.


- Que droga! Voltem pra delegacia.


      Quando os policiais se deram conta de que foram enganados, Vi,Pete , Sully e Gus já estavam longe da delegacia.


G: - E aí? Pegaram bastante coisa?


V: - Bom, acho que é o suficiente.


     Ela mostra um saco cheio de armas, munição e granadas.


G: - Perfeito.


V: - Vamos encher esses caras de bala!


G: -Vocês não vão atirar em ninguém. Nem sabem como usar uma dessas.


V: - Qual é, não deve ser difícil.


G: - Ah é - Ele pega uma arma - Tá vendo essa arma. Ela tá travada ou destravada?


V: - É uma pegadinha, ela não tem trava!


P: - É, com certeza é uma pegadinha.


G: - Que tal vocês colocarem a arma um na boca do outro e testar.


P: - Beleza.


G: - Tá maluco! Me dê isso aqui.


V: - Relaxa, eu sei que tem que colocar as balas primeiro.


G: - Por que não olha o pente, pra ver se tem balas primeiro.


S: - É, deixa de ser burra. Como faço pra ligar essa granada?


G: - Que tal vocês deixarem as armas aí?


SEJAM BEM VINDOS


      Atordoado pela conversa que teve com Murtz, e por todas as coisas que teve que fazer, Tom mal podia esperar para chegar em casa. Sua família era tudo que mais amava no mundo.


       Logo ao estacionar o carro na garagem, ele ouve o barulho da porta da frente de sua casa abrindo, e uma garotinha de 5 anos sai correndo o mais rápido que podia, tão rápido que acabou escorregando e caindo na lama.


- PAAAIIIII!!!


T: - Oi bebê.


     Ele a pega no colo.


T: - Uuhggg, você cresceu. Tá ficando pesada.


- A mamãe disse que eu tô virando uma mocinha.


T: - As vezes a sua mãe não sabe o que fala - Ele retruca em tom de brincadeira - E aí, vamos entrar e jantar? O papai tá morrendo de fome.


- Vamos sim, a mamãe já fez a janta e tá lá dentro conversando com sua amiga do trabalho.


T: - Amiga do trabalho?


     O coração de Tom dispara. Ele corre para casa onde é recebido por sua mulher e por Marggaret.


- Oi, amor!


T: - Oi querida - Um suor frio escorria pelo seu rosto.


- Tá tudo bem? Tá parecendo meio pálido, e tá suando.


T: - Tá sim, é que eu vim correndo com a Vani no colo.


- Ah, você não vai acreditar. Sua aposentadoria saiu. Você não passou muito na delegacia essas semanas, então ela trouxe os papéis até aqui. Parece que é o último dia pra assinar.


M: - Se passar de hoje, não consigo registrar a tempo de mandar pra corregedoria. Eu tava por perto então decidi trazer.


- Não acredito que você vai poder passar mais tempo com a gente agora.


T: - É, nem eu. Amor, você se incomoda de trocar a roupa da Vani, ela escorregou no quintal e se sujou toda.


- Claro, amor! Eu já volto. Vê se assina logo os papéis.


     Quando sua mulher e filha sobem para o quarto, Tom saca sua arma e aponta para Maggie.


T: - Escuta aqui, vagabunda. É melhor cair fora da minha casa, antes que eu estoure seus miolos.


     Enquanto Tom ameaçava Maggie, ele sente um objeto metálico encostar em sua cabeça, e um som de uma emgrangem se movendo.


Ma: - O que acha de eu fazer com você e sua família, o que você fez com meus amigos.


T: - Não, por favor. Não faça isso. Eu não queria, me desculpe.


Ma: - Abaixa a porra da arma. Avisa sua mulher que vai ter que sair, pq vamos ter uma conversinha.


T: -Querida! Eu esqueci uns documentos na delegacia e vou ter que ir buscar, pra não acabar o prazo.


- Tudo bem, amor! Volta logo.


     Os três vão para o carro. O plano saiu exatamente como o esperado. Como Maggie não teve seu rosto divulgado, só foi preciso um pouco de maquiagem para esconder as feridas no rosto.


     Agora Maggie, Marissa e Tom estavam no carro. Marissa dirigia enquanto Maggie e Tom ficavam no banco de trás.


T: - O que vocês querem?


