Capítulos (1 de 2) 04 Oct, 2018
Olhos prateados
Demerius caminha até a cozinha e ao abrir a porta do refeitório, ele vê Saimon sentando em uma mesa conversando com o casal de cozinheiro Ezio, um homem gordo e alto com sardas nas bochechas, e Agata, uma mulher gordinha alguns centímetros mais alta que Ezio e com um belo cabelo castanho. Os dois parecem estar tentado convencer Saimon a provar um novo prato. A aparência do prato não é nada convidativa, é uma pasta branca com cubos médios quase grande de carne vermelha, e outros feitos de alguma coisa roxa que sobem até a superfície e afunda fazendo bolhas.
- Vamos lá novato prove, você vai adorar. Disse Ezio.
- Hehe ehhh eu não estou com tanta fome assim, uma fruta é o bastante. Responde com um sorriso nervoso.
- Qual é garoto, você vai recusar essa iguaria maravilhosa, feita pelos melhores cozinheiros do mundo? Pergunta Demerius.
- Ahh Demerius, já que gostou tanto desse prato eu posso dividir um pouco com você, o que acha?
- Não precisa se preocupar... aqui, preparamos um prato pra você também Demerius. Diz Agata, com um sorriso simpático no rosto.
Demerius olha com raiva para Saimon e diz baixinho enquanto se senta ao seu lado na mesa ‘’- Desgraçado’’. Saimon pega com a colher um cubo vermelho e como junto com a pasta.
- Hmmm essa coisa, digo esse prato é maravilhoso uma comida dos deuses.
- É comestível Demerius, pode confiar. Ele responde aliviado quase chorando.
- Hahaha até os anjos gostam da nossa comida Agata.
- Bom sendo assim eu vou me arrisca – Demerius come um cubo vermelho primeiro, sente a mesma felicidade que Saimon e decide provar o roxo, no momento em que ele morde o cubo a sua cara muda e fica com uma expressão sem vida, ele mastiga e engole o cubo em silencio sem esboçar nenhuma reação.
- Ezio... O que é essa coisa roxa? Pergunta, ainda com a expressão sem vida.
- Cebola. Disse Ezio, com o rosto virado para o lado.
- Tem certeza que não é carne humana?
- Ahhh não pode ser tão ruim assim – Retrucou Saimon. Ele morde o cubo roxo e fica triste na hora – Sinto minha fé na humanidade diminuindo.
- Que nome vamos dar a esse prato maravilhoso, Agata?
- Hm que tal ‘’Pasta de cebola super temperada’’?
- ADOREI!!! Além de linda, boa cozinheira, carinhosa, você é ótima para criar nomes, eu escolhi a esposa perfeita, vamos temos que preparar o café da manhã do pessoal. Até mais Demerius e Saimon.
- Saimon.
- O que? Responde se recuperando do efeito da cebola.
- Como é o céu? Pergunta Demerius.
Saimon larga a colher e responde – É um lugar maravilhoso, os espíritos se dão bem com os anjos lá ninguém sente dor, fome ou qualquer outra necessidade humana, resumindo é o lugar perfeito que todo fiel acredita ser.
- Mas.....
Saimon abaixa a cabeça escondendo o seu olhar vazio - Saimon? Pergunta Demerius, tocando no ombro dele.
- Há não é nada só estava pensando nos meus amigos que ficaram lá.
- O meu pai... ele, ele morreu para defender os céus do ataque de Beli’aquis ... me diga, o seu enterro foi digno? Pergunta Melancólico.
Saimon fica confuso, mas não expressa reação alguma, ele sabe que não existe cemitério no céu e que quando um campeão da luz morre, sua alma é levada o reino sagrado dos campeões da luz. Logo ele toma consciência do que Demerius realmente pergunta, e com um sorriso singelo no rosto ele responde.
- Sim, mesmo sabendo que encontraria o fim da sua vida naquela batalha, Lorde Polemistís lutou bravamente até o último suspiro.
Demerius abaixa a cabeça e com lágrimas nos olhos e um sorriso tremulo, responde – Hmm eu sabia, ele é o maior herói que já existiu por isso carregar essa espada tem uma grande importância para mim. Quero erradicar o mal desse mundo com a sua lâmina, para um dia quem sabe ... minha alma se junte a dele no reino dos campeões. Saimon se surpreende ao ver esse lado de Demerius, os dois terminam a refeição e seguem em direção ao hall onde Saimon embarcar na sua primeira missão.
- Bom dia Mira, que missões você tem para nós? Pergunta Demerius.
- Ah Demerius, Saimon, bom dia.
- O prefeito da cidade de Terrilhe solicitou a nossa ajuda para resolver o mistério dos vários assassinatos que andam acontecendo lá, até agora não ouve um único sobrevivente dos ataques tudo que sopra são restos que mal da para identificar quem era a vítima, os moradores escutam barulhos estranhos à noite como se uma fera sanguinária estivesse andando pelas ruas e telhados.
- Ótimo parece ser a missão perfeita para você começar Saimon ou ela é muito assustadora para você?
- Eu não tenho medo do perigo, vim para cá com o propósito de ajuda-los a acabar com o mal, portanto aceito qualquer missão que vier. Retruca Saimon, determinado.
- Hahaha Estou começando a gostar de você garoto, nós ficamos com ela Mira.
Eles enchem suas mochilas de itens de cura, roupas e armadilhas para demônios, montam em seus cavalos e vão embora. – Que tipo de demônio você acha que vamos encontrar Demerius.
- Hmm talvez seja um lobisomem uivando por ai atrás de algum osso pra roer.
- Provavelmente não, um lobisomem é um monstro de alto nível difícil de ser pego, ele nunca deixaria pistas para trás muito menos restos do seu almoço.
- Então o que você sugere? Pergunta Demerius.
