Capítulos (1 de 9) 07 Aug, 2024

Capítulo 6

             Em um lugar perto da vila, Gus tentava ensinar Victoria a controlar melhor seus poderes. Ela já estava ofegante e consideravelmente cansada.


G: - Você ainda gasta muita energia quando usa seus poderes, mas já tá bem melhor. Só precisa de mais prática.


V: - Já chega por hoje, não tô mais aguentando nem ficar em pé.


G: - Infelizmente a gente não tem muito tempo. Então meia hora de intervalo e voltamos - Ele lhe dá sua garrafa de água - Bebê aí.


V: - Valeu cara - Ele vira a garrafa de uma vez.


G: - Caramba, que sede.


V: - Esse treinamento idiota tá acabando comigo.


G: - Quando a criatura voltar, vai ser ainda pior.


V: - Ela não parecia tão forte. Nós conseguimos afastá-la juntos.


G: - Mas ela não veio com tudo, e nós a pegamos desprevenida. Dá próximo vez, duvido que ela vá nos deixar ir tão facilmente.


V: - É, até que faz sentido. Aquilo que você me pediu, tem mesmo certeza disso?


G: - Vai ser uma coisa a menos pra nós dois não é?


V: - É, acho que sim.


G: - Então, quer me dizer o porquê, você quer tanto matar.


V: - Você matou minha família.


G: - Sinto muito.


V: - Agora é meio tarde pra isso, não é?


G: - Tem razão. Beleza pirralha, vamos voltar a treinar, antes que o sol se ponha.


        Quando a noite chega, Gus e Victoria voltam para o vilarejo e se encontram com May, Kamy e Harley.


My: - E aí, ela já consegue teletransportar as peças?


G: - Sem problema nenhum.


V: - Quase me matou, mas deu certo.


K: - Porém ainda temos um probleminha.


G: - Que problema.


H: - Bom nós achamos mais diários com mais informações sobre a criatura. Ela tem uma sensibilidade a luz do sol, por isso elas não caçam de dia, ela enxergam o calor dos corpos na noite e assim nos encontram.


V: - Visão térmica.


H: - Elas conseguem se adaptar na água e desenvolvem um tipo de sonar. Assim os navios que saem da ilha, são exterminados.


V: - Por isso ninguém foge durante o dia.


My: - Vamos ter que enfrentar a criatura. De um jeito ou de outro.


G: - Eu já imaginava. Vamos discutir um plano pela manhã, quando os outros chegarem. Por hoje vamos descansar. Vou ficar com o primeiro turno.


K: - A May vai com você - Kamy a encara indignada pela briga que tiveram, tentando forçar May a contar a a verdade - Eu fico com a Harley. A gente troca de turno em 4 horas.


G: - Beleza.


          Gus usa seus poderes para criar uma camada de gelo por fora da casa e selá-la. May e ele sobem para o ponto mais alto da casa e observam o lugar. Várias criaturas passam de um lado pro outro, mas, aparentemente não conseguiam vê-los.

          Gus se senta do lado de May, que se sentia culpada por ter ficado com ele e não ter coragem para lhe contar que talvez não tivessem muito tempo para ficarem juntos. Ele segura sua mão e foi como se tivessem borboletas no seu estômago.


G: - Você está muito bonita.


M: - Idiota - Ela fica muito tímida e deita sua cabeça no ombro de Gus.


              Ele coloca a mão em seu rosto, e puxa seu rosto para perto, e a beija lentamente. Acariciando seu rosto e puxando a contra seu peito. Ela coloca sua mão na cabeça de Gus e aperta seus braços. Ele morde os lábios de May e lhe dá alguns selinhos que faziam seus coração disparar.

         May o olha nos olhos pequenos e puxados que pareciam brilhar mais do que qualquer estrela que tinha passado no céu. Ele acariciava seus rosto e a olhava como se estivesse vendo a mais belas imagem desse mundo, sua atenção era toda e completamente dela. Uma sensação forte tomou conta de May, mesmo naquele lugar, tudo que ela queria era que aquela noite durasse para sempre.

             Gus segura o rosto de May com as duas mãos e lhe dá um suave beijo na testa. Descendo até os seus lábios e a beijando mais uma vez.


G: - Nem sei quantas noites eu passei, sonhando com esse dia.


My: - Queria ter descobrido antes que você sentia algo por mim. Eu fui tão idiota, sempre competindo com você, sempre te tratando como se fôssemos adversários.


G: - Acho, que eu podia ter feito mais, antes de você ter encontrado seu ex namorado.


My: - Por que começou a usar o gelo ao invés da sua energia natural? Nunca tinha visto você usar algo assim.


G: - As emoções influênciam muito na nossa materialização de energia. Quanto mais eu ficava frustrado, por não conseguir te dizer o que sentia, mais meus poderes falavam, aí você ficou com outra pessoa e finalmente meus poderes desapareceram. E eu tive que aperfeiçoar outro tipo de magia.


My: - Então… Você me ama? - Aquilo fazia seu peito doer, carregado pela culpa de não dizer a verdade.


       Gus fica completamente vermelho e inegavelmente constrangido.


G: -De-de o-onde tirou isso?


My: - A Kamy me contou.


G: - Aquela vagabunda linguaruda.