Ma: - Quero sua ajuda. Só isso.


T: - Você ficou doida, por que eu ajudaria vocês.


M: - Por que sabemos que a Meríade tá matando a família de pessoas que estavam envolvidas com a mesma coisa que você está. Então se você gosta da sua mulher e da sua filhinha, é melhor colaborar com a gente.


     Infelizmente, para Tom, ele estava de mãos atadas.


T: - Beleza.


      No caminho para a Guilda, eles avistam um blitz vasculhando os carros.


M: -Puta que pariu.


Ma: - Sem gracinhas, Tom.


     Elas param o carro e dois policiais se aproximam.


- Pra onde está indo?


Ma: - A gente tá indo pro evento nerd que vai acontecer na cidade vizinha. A batalha do fim dos tempos.


- Batalha do fim dos tempos?


- É a batalha do bem contra o mal. As guildas da luz vão defender o bem contras forças das trevas.


- Tá de brincadeira.


- É super legal.


- Beleza, acho que vocês podem ir.


      Quando estavam quase passando, um dos guardas vê de relance o capitão da polícia e o reconhece.


- Capitão? É o senhor?


T: - Sou eu polícia.


      Imediatamente os guardas desconfiam da situação.


- Capitão, está tudo bem?


      Maggie pensa rápido e dá um grande beijo em Tom, depois se deita em seu peito.


M: - Tá sim, o Tom vai levar a gente pra se divertir um pouquinho, mas se vocês puderem não comentar nada, nós agradeceríamos.


Constrangidos, os policiais os deixam ir. Os dois sabiam que Tom era casado.


- Claro, nós desculpe. Não vamos. Comentar sobre nada!


T: - Eu… Agradeço senhores.


Ma: - Até mais guardas!


- Cara, ele tem uma mulher linda, e ainda tá com duas garotas. Eu queria ser esse cara.


- É um miserável. A gente dobrando, e ele tá aproveitando a vida, em casa e na rua.


    Eles chegam até a guilda.


T: - Se minha mulher descobrir que você me beijou, ela vai me matar.


Ma: - Essa não é nem a pior coisa que você já fez.


    Enquanto elas amarram ele na cadeira, Gus, Vi, Pete e Sully, chegam ao local.


G: - E aí, vocês estão bem?


M: - Sim, foi tudo bem.


G: - E a perna, como está?


M: - Um pouco dolorida, mas nada demais.


Ma: - Beleza, tá na hora de descobrir a verdade.


V: - Fala aí tom, o que tem…


      Antes que Vi terminasse de falar, Maggie acerta um soco que quebra o nariz de Tom. Todos olham pra ela.


T: - Arrrgghhhh, por que fez isso?


M: - Foi mal, pessoal, é que eu gostei da família dele e ele é um safado mentiroso.


Ma: - A gente sabe que a Meríade tá atrás de você, que tal explicar tudinho pra gente, e a gente tenta salvar sua família.


T: - Ano passado, eu recebi uma ligação do Fergson. Ele comandava a boate, e as vezes quando eu tava de mal com a minha mulher, sabe como é né…


    Maggie acerta outro soco nele.


M: - Porra! Meu punho.


T: - Arrgghh, tá, essa eu merecia.


Ma: - Continua falando.


T: - O Fergson e eu tínhamos contato a um tempo. Ele me disse que tinha uma coisa que ia render muito dinheiro, mas que ia precisar da minha ajuda. Eu não queria, mas ele disse que com o dinheiro que eu iam ganhar, eu não ia precisar fazer mais nada pro resto da vida. Ele disse que já tinha conseguido alguma pessoas pra ajudar a patrocinar.


Ma: - Sabe quem eram as pessoas?


T: - Mário e Sofia entraram com a grana pra trazer os equipamentos pra cá e pro que mais precisasse…


Ma: - Os donos do restaurante MacPhen Palace.


T: - E o Antony’r e a Neli.


Ma: - Donos do hospital.


T: - Eu não sei bem como as máquinas funcionam, mas eles pegam a energia e armazena em um objeto, que eu não lembro o nome.


G: - Sifra.


T: - Isso aí, a máquina lá embaixo, consegue armazenar a energia vital das pessoas nessas pedras. Depois eles mandam de volta pra Vega.