- Com certeza um demônio selvagem, isso explicar o porquê de sempre a ver restos de pessoas e o barulho a noite.
- O que não faz sentido. Retruca Demerius.
- E por que não? Pergunta Saimon, confiante de que está certo.
- Os demônios selvagens são criaturas animalescas que não tem raciocínio alguma, matam para saciar sua fome eterna, então se o nosso inimigo fosse mesmo um selvagem, Terrilhe já teria virado uma cidade fantasma.
- Eu discordo, primeiramente porque os lobisomens a longo dos anos ficaram civilizados, ao ponto de não se ouvir mais falar em matilhas de lobisomens destruindo reinos, agora eles querem comandar o império não destruí-los. Segundo, você sabe assim como eu, sabe que os demônios evoluem depois de comer vários corações humanos, ficando mais fortes, rápidos e inteligentes.
- Que tal se fizermos uma aposta, se eu vencer, você vai ter que comer 10 cubos roxos de uma vez. Se eu perde, comerei 20 cubos, o que me diz? Disse Demerius.
- Eu aceito desde que a minha penalidade seja igual a sua.
- Ohhh tentei alivia pro seu lado, você tem culhões garotos. Demerius estende a mão direita para Saimon, ele aperta a mão de Demerius, aceitando a aposta.
Após uma viagem cansativa e longa, os cavaleiros chegam a Terrilhe, ao entardecer. Terrilhe é uma cidade que faz parte do reino de Zavanus. Seguindo pelo Norte, você encontrara a cidade de Cardelis, e ao Leste, em cima de um penhasco fica um grande castelo branco iluminado pela lua que tinha acabado de subir aos céus, os cavaleiros não dão a mínima para o castelo ou o que seja e como estão muito cansados eles partem para a hospedaria mais perto, jantam e vão para o quarto.
- Garoto eu vou sair atrás de pistas do lobisomem. Disse Demerius secando o cabelo pois tinha acabado de tomar banho.
- Então eu vou com você, quanto mais cedo matarmos esse demônio melhor.
- Não não não! Disse Demerius, nervoso. – Você deve descansar, para amanhã me ajudar nas buscas.
- Mas essas criaturas ficam mais fortes à noite, é raro ver algum atacando ao meio dia, seria mais adequado eu ir com você agora.
- Isso não é um pedido garoto, é uma ordem do seu mestre, então tome um banho e vá dormir.
Demerius veste uma roupa casual seguindo de um grande casaco marrom-claro e sai antes que Saimon volte do banho. Durante o banho, Saimon expõe suas asas para fora e contempla a sua própria beleza em volta do vapor da água quente que sai da banheira, ele gira o seu corpo soltando penas por todo lado, penas essas que são reduzidas a nada antes de tocarem no chão. ‘’ - Como eu queria poder mostrar vocês para todos eles - disse Saimon, passando as mãos nas asas como se estive as abraçando. – Mas os humanos não estão prontos para ver a minha verdadeira beleza, peço perdão por ter tido que força vocês a saírem para eu escapar do golpe de Demerius ... aqueles exorcistas bárbaros olhando para vocês arg sinto nojo só de lembrar, mas não se preocupem meus amores, eu só vou mostra-las a oponentes dignos de verem as asas mais belas desse mundo, não, de todo os mundos’’. Ele sai do banho com as asas escondidas, vestindo uma roupa casual e um chapéu.
Ele olha para a cama e diz - Eu não estou com sono esse banho me revitalizou, a noite é uma criança então eu vou dar algumas voltas por ai, a cidade é grande demais para eu ter o azar de encontrar Demerius, bom em todo caso vou tomar cuidado.
O quarto fica no segundo andar, Saimon desce as escadas e olha os outros hospedes reunidos na sala de lazer enquanto caminha para a entrada, todos riem e conversam ao mesmo tempo como em um belo quadro de arte, porém Saimon sabe que se não matar o assassino logo, essa pintura vai ser manchada por um vermelho carmesim. Saimon segura a maçanete e abre a porta, ‘’- A onde você pensa que vai a essa hora?’’ Perguntou a dona da hospedaria.
- Dar umas voltas por ai, não posso? Perguntou Saimon, com a mão no bolso da calça enquanto a outra segura a maçaneta da porta ainda aberta.
- Primeiro feche essa porta! Saimon acatou a ordem e fechou no mesmo momento. – Você não sabe sobre o assassino que está rondando pela cidade à noite?
- É por esse motivo que eu e o meu amigo viemos para cá minha senhora, para acabar com esse ‘’assassino’’ agora se me der licença. Ele abre novamente a porta.
- Por que o senhor não espera o seu parceiro voltar então? Pergunta preocupada.
Saimon fica com raiva e diz em tom sério sem olhar para a mulher – Não, não será necessário.
Ele sai da hospedaria logo em seguida, como Saimon já esperava não avia ninguém nas ruas todos estão trancados em casa com medo do assassino. Depois de um tempo caminhando, Saimon sente como se alguém o estive-se vigiando, primeiro ele pensa que tratava-se do demônio que está matando pessoas, porém logo ele percebe que é alguém com muito mais poder. Saimon começo a ficar assustado, ele então entra em outra rua, mas a vigilância continuava.
Cada passo que ele dava mais forte ficava a presença da criatura, Saimon começou a suar muito e respirar com mais dificuldade, só a presença da criatura foi o suficiente para Saimon ficar em pânico era como se o próprio inferno estivesse olhando para ele e rindo, foi então em uma atitude de desespero ele olha para trás bruscamente e não vê ninguém, após isso a presença some e Saimon respira aliviado encostado na parede de uma casa, ‘’ Uff! Uff! o que foi isso? Que criatura é essa, eu-eu nunca vi tanto poder assim, para que ele estava me observando?’’ Disse Saimon, se encostando na parede de uma casa e logo em seguida caindo sentando no chão.
- Arf! Arf! Espero que Demerius não encontre esse monstro. Ele disse, se recuperando do choque.
- HAHAHAHA GARÇOM TRAGA MAIS UMA GARRAFA VINHO, RÁPIDO. Disse Demerius, levemente bêbado.
Ele mentiu para saimon em vez de procurar o lobisomem, Demerius foi direto para um bordel. Um lugar bem alegre cheio de mesas de frente para um grande palco onde a mulheres lindas dançando, Demerius está sentando em uma mesa mais afastada, perto da parede acompanhado de uma bela mulher de seios fartos, um corpo cheio de curvas e o cabelo loiro e longo, vestindo um belo vestido vermelho.
- Hahaha eu não imaginava que o ‘’cavaleiro sem alma’’ fosse tão alegre e cheio de vida. Disse a mulher chegando mais perto de Demerius.
- Posso não possuir uma alma, mas bem aqui (Demerius bate duas vez no peito esquerdo com a mão direita). Bate um coração loucamente por causa da sua beleza exuberante.
- Hmmm para um cavaleiro que vive para matar demônios, você fala muito bem... acho que posso me apaixonar por você. Disse a mulher enchendo o copo de Demerius.
- Hahaha acho improvável pois essa será a primeira e possivelmente a última vez que nós veremos. Os cavaleiros da estrela primordial são homens que dão suas vidas em prol do bem e da paz, por isso mesmo que você se apaixone por mim, eu não poderia retribuir esses sentimentos pois a minha vida pertence a todos.
O olhar da mulher para Demerius é o mesmo olhar de uma criança vendo o seu herói lutando na sua frente. Admiração, surpresa, amor e prazer, esses são os sentimentos que rodam a cabeça dela nesse momento.
O garçom finalmente chega com a garrafa de vinho, ‘’Vamos subir lá pra cima, eu quero conhecer mais sobre você.’’ Disse Demerius estendendo a mão direita para a mulher e segura a garrafa com a outra.
- Não vai pergunta qual é o meu nome primeiro? Disse a mulher, segurando a mão de Demerius.
- Não será necessário, pois essa noite eu te chamarei apenas de meu amor!
Os dois sobem as escadas e entram no quarto, ele ajuda ela a tirar a roupa, eles trocam caricias e logo estão debaixo do coberto, uma presença demoníaca entre dentro do quarto, porém Demerius não da a mínima e continua a dar o seu amor.
Saimon se levanta, e nesse momento alguém encapuzado cruza a rua a sua frente correndo, achando que poderia ser o assassino ele corre atrás.
Ele vê o suspeito entrando em um beco estreito, Saimon consegue segui-lo sem problema, por causa da distância Saimon não tinha notado que o suspeito tem a mesma altura de uma criança de oito anos. O capuz cai para trás revelando um belo e longo cabelo branco, ‘’Uma garota?’’ Pensou Saimon. Antes de puxar o capuz para frente, o suspeito olha para trás e vê que está sendo seguida e começa a correr mais rápido, A garota vira a esquerda ao sair do beco depois segue reto na rua da frente e por último vira a direita, as cidade de Terrilhe parece um tabuleiro de Xadrez com vários atalhos entre os quadrados. A garota olha novamente para trás e não ver Saimon, achando que o tinha despistado ela para de correr e segue caminhando até uma praça com uma fonte de água, lá ela vira a esquerda e vai até uma pequena ponte de pedras, curvada, que liga as duas partes da cidade.
A garota pega três pedrinhas no chão e joga uma após a outra no rio, fazendo pequenas ondulações que correm até as margens, quando a marola se dissipar e a água fica calma novamente, uma quarta pedrinha é jogada de algum lugar, no rio. A garota sorrir gentilmente ao escutar a quarta pedrinha bater na água.
Ela tira o casaco, mostrando que de fato é uma garotinha, ela se senta a beira do rio e começa a cantarolar. Saimon observa tudo escondido nas sombras da última casa antes da ponte, a voz da menina é tão linda e maravilhosa que Saimon pensou estar ouvindo o coral dos anjos.
Ele não entendia o motivo pelo qual a garotinha estava fazendo isso, ainda mais sabendo que tem um demônio a solta por ai.
Saimon está observando a garotinha, escondido no lado da casa perto da ponte ‘’- Muito bem, como eu vou chegar até ela sem assusta-la’’. Disse pra si mesmo.
- Não posso chegar silenciosamente e toca no ombro dela, isso seria muito estranho e ela acabaria gritando.
- Por outro lado, sair daqui e ir me aproximando enquanto falo parece uma boa, mas ela pode perceber eu me aproximando de novo. Ahhh eu estou pensando de mais sobre isso, afinal é só uma garotinha. Pensou Saimon.
No Entanto, nenhuma de suas estratégias iria servia para o que tinha acabado de acontecer, um demônio, Saimon viu apenas o braço esquelético cheio de pedaços de carne amarrados aos ossos saindo para fora da escuridão debaixo da ponte, ele corre em direção a menina e diz ‘’- SAI DAQUI! CORRA!’’ O demônio solta um rugido assustador e destrói a ponte.
O demônio aparenta ter dois, quase três metros de altura o seu corpo é totalmente desregular as pernas são grossas e cheias de carne, o tronco também possui muita carne e um camada de couro de vários animais misturados. Nos braços, apenas o esquerdo tem carne e garras afiadas já o outro é esquelético com pequenas tiras de carne amarradas aos ossos, as suas garras estão quebradas e de dentro delas pinga um líquido verde-limão na água, o cabelo comprido esconde grande parte do rosto mostrando apenas sua arcada dentaria. A garotinha tenta dizer algo a Saimon, porém é interrompida por outro rugido, espantada a garotinha foge sem olhar para trás.