Ma: - A organização criminosa que fornece as drogas pra vocês?


T: - Isso. Eles pagam bem pelas Sifras, e nós também começamos a comprar Void’s e revender.


Ma: - E pra que eles precisavam de você?


T: - Pra e evitar que a polícia chegasse perto e descobrisse. Mesmo assim você descobriu algumas vezes o que tava acontecendo. Eu avisava eles que você tinha descoberto, e eles mudavam as coisas de lugar pra você não achar nada.


Ma: -Desgraçado!


T: - Os monstros que vocês viram, saí experimentos que o Antony’r e Neli faziam. Não sei bem pra que serve, mas a void manda uma interface, e quem conseguisse fazer uma daquelas pessoas voltar a vida sem se tornar uma monstro, receberia uma bolada astronômica. Antony’r e Neli tentaram de todas as formas, mas sempre resulta a em uma criatura descontrolada que apaga se desligamos as Sifras conectadas neles.


G: - E como vocês esbarraram na Meríade?


T: - Tava tudo, indo bem. Antes de levarmos as pessoas pra tirar a energia, nós testamos o tipo de energia vital que ela tem. Quanto mais incomum…


Ma: - Mais eles pagam.


T: - De tempos em tempos, a Neli, que era química, soltava na cidade, um vírus que não fosse forte pra matar.


G: - Mas forte o suficiente, pra ir para o hospital.


T: - Exatamente. Nós tínhamos diminuído o movimento, mas umas semanas atrás, uma garota foi pro hospital com a mãe, e testou positivo pro tipo de energia, mais caro que existe. Nunca tinham matado uma única criança, mas o dinheirinho de um Sifra dela, valeria por 1 milhão das comuns. Eles mataram a garota, e uma semana depois, começaram as mortes.


G: - Era filha da Meríade.


T: - Com certeza.


     Todos tentavam digerir o que havia acontecido. Marissa parecia ser a mais abalada, ela admiriva seu Tom, e sempre quis ser a capitã da polícia. Os dois tinham uma ótima relação.


Ma: - Seu… Filho da Puta! Como pode fazer isso com sua família, comigo, com nosso esquadrão.


T: - Eu sinto muito. Você não sabe, o tanto que eu queria poder voltar atrás.


Ma: - É, mas agora não dá mais. A dona tá morta. Bart e Lee estão no hospital, e agora nós temos que dar um jeito de pegar uma psicopata maluca.


G: - Bom, o plano tá mais de pé do que nunca. Vamos atrair e acabar com ela.


Ma: - Beleza, vamos pro carro. No caminho eu ensino como usar uma arma, pelo menos pra vocês se defenderem, caso precisem.


G: - Tem certeza que vai levar eles?


Ma: - Olha, os únicos amigos que eu tenho na polícia, ou estão mortos ou debilitados. Os outros policiais e cidadãos da cidade querem me pegar ou matar. E vamos enfrentar um cara que tem um monte de capangas e monstros do lado dele, e depois vamos enfrentar uma super mutante genocida. Infelizmente, precisamos de ajuda de quem tiver.


G: - É, tem razão, tem razão.


Ma: - Vai ficar tudo bem. Beleza, o plano é o seguinte.


ALGUMAS HORAS DEPOIS


       Murtz estava reunindo o pouco pessoal que tinha disponível, no porto. A batalha para controlar as criaturas levou boa parte de seus homens. Cada vez mais seus recursos estavam ficando limitados, e desta vez nada podia sair vez nada pode sair fora dos planos.


      Enquanto verificava as runas, Murtz recebe um chamado.


- Senhor, tem um homem se aproximando. Da entrada noroeste.


Mr: - O que? Tem alguma ideia de quem é?


- Parece ser aquele garoto de cabelos cacheados, que nós tentamos capturar aquele dia.


Mr: - Que merda, espera aí que eu tô chegando.


      Do lado de fora, Maggie, Vi e Pete ficaram para vigiar o capitão Tom.


V: - Não acredito que a gente vai ficar aqui esperando eles curtirem toda a ação. Vou fazer o cabeludinho me fazer uma estátua de gelo no meu aniversário.


M: - Acho que minha perna não ia aguentar correr isso tudo.


V: - Ainda está sentindo dor?


M: - Só quando eu mexo, mas bem menos do que ontem.