Saimon começa a luta transformando a sua lâmina líquida em uma lâmina de espada longa, ele parte para cima do monstro, que joga as pedras da ponte nele, Saimon esquiva de todas e enquanto faz isso ele curva a lâmina da espada e pega uma das pedras, a lâmina prende a pedra como se fosse as garras de uma águia capturando sua presa, ele segura a espada com as duas mãos e gira o corpo acertando a pedra nas costelas do monstro, quebrando-as e as estilhaçando o monstro grita de dor, porém isso não afeta em nada Saimon, que continua a dar golpes com a sua espada-martelo até a pedra quebrar. A criatura revida desferindo um poderoso golpe com o braço esquerdo, entretanto Saimon se defende transformando a lâmina em escudo, o golpe é tão forte que Saimon é empurrado para trás, ele observa a besta por cima do escudo tentado descobrir quais serão os seus próximos movimentos.
Saimon começa a nota que o seu escudo fica cada vez mais leve, ele olha para a parte da frente do escudo e vê que o líquido verde-limão das garras do monstro, está corroendo o metal ele então atira a lâmina-escudo no monstro ficando apenas com a guarda e o cabo, o monstro derruba o projetil no chão com a mão direita.
- Parece que você não vai morrer tão fácil, mas tudo bem, comparado aquele poder você não passa de uma mosca. Disse Saimon, criando uma nova lâmina essa com a forma de um machado.
O demônio parte pra cima novamente, ele desfere golpes rápidos e precisos com a mão esquerda escondendo o tempo todo o braço direito, Saimon esquiva dos golpes e desfere machadadas precisas no peitoral do demônio, aos poucos a camada de couro e a caindo no chão, até o momento em que o monstro conseguiu prender o machado entre as garras, a criatura rapidamente tentou dar uma patada com as suas garras sujas de um líquido corrosivo em Saimon, porém o cavaleiro foi mais rápido ele puxou a espada para baixo e ao puxar, uma corrente saiu da guarda ele então saltou para trás escapando de um golpe fatal, no mesmo momento o monstro salta para a frente com a suas garras corrosivas prontas atravessar a cabeça de Saimon, entretanto Saimon balança a corrente criando uma ondulação que ao chegar perto do demônio se solidifica virando uma lança que atravessa a barriga do monstro impedindo o seu avanço.
O Demônio quebra a corrente com o líquido corrosivo, Saimon começa a ficar cansado, ele respira ofegante enquanto o monstro retira o machado preso as garras, a criatura pega a corrente liga ao machado e ele balança para um lado e por outro a corrente, nesse momento o cavaleiro transforma a corrente em uma lâmina longa. O demônio balança a corrente e na direção de Saimon, ele se defende com a espada, que ao se choca com o machado quebra a lâmina dele em vários pedaços e infelizmente alguns deles acertam a barriga de Saimon, a criatura usou o líquido verde-limão para correr a lâmina do machado fazendo com que ela quebrasse no impacto.
Felizmente foram só alguns projeteis, mas isso foi o suficiente para deixar Saimon de joelhos, vendo a sua presa fraca o monstro larga a corrente e correr até o cavaleiro, Saimon tenta se levantar, mas não consegue ele vira espada para baixo e segura com as duas mãos quando o monstro se prepara para atacar dos dois lados como se fosse dar um abraço, o cavaleiro cresce a espada como se fosse uma vara e sobe aos céus, lá ele quebra essa lâmina e criar outra no mesmo momento que desce com ela para acerta em cheio o rosto oculto do demônio, mas algo inesperado acontece. O demônio levanta os braços rapidamente e segura as mãos de Saimon, nesse momento o cabelo da criatura foi jogado ao ar revelando o seu rosto.
Um rosto feminino que mais parece uma máscara de carne, ‘’ Seria para se sentir humana ou quem sabe para esconder sua verdadeira natureza’’ Pensava Saimon. Mas o que mais chamava sua atenção eram os belos olhos prateados da criatura, de um prata tão reluzente e pelo como nas armaduras dos Anjos, mas algo naqueles olhos chamou a atenção de Saimon, porém ele não teve tempo para pensar pois o demônio começou a aperta os seus braços, ele estava tentado quebra-los.
O cavaleiro então quebra a lâmina que ele usou como vara, em vários pedaços e cria facas que voam em direção ao corpo da fera, o monstro para de aperta os braços de Saimon e nesse momento ele da um chute com muita força na cara do demônio e consegue se soltar, o demônio fica desnorteado por causa do golpe. Saimon cai no chão exausto, o choque pelo qual avia passado minutos atrás contribui para a aceleração da fadiga. Ele se levanta devagar se apoiando na espada, o monstro recupera os sentidos novamente, olha para o cavaleiro e ele está de pé em posição de ataque, o monstro hesita em avançar e foge.
Saimon se mantem em pé, mas logo cai cansado no chão – Arf!Arf! eu tenho que tomar mais cuidado com o que eu falo, essa mosca quase me matou foi por muito mas muito pouco ... Aqueles olhos, por que um demônio tem olhos tão belos e tristes? É como se ela quisesse chorar mais não conseguisse - Disse Saimon, pensativo.
- Mas o mais importante, aonde está Demerius?
De volta ao Bordel, Demerius e a mulher estão deitados na cama ela fuma um cigarro, enquanto Demerius veste sua calça.
- Essa foi a melhor transa que eu já tive! Disse a mulher logo após tragar e soltar a fumaça do cigarro.
Demerius volta pra cama e diz – Fico feliz em ti deixar feliz – Logo em seguida ele a beija. – Agora eu gostaria que você nós deixasse a sós.
- Nós? Ela disse, confusa. Quando Demerius saiu da cama, ela vê um homem bem vestido sentado em uma cadeira perto da parede, com as mãos entrelaçadas. ‘’- A quanto tempo esse cara tá aqui?’’ Perguntou assustado. O homem não falou nada, apenas sorriu para a mulher.
- Desde que começamos, como a sua presença é inofensiva eu resolvi ignora-lo e dar toda atenção a você.
- Como retribuição por te me aguardado educadamente, eu ouvirei as suas palavras antes de mata-lo, é claro. Disse Demerius sentado na cabeceira da cama, perto do criado mudo onde a Luminos está encostada – O homem continua em silêncio.
– Ele pode ser o monstro que está matando as pessoas por aqui, então por favor sai desse quarto agora.
- Tu-tudo bem ... – A mulher da um beijo em Demerius, ele fica surpreso e feliz, após isso ela sai do quarto.
Demerius olha o homem bizarro a sua frente, ele tem cabelo curto e preto, um corpo musculoso, porém pequeno. Pele negra e olhos amarelos, ele veste uma roupa bem formal digna da mais alta classe, usa luvas brancas e debaixo dos seus braços ele guarda um pequeno martelo de guerra, todo dourado com exceção da face que é totalmente preta.
- Quem é você cara? Disse Demerius, com a Luminos embainhada em mãos.
- A minha identidade não é algo tão importante agora, mas já que quer saber, me chamo Sartri: O homem rejeitado por Deus.
- Hmmm gostei do nome causa impacto, bem, eu também devo me apresenta, meu nome é Demerius: O homem que matou o cara que foi rejeitado por Deus. Ele Diz em tom de deboche.
- Hahahaha você é interessante Demerius.
- Você não deu a mínima para a minha presença e continuo a fazer sexo com aquela mulher... fascinante, as relações humanas, é algo que me interessa bastante - Ele disse, com um sorriso assustador.
- Por que a surpresa, a sua presença é tão fraca que nem me dei ao trabalho de se quer olha para o seu rosto. Minhas prioridades vem em primeiro lugar, depois eu atendo ao seu pedido de suicídio.
- Engraçado, neste momento eu devo estar com 45% do meu poder total, viagens dimensionais exigem muito poder além de serem cansativas, porém eu achei que isso fosse o suficiente para te deixar com calafrios, por outro lado, o seu anjo da guarda entrou em pânico ao sentir um pouquinho do meu poder.
- Dito isso, acho que não temos mais nada para conversar – Demerius desembainhar a espada bem devagar.
Sartri se levanta da cadeira e inclina o seu corpo para frente – Eu não acredito, é ela mesmo hahahaha, eu nunca imagine ver a poderosa Luminos em um bordel.
- O que você sabe sobre essa espada, seu filho da puta? Disse Demerius, sério.
- Ohhhh parece que alguém aqui tem problemas de raiva hein, fique tranquilo, o ódio é o alimento preferido da sua raça - Sartri sorrir amigavelmente.
- Do que é que você está falando seu maluco?
- Oops, não te contaram essa parte?! Foi mal não queria colocar essa pulga atrás da orelha, mas tudo bem, mais tarde você vai entender o que eu disse, pode ter certeza disso.
Demerius assume a postura de ataque, ele emana uma aura poderosa da Luminos.
- Ahhh a sua aura, ela é a coisa mais bela que já vi, escuridão e luz bailando em volta de um único ser é uma visão maravilhosa, porém ineficaz. Se eu tivesse que nomear a sua aura ... Eu a chamaria de a aura do fracasso - Demerius não entende o que Sartri quis dizer, e mantem a posição de ataque, firme.
- Eu quero muito lutar com você Demerius, mas-
- Não seja por isso! Disse Demerius, interrompendo Sartri e avançando rapidamente para cima dele, Demerius desfere um golpe poderoso, que é defendido facilmente. Ele então começa uma sequência de golpes muito rápidos, Sartri consegue defender todos segurando o martelo de guerra com apenas uma mão, Demerius recua alguns centímetros e logo em seguida ataca com várias estocadas, seguidas por réplicas de luz da própria espada. Sartri sai ileso, de algum forma ele conseguiu defender todos os golpes ao mesmo tempo.
‘’- Ele consegue me acompanhar sem nenhum esforço, esse cara é forte! Muito forte!’’ Demerius disse pra si mesmo. De repente o martelo de Sartri começa mudar de cor.
- Eu esqueci de contar, você não é o único que tem armas especiais. – O martelo começa a fica todo branco – Esse martelo foi me concedido por Deus para eliminar o mal, assim como a Luminus, mas eu vi um potencial ainda maior para ele guardado na escuridão.
- Primum Umbra!!! Esse é o seu nome, ele tem o poder de absorve toda matéria ou energia que entrar em contado, ele também muda a sua material para a que acabou de receber. No caso, ele está se tornando energia pura assim como a Luminos.
O martelo fica totalmente branco, ‘’- Vamos ver se você aguenta o seu próprio poder!’’ Disse Sartri, logo em seguida ele avança para cima de Demerius e some do nada. ‘’- Para onde ele foi?’’ Pensou Demerius. Sartri aparece bem do lado dele e dar uma martelada no seu peito, que o joga contra a parede, o impacto é tão forte que Demerius chega o cuspir sangue.
- Ohhh a Luminos é muito poderosa, não é toa que Deus deu ela a seu pai para tentar me matar, felizmente um incidente fora dos meus cálculos aconteceu.
- Qu-quem é você de verdade porra? Pergunta Demerius, levantando do chão com dificuldade.
- ... Eu sou um erro, a criação perfeita para esse mundo triste e caótico, eu sou a primeira criação de Deus.