P: - Se fôssemos lá pra dentro, só íamos atrapalhar.


T: - Ela tem razão.


V: - Você, cala a boca que só fez merda desde que nasceu.


T: - Desculpe.


     Murtz chega até a sala das câmeras e vê Gus se aproximando do túnel.


Mr: - Porra! Mandem todos os homens que tiverem pro portão noroeste.


- Claro, chefe!


    Enquanto entrava pelo túnel, Gus se comunicava pelo rádio, que também havia roubado da delegacia, com o grupo.


G: - Vi, tudo bem por aí?


V: - Tudo certo cabeludo.


G: - Marissa, você e o Sully estão em posição?


Ma: - Em posição e aguardando permissão pra prosseguir.


G: - Vamos mandar ver!


      Quando Gus desce, uma dezena de homens chega para emboscá-lo.


G: - Beleza, vamos lá.


         De cara, todas as armas são congeladas. Agora a luta seria apenas com as mãos. Para economizar energia para as próximas batalhas, Gus evita congelar os homens, e usa uma pequena parte da sua energia para enfrentá-los. E um por um os nocauteia com suas técnicas de luta e habilidades especiais.


Mr: - Merda, Merda!


- Ele já tá chegando perto.


Mr: - Solta as criaturas.


       Enquanto ia em direção às criaturas para segurá-las, Marissa e Sully tentavam chegar até a sala de controle para desligar as criaturas. Sem os guardas, e sem o controle das criaturas, eles podiam capturar facilmente Murtz, e usá-lo como uma isca junto do capitão Tom. Mas nem tudo correu do jeito que era esperado.


       Do lado de fora do porto, o restante da equipe treinava com as armas.


V: - Aí Pete, que tal você colocar um maçã na cabeça e vir aqui pra mim te usar como alvo.


P: - Não, tá maluca?!


V: - Eu tava brincando… Marissa, o que você acha…


M: - Definitivamente não.


T: - Gente, Gente! - Quando Tom olhou para o lado, lá estava a Meríade, com suas tatuagens pegando fogo, e vindo devagar para perto deles.


V: - Que porra! Todo mundo dentro do carro.


     A Meríade arremessa uma bola de fogo contra o carro, que balança.


P: - Ela vai matar a gente!


       Maggie pega sua arma e atira na Meríade, que desvia delas em uma velocidade sobre humana. Aquela mulher parecia um monstro. As chamas espalhadas em seu corpo, na escuridão da noite, não era possível ver seu rosto, só as chamas que saem do seu corpo.


- Deixem o homem aqui, ou vão morrer junto com ele.


P: - Que merda - Pete pega uma granada para arremessar.


M: - Cuidado com isso idiota.


P: - Engole isso sua vagabunda! Sem ofensa Maggie.


M: - Tá de boa.


       A granada explode e atinge a Meríade que é arremessada contra uma árvore.


V: - Gente, alguém na escuta? A Meríade tá aqui!!!


Ma: - O que? Ela tá aí agora?


G: - Olha, ele só quer o Tom, não façam nenhuma besteira e ela não vai machucar vocês.


V: - Bom… como eu vou dizer isso.


G: - Vocês atiraram nela?


V: - jogamos uma granada.


Ma: - Idiotas!


G: - Venham pro portão noroeste, eu tô voltando aí.


      Quando ia voltar, Gus é acertado em cheio por uma das criaturas.


G: - Arrgghh…


      Ele cospe sangue. Mas não tinha tempo a perder. Rapidamente ele congela o primeiro monstro, mas chegam outras. Gus tenta lutar contra todos, mas a desvantagem é grande. Ele ainda ia precisar de energia pra lutar contra a Meríade.


      A luta estava ficando cada vez mais difícil, não importava o quanto ele congelasse as criaturas, ou despedaçasse eles sempre voltam.


       Marissa e Sully estavam chegando à sala de máquinas, quando são surpreendidos por um guarda que não tinha ido até o portão noroeste porque estava usando o banheiro. Ele derruba Marissa, acertar um soco em Sully. Marissa tenta pegar sua arma, mas o Guarda é mais rápido e a segura pelo cabelo e bate sua cara no chão com muita força, e vai pegar sua arma que estava do lado de fora. Sully se arremessa contra ele e tenta impedir.


       Enquanto isso, Vi e os outros chegam ao portão noroeste. Eles descem do carro e correm para dentro.


V: - Beleza, acho que ela não vai mais pegar a gente.


      A Meríade chega furiosa. Maggie pega a arma e atira contra ela, mas rapidamente é desarmada e jogada contra a parede. Pete também tenta ajudar, mas a Meríade quebra seu braço e o derruba.


P: - Aaaaaaarrggghhhhh!!!


     Vi tenta pegar uma granada, mas é impedida antes de abrí-la. A Meríade segura Tom pelo pescoço, e saca uma adaga que estava coberta pelo mesmo fogo que saia dela. E quando estava pronta para matá-lo, alguns passos chamam sua atenção. Ao ver diante dos seus olhos sua filha, costurada, com a pele apodrecida, naquele estado, ela congela.


- Filha?


       A criança, agora transformada em criatura, parte para cima da sua mãe sem mesmo saber quem ela era.


- Para, Eny! Sou eu!


        Infelizmente, suas súplicas não fazia efeito. Aquela não era mais sua filha, era apenas uma carcaça vazia.


          Gus, estava com dificuldades em sua luta. Sua testa estava cortada, e ele está sangrando muito.


G: - Já chega!


            Gus, carrega sua energia, e como uma flecha, saí congelado e destruindo as criaturas, mas desta vez ele pega todos os receptores os congela e destrói em pedacinhos, imediatamente as criaturas caem no chão. Da sua sala Murtz se enfurece!


Mr: - Filho da puta!


        Sully, que havia tentado agarrar o capanga de Murtz, foi lançado contra a parede. O capanga vai até a arma, mas Sully gruda em sua perna e o morde.


- Aaarrggghhh!! Desgraçado!


              Ele segura Sully e começa a espancá-lo violentamente, mas Marissa finalmente se recupera da pancada que levou, pega sua arma e atira no joelho do capanga. Sully dá uma cabeçada que desmaia o capanga. Eles pegam a arma dele, e vai para a sala das máquinas.


- Chefe, olha isso - Ele mostra Vi, Maggie e os outros lutando contra a Meríade, no monitor lateral.


Mr: - Aquele é o Tom?


          Antes que tivessem tempo de processar a informação, Marissa atira no ombro de Murtz pelas costas. Sully, rende o homem que controla as máquinas.


S: - Desliga as criaturas!


- Nem fodendo!


Ma: - Ah, é - Marissa joga Murtz no chão, pega sua arma e a descarrega na mão de Murtz .


Mr: - Aaaaaarggggghhhhh! Porraaaaaaa!


          Marissa joga sua arma descarregada fora. E começa a espancar Murtz, com todas as forças, soltando todo o ódio por tudo que havia acontecido com seus amigos até agora. Quando Murtz, mal estava respirando ela para. Sully joga sua arma para ela, pega a cabeça do maquinista e a prende contra a bancada. Marissa estica a mão dele, pega a arma e a força contra a mão do capanga.


Ma: - Vai desligar antes ou depois de perder a mão? - O maquinista desliga na hora.


        A filha da Meríade que estava atacando sua mãe, cai nos braços dela.


- Eny?


        Segurar o corpo de sua filha, podre, corrompido e costurado, é um baque que nem mesmo a mais fria Meríade poderia superar. E a fúria tomou conta de seus pensamentos, o desejo de vingança ardia tão forte quanto suas chamas.


- EU VOU MATAR TODOS VOCÊS!!!!!


             Ela deixa o corpo de sua filha no chão, e suas chamas ardem incandescentemente. Mas quando ela ia matar todos, Gus acerta um soco poderoso no seu rosto. A Meríade, atordoada, tenta usar seus poderes, mas Gus pega sua cabeça, cria uma crosta de gelo e a começa a bater violentamente a cabeça dela contra a parede. Depois a pega pela perna como se fosse um pedaço de papel e a joga com tanta força no teto que ele racha. A Meríade vomita sangue, mas isso não foi o suficiente para fazê-lo parar. Ele quebra o braço da Meríade, e começa a desferir golpes consecutivos no seu rosto abdômen. Gus pega o rosto da Meríade com as duas mãos, e começa a apertar com toda a força.


V: - Cabeludinho!!!