Nesse momento, surge uma rachadura no martelo. – Hahahaha Demerius! Como eu imaginei .... Chegara o momento em que você terá que escolher entre, continuar com essa farsa ou revelar quem é você de verdade - Demerius não entende nada do que ele está falando.
Demerius se recuperou do golpe, ele está em pé na posição de ataque novamente.
- Acho que agora eu entendi, você não passa de um mago maluco que usa armas mágicas, até legais, e gosta de ver pessoas transando.
Sartri abre a sua boca ao máximo, mostrando um sorrir bizarro e assustador.
– HAHAHAHAHAHA Se você soube-se o quão cômica é essa fala vindo de você.
- ... Eu gostei muito da nossa conversa Demerius, infelizmente meu tempo acabo vou indo meu amigo, tenha uma boa noite. Sartri vira-se para a parada a sua direita e aponta o martelo, ainda branco, para ela.
Demerius lança uma bola de energia no martelo, e ele absorve a energia completamente. ‘’– Hã o que foi isso?’’ Demerius disse pra si mesmo. Sartri sorrir do mesmo de antes.
- Aonde pensa que vai?! Acha que esse golpe me machucou, eu ainda não mostrei todo o meu poder.
- Eu sei que não, mas seu oponente essa noite não será eu.
De repente a porta do quarto se abre, a mulher entra no quarto com uma criatura envolta do seu corpo parecendo uma cobra deformada, um ser humanoide totalmente vermelho e com olhos da cor purpura, ela também tem um cristal purpura em seu peito como se fosse um núcleo, a criatura cobre a boca da mulher com o seu braço impedindo ela de falar. Sartri abre um portal magico na parede.
- Fique tranquilo, esse servo de sangue não matara a sua prostituta eu garanto, mas quanto a você, só a força dirá. Sartri da um tchauzinho e entra no portal, mas logo depois ele volta.
- Hahaha eu quase e a esquecendo o motivo principal da minha visita.
- Eu sei quem roubou a engrenagem de Azeru! Demerius fica espantado com a afirmação.
- Só pode ser mentira - Retruca.
- Não, não é, eu sei que Alexander veio para cá em busca dessa relíquia e vou te dar a localização do ladrão, ou melhor da ladra.
‘’- como ele sabe sobre Alexander? Ele chegou faz só três dias.’’ Disse pra si mesmo.
- E por que você faria isso? Ele diz, tentado mostrar que não nervoso.
- Para treinar você! Quero que fique mais forte e abandone essa ilusão (Sartri aponta para a Luminos) Pessoas muito poderosas estão atrás dessa engrenagem e eu quero que você acaba com cada uma delas, entendeu?!
- Uma mulher um pouco mais alta que você, cabelo curto e negro, com as pontas loiras, corpo escultural, olhos azul claro e um rosto redondo, essas são as características físicas do seu alvo. Ela está indo para o Império Tonnogar, então trate de lembrar de cada palavra que eu disse e vá já para a caça!
‘’- Ele não inventaria isso tudo atoa, ele está falando a verdade, mas por que pra mim e por que agora?’’ Pensou Demerius.
- Eu sei que você está pensando em mil coisas agora, eu gostaria de responder cada uma, mas tenho que me despedir, até mais Demerius.
- ESPERE!!! Disse Demerius, mas nada adiantou pois Sartri já havia fechado o portal.
‘’- Eu preciso encontrar Alexander o mais rápido possível, se isso for uma armadilha ou não eu terei de pagar pra ver.’’ Disse pra si mesmo.
‘’- As engrenagens do tempo foi motivo que levou várias pessoas a se matarem numa guerra sem sentido anos atrás, será que elas vão voltar a matar pessoas?’’
Os pensamentos de Demerius são interrompidos pelo som de uma pessoa amordaçada, ele vira-se para o lado de onde está vindo o som e só é capaz de escutar ‘’- Cuidado’’ antes que o servo de sangue o acertasse e o jogasse no chão, ela transforma os seus braços em lâminas e tenta corta os braços de Demerius, mas o cavaleiro consegue desviar o golpe da lâmina direita e, revida acertando a lâmina esquerda e logo em seguida lança uma bola de energia na cara do monstro, que o empurra para o lado.
Ele se levanta e parte pra cima do monstro, desferindo golpes pesados e todos mirando no cristal o peito do monstro, no começa a criatura consegue manter uma luta equilibrada, mas os golpes de Demerius ficavam cada vez mais pesados e rápidos. Ela pula por cima de Demerius e, durante o pulo tenta acerta sua nuca, Demerius vira a espada ao contrário e lança uma réplica da sua espada que destrói o núcleo da criatura, o servo de sangue desaparece antes mesmo de tocar o chão.
- Pelo menos o seu servo era fraco, assim sopra tempo pra gente tomar mais uma garrafa de vinho – Disse Demerius guardando a espada.
A mulher com os punhos cerrados e raiva no olhar, vai até ele e da um tapa na sua cara.
- Isso é por ter deixado aquela ficar vendo a gente e por não ter me salvado logo, e isso.
Ela beija Demerius – É por não ter se machucado.
- Eu não morrerei tão fácil, como eu disse a minha vida pertence a todos e por isso eu me recuso a morrer pois a minha morte, significa a morte vários outros. Disse Demerius, determinado.
A mulher olha novamente com admiração para ele.
- Ehhh Qual é o seu nome? Pergunta um pouco envergonhado.
- Você disse que não precisa, que essa seria a nossa última noite. Responde, como um sorriso sedutor.
Demerius fica ainda mais envergonhado – Hahaha meu nome é Alba Diligitis.
- Então Alba Diligitis, essa foi a nossa primeira noite de várias que viram, mas não agora. No futuro, eu pretendo vir visita-la novamente. Disse Demerius, com um olhar apaixonado.
- Mas por agora, vamos beber mais um pouco.
De volta as ruas de Terrilhe, Saimon todo machucado se aproxima da hospedaria, ele segura a maçanete e puxa para abrir a porta, quando vê Demerius cambaleando de tão bêbado, se aproximando.
- EI SAIMON, VOCÊ TÁ MAL HEIN!? Disse Demerius, aos berros.
Saimon olha bem para cara dele e diz sério – Você fede a álcool!!
- EU ENFRENTEI O DEMÔNIO DO ÁLCOOL, ele era muito mais forte, não tive outra escolha a não ser beber ele todo.
Saimon com raiva não diz mais nenhuma palavra e entra em silêncio na hospedaria acompanhado de Demerius aos berros.
Enquanto isso no Império Tonnogar, o imperador Martileu está jantando com a princesa Alepoú, os dois estão sentados em uma pequena mesa redonda, que fica na capela no meio do vasto jardim. A lua ilumina o belo casal, enquanto eles comem um suculento carneiro ao molho madeira com ervas do norte. A princesa parece estar tentando lembrar as regras de etiqueta para não errar o garfo e nem a faca, Martileu nota a preocupação de Alepoú e diz ‘’- Haha se eu pode-se, comeria tudo de colher.’’ Para descontrair um pouco, mas tudo que consegue é uma risadinha sem graça da princesa, ela volta sua atenção novamente para os utensílios e finalmente lembra de qual garfo usar, ela sorrir e, ao olhar para frente vê Martileu com duas facas na boca como se fosse um tigre dentes de sabre, ele até imita o som de um tigre.
Ela da gargalhadas, isso deixa o imperador muito feliz. – Eu consegui! Finalmente conseguir colocar um sorriso nesse belo rosto. Disse Martileu, a princesa ficou vermelho a ouvir tais palavras.
- Você mostrou por um breve momento, a sua linda e verdadeira face para mim.
A princesa fica assustada com as palavras de Martileu – O que o senhor quis dizer com isso, imperador?
- Todo mundo tem duas mascaras, uma bonita repleta de enfeites, frágil como a pétala de uma rosa, essa é a máscara que você mostra para todos ao seu redor, uma máscara construída para agradar os outros e apenas os outros, não a nada nela que seja realmente seu, a máscara da ilusão - A princesa fica espantada.
- A outra, é uma máscara simples sem nenhum enfeite, uma máscara dura como uma pedra parece sem graça, mas para você ela é perfeita. Porém, você me intriga Alepoú, eu olho para o seu rosto e vejo uma terceira máscara e é atrás dessa que está a sua verdadeira natureza.
- A sua natureza doce e gentil.
A princesa se emociona com as palavras do imperador, ele da um lenço para ela. ‘’- Obrigada.’’
- Qual máscara você está usando, Imperador?
- Me chame apenas de Martileu, eu não uso mascaras, essa é a minha real natureza (ele da um sorriso singelo) Eu mostro para as pessoas quem sou de verdade, sempre, e gostaria que elas fizessem o mesmo.
- Você não pode viver uma vida inteira escondendo esse belo sorriso, Alepoú.
A princesa sorrir com lágrimas nos olhos e com as bochechas rosadas, o jantar termina e os dois se despedem. A princesa entra na charrete real, que a levara de volta para o reino de Ergunas localizado ao leste de Tonnogar. - Como foi o encontro princesa? Perguntou Carmélia, sua serva de maior confiança.
Alepoú olha para o castelo do imperador, pela janela da charrete. – Ele é um bom homem ... ele conseguiu enxergar o meu eu de verdade, trair ele, se eu fizer isso estarei traindo a única pessoa pela qual tive aquele sentimento chamado, amor.
- E o que pretende fazer então? Se a senhora não chegar a Erganus na data combinada, o seu pai mandara seus irmãos vierem te buscar.
- E em caso de traição será o povo de Erganus que sofrera – Carmélia segura as mãos de Alepoú.
- Senhora, quero que saiba, que independentemente do caminho que escolha eu te seguirei sem fazer perguntas, o meu desejo é apenas ver a senhora feliz.
- Obrigada minha amiga, as suas palavras aquecem meu coração.
- ... Tomei minha decisão, primeiro vamos para uma hotel, eu preciso escrever uma carte, depois vamos para Cardelis.
De volta a hospedaria, Saimon está sentando em uma mesa tomando uma xícara de café, enquanto isso Demerius se aproxima da cantina.
- Argh! Que dor de cabeça, eu não deveria ter bebido tanto ontem – Disse Demerius, puxando a cadeira para se sentar.
Saimon empurra um copo para Demerieus – Beba, isso vai fazer a dor de cabeça passar.
- Ugh que merda é essa, tem um gosto azedo e bem forte, mais forte que cachaça que tomei ontem.
- Para de reclamar, é só um chá de cogumelo azul.
- Hum, a dor de cabeça passou, o chá funciono mesmo, hehe o que será que acontece se eu mistura com outras bebidas?!
- Agora que você já se recuperou, pode me contar como ficou tão bêbado ontem? Perguntou Saimon, com um pouco de raiva.
- Eu sair para investigar e acabei encontrando o demônio, mas você não apareceu durante a luta, aonde estava?
Demerius está nervoso, ele tenta bolar alguma desculpe na cabeça – É uma longa história, eu fui me encontrar com uma amiga da Estrela Primordial afim de conseguir mais informações sobre o que tá acontecendo aqui, conversa vai, conversa vem, ela me oferece uma garrafa de vinho, eu para não fazer desfeitas aceita, um dois três, quando vi não sabia mais quantos coles tinha tomado.
- Qual era o nome dessa amiga? Demerius fica aliviado ao ouvir a pergunta, porém um pouco nervoso ainda.
- Ehh Sarina, ela é pertence a Estrela Primordial do Norte.