           Ouvir aquilo, fez Gus voltar a si. Ele solta a Meríade no chão, quase morta.


G: - Vocês estão bem?


V: - Estamos sim. Só precisamos dar o fora daqui!


3 DIAS DEPOIS


          Arrependido por tudo que tinha feito com sua família e com sua equipe. O capitão Tom confessou tudo o que tinha feito. Murtz foi condenado a 137 anos. Tom conseguiu ter sua pena reduzida para 30 anos pela colaboração com as investigações. Os corpos das pessoas mortas foram devolvidos às famílias. Maggie enterrou Lia, e Marissa deu a notícia à mulher de Danny, não foi fácil dizer para uma mulher grávida que agora ela teria que cuidar do seu filho sozinha, mas pelo menos a mulher tinha sua família, que a recebeu de braços abertos. Lee, Bart, Marissa e Dona foram condecoradas por bravura, e Marissa nomeada Capitão da 27° delegacia de polícia, já que Bart foi, que era o segundo no comando, se aposentou da polícia agora que não tinha mais um dos pés.


          Pela noite, Gus e Maggie chegam até a Guilda das Feras Banidas, para se despedir de seus amigos.


Pete, Vi e Sully abraçam Maggie.


V: - Você tem que prometer que vai voltar pra visitar a gente.


P: - E tem que participar das nossas batalhas de guilda.


S: - Aqui - Ele pega um pingente e entrega para Maggie - Agora você é parte da nossa guilda.


M: - Haha, eu adorei! Vamos batalhar de novo um dia! Mas sem armas de verdade dessa vez.


V: - ‘Claro nossa sacerdotisa’.


      Gus e Marissa conversavam no outro canto.


G: - Olha, vou mandar fazerem próteses pro Bart e pro Lee. Devem chegar em uma semana.


Ma: - Eu agradeço.


G: - O pessoal do reino já avisou quando vão chegar pra buscar as coisas do laboratório?


Ma: - Eles disseram que depois de amanhã. Pediram pra não mexer em nada. Mas o que me preocupa é que não conseguimos achar a Meríade e nem o corpo da filha dela.


G: - Com certeza ela deve ter fugido. Mas não deve vir atrás de vocês. Se acontecer alguma coisa é só me chamar.


M: - Ei, eu não tive a chance de agradecer. Você me ajudou quando a cidade inteira tava atrás de mim, me ajudou a pegar a Meríade, o Murtz, e até a provar minha inocência. Sem você não teria conseguido. Eu agradeço muito.


G: - Relaxa, capitã. Nem precisa agradecer. E aí, tá gostando do cargo novo.


Ma: - Hihi, Gus é muito emocionante. Eu estou super empolgada pra mandar em alguém, ter minha sala. Vai ser muito maneiro.


G: - Eu fico muito feliz.


Ma: - Ah, toma - ela lhe entrega um pingente.


G: - O que é isso?


Ma: - É o brasão da Guilda das feras. Agora você é o nosso mago suplente. Isso significa que eu também mando em você.


G: - Haha, eu adorei! ‘Vai ser uma honra servir a maga mais jovem de sommerville’.


Ma: - Hihi, Bobo. Eu prometi que você ia voltar pra próxima Batalha do Fim dos Tempos.


G: - Vai ter outra Batalha do Fim dos Tempos?


Ma: - Tem uma todo ano.


G: - Que loucura.


Ma: - Ah, eu também prometi que ia deixar a Vi, fazer uma Chiquinha no seu cabelo.


G: - Aí já é demais.


Ma: - Bom, você não tem escolha. Você é meu subordinado agora.


G: - Touché!


Ma: - A gente se vê depois cacheadinho - Eles se abraçam.


G: - Até, Capitã.


       Gus e Maggie seguem seu caminho até Drefaul. E Marissa, encontra Lee na porta do restaurante.


Ma: - Hmmm de terno, você está muito bonito.


L: - Bom, eu pensei em evitar usar regata até meu braço musculoso chegar - Eles se beijam - Você continua linda.


Ma: - Hmm, se eu soubesse que era só arrancar seu braço pra você me chamar pra sair, eu tinha tirado em você antes.


L: - Sabe como é, o tempo certo.


Ma: - Hihi, Vamos comer.


L: - Vamos sim.


FIM…

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