Saimon aberta olhos, logo em seguida termina de beber o café. – É uma bela história Demerius, você tem uma boa imaginação devia pensar em escrever essa história.
- Seu mentiroso, você disse aos berros ontem no quarto, que tinha se divertido muito com AS garotas do bordel, Sarina! Hum por favor, você só falava de uma tal de Alba sei lá o que.
- Diligitis – Completa Demerius, com um olhar tranquilo.
- Isso mesmo ... Sabe, eu achei que pelo menos você fosse profissional Demerius, profissional. Eu vi que mesmo você sendo um cara diferente do seu pai, ainda que escondido, você possui um lado honrado ... eu acreditava fielmente nisso, mas não, invés disso você estava gozando dos prazeres da carne-
- Literalmente. – Completou Demerius.
- CALA A BOCA.
- Eu dei tudo de mim para matar o demônio, porém não consegui, ele fugiu e pode estar matando pessoas nesse exato momento porque você não veio me ajudar.
Demerius fica sério – De fato, mas Saimon essa é uma justificativa barata, quem garante que durante o seu banho ontem, ele não matou ninguém, ou durante seu café da manhã, além disso pessoas morrem todos os dias por vários motivos, não só aqui, mas também nós outros cinco mundos.
- O que podemos fazer é apenas aceitar e tentar salvar as vidas mais próximas, usar essa frase é um erro sem tamanho – Termina Demerius.
‘’- Espero que isso seja o suficiente para calar esse anjo irritante’’
- Você está certo! Mas se tivesse feito o trabalho corretamente, nós poderíamos estar indo de volta para a Estrela Primordial, pra pegar uma nova missão, porém nada muda o fato de que você foi antiético, se quiser se redimir trate de achar o demônio dos olhos prateados logo.
- Ahh que saco, sermão logo de manhã.
- Ok, antes de iniciar a caçada novamente, eu preciso te contar uma coisa que aconteceu durante a minha estadia no bordel.
- Um homem chamado Sartri veio até mim e contou a localização da engrenagem de Azeru, nós precisamos terminar essa missão o mais rápido possível e partir imediatamente para Tonnogar.
Saimon fica branco, ao ouvir o nome de Sartri. – Esse nome, você tem certeza que conversou com esse homem? Tem certeza que o nome é esse?
- Sim, um homem um pouco mais alto que você, pele escura, olhos amarelos. Ele parece ser um tipo de mago, que usa armas, Há e ele atendia pelo título de ‘’O homem rejeitado por Deus’’ achei bem legal esse nome.
- É ele mesmo, você conversou com ele, por que você? Ele disse o motivo – Perguntou preocupado.
- Não, apenas falou umas coisas sem sentido, apresentou o seu martelo de guerra ... parando pra pensar isso ficou bem estranho, enfim, ele só me deu a localização da engrenagem e foi embora.
- Esse martelo, o nome dele é Primum Umbra?
- Sim, é esse mesmo, como sabe disso?
- ... Sartri foi um dos primeiros paladinos, ele lutou na primeira guerra santa e por sua bravura no campo de batalha, Deus o concedeu essa arma santa, assim como a Luminos.
- Ele achava a Primum Umbra muito fraco, dizia que mal dava para matar um demônio. Com forme o tempo passava, Sartri tentava entender o motivo de Deus der lhe dado uma arma tão fraca, cansado de ficar sem respostas e com ódio da Primum Umbra, um novo caminho surgiu nas trevas.
- Durante à luta contra um mago, Sartri percebeu que a Primum Umbra pode absorve os feitiços e que poderia mandar eles de volta. Mas isso só levou Sartri a loucura, ele ficou fascinado pelo poder da arma, queria absorve mais e mais energia, não importava o local.
- Um dia os Arcanjos Miguel e Gabriel fizeram uma visita a Sartri, porém o paladino já avia se corrompido por completo, ele queria ter o poder de um arcanjo em suas mãos então, sem pensar duas vezes ele atacou os Arcanjos e matou Gabriel, Miguel parte furioso para cima dele, mas antes que pode-se matar Sartri, uma luz vinda do céu leva Sartri dali.
- Deus o chamou e disse que ele avia falhado em sua missão, ele então jogou Sartri no inferno junto com a Primum Umbra, agora ela não era mais uma arma santa e sim a arma de um anjo caído.
- Se esse homem conversou com você, algo de bom com certeza ele não quer.
- Essa sim, foi uma história longa, fique tranquilo Saimon, eu já tinha deduzido que Sartri era coisa ruim desde o início, por enquanto vamos nós focar nesse ‘’demônio dos olhos prateados’’.
-Há é mesmo, eu acabei não contando, bom durante a sua ‘’reunião’’ eu estava perseguindo uma garotinha.
- E eu sou o errado na história, pelo menos Alba era uma mulher adulta – Retruca, injuriado.
- Pare de palhaçada e escute, essa garotinha foi até a ponte que liga as duas partes de Terrilhe, e lá apareceu esse demônio com rosto feminino e olhos prateados, além disso ele é capaz de disparar ácido que corre facilmente o metal.
- Isso não será um problema para a Luminos, afinal sua lâmina não é feita de metal – Afirmou Demerius, segurando a bainha da espada preza em seu quadril.
- Além disso, eu sentir uma coisa diferente lutando contra esse demônio.
- Tesão?
- NÃO!!! Claro que não, ela tinha um olhar triste e não parecia ser irracional como os outros, ela é inteligente.
- Parabéns, você foi espancado por um demônio inteligente, realmente isso é incrível Saimon, eu o aplaudo.
- Deixe de palhaçada e vamos logo atrás de pistas do paradeiro dela.
- Hahaha tudo bem, vamos.
- Do que está rindo?
- É que você fala como se o demônio fosse um ser humano.