My: - Então, é verdade?


G: - É. Eu sou apaixonado por você desde que te vi pela primeira vez. Sua mãe te levou pra Ázura e você ficou na cozinha com ela bebendo café e comendo um pãozinho, enquanto ela conversava com o mestre. Eu fiquei te olhando pela janela todas as vezes em que você apareceu lá. Mas você nunca olhou pra mim, até nossas mães se conhecerem.


My: - Não tinha ideia de que você prestava atenção em mim naquela época.


G: - Quem você acha que fazia o café e deixava o pão na mesa quando você chegava.


My: - Era você que fazia? Tá brincando.


G: - Né verdade minha mãe, eu ainda não sabia fazer direto e ela me ajudava.


My: - Você é muito fofo.


                Gus começa a beijá-la e a amassar com força seu corpo enquanto May gemia de prazer. Eles tiram a roupa um do outro, e Gus puxa May para o seu colo. Ele segura os peito de May e começa a lambelos bem suavemente, depois ele aberta forte sua cintura e a faz ir para cima e para baixo enquanto o dente entrando e saindo causando tanto prazer que ela se contorcia em seus braços e gemia cada vez mais alto. Ele bate na bunda de May, puxa seu cabelo e a prende contra seu peito com força, enquanto chupa seu pescoço.


G: - Rebola pra mim, safada.


                 Ela o obedece e começa a se mexer sentindo ele pulsar dentro dela, com tanto prazer que Gus a apertava mais forte a fazia se mexer cada vez mais e gemer cada vez mais alto.

              Então Gus a joga contra o chão, segura suas mãos a faz azunhar seu abdômen. O corpo inteiro de May se arrepia e ela o prende com suas pernas enquanto ele se movimentam pra frente e para trás. Gus começa a chupar o seu pescoço e a lamber a sua orelha enquanto iam cada vez mais rápido, e a cada pulsação ele a apertava mais forte e May gemia mais alto, até que ele a segura forte o empurra para dentro dela que sente aquela sensação quente e gostosa.

                 Cansados, eles se deitam e admiram aquele céu estrelado mais uma vez. May se recosta no peito de Gus que a segura em seus braços, lhe dá um beijo na testa e outro na boca e acaricia seus cabelos.

                 Apesar da sensação maravilhosa, e de os dois só quererem curtir o momento juntos, May tentava criar coragem para contar seus segredos, que ainda não havia conseguido contar para ninguém. O tempo passava e a hora d trocar de turno se aproximava.


My: - Não podemos dormir dessa vez.


G: - É, não temos nem tempo. Já tá quase na hora de trocarmos de turno.


My: - Vamos nos vestir?


G: - Mas já?


My: - Queria ficar a vida toda deitada aí.


G: - Só do seu lado.


             O coração de May aperta. Gus percebe em um instante que ela se retraiu.


G: - Me desculpe pelo comentário.


My: - Gus, é que… Tá como eu vou dizer isso.


G: - O que foi?


My: - Nós não podemos ficar juntos.


G: - Como assim, por que não?


My: - É difícil de explicar e eu tô tentando não dizer e te magoar.


G: - Você não pensou nisso antes de dormir comigo duas vezes? - Seus olhos se enchem de lágrimas - Você Sente algo por mim?


My: - É que tá tudo, indo muito rápido. Eu não sei bem como me sinto.


G: - Então por que ficou comigo sabendo o que eu sentia por você, e sabendo que não sentia a mesma coisa.


          May não sabia o que dizer e apenas abaixou a cabeça e ficou em silêncio.


G: - Quer saber, nem precisa responder. Vamos, tá na hora de trocar o turno.


           Gus veste suas roupas e desce para o primeiro andar. May aperta seu próprio rosto com força, se odiando por não ter conseguido dizer a verdade.


AMANHECE O DIA…


            O restante da equipe se reúne chega a cidade e eles se reúnem para discutir o que iam fazer.


N: - Então, se sairmos durante o dia, ele afunda nosso navio por baixo da água. E pela noite ele mata a gente aqui na terra mesmo.


K: - Vamos ter que pegar ele aqui.


Ka: - Agora tão falando a minha língua. Tem mais alguma daquelas pílulas aí?


K: - Nos túneis lá embaixo.


Ka: - Já volto.


H: - Aquelas coisas são um veneno, se tomar demais vai acabar morrendo.


Ka: - Que tal você cuidar mais da sua vida, minha filha.


S: - Ca-ca-capitão, não p-precisa ser assim. T-tem que s-seguir em frente.


Ka: - Não dá pra seguir em frente sem minha família, garoto.


N: - Acharam alguma fraqueza daquela coisa?


H: - Nenhuma.Ele pode se renegenera de qualquer pedaço por menor que seja.


K: - Um super fator de cura.


N: - É, sei bem como é. Uma vez arranquei um dos braços dele, mas não adiantou nada. Ele se renegerou de novo.


H: - E se a Victoria teletransportasse ele? Tipo, pra bem longe.


G: - Talvez fosse uma boa, mas o alcance máximo do teletransporte foi até a costa da ilha. Muito pouco pra afastar o Khubarsí. Sem falar que ela só aguentou uma vez. Então só vamos ter uma chance, se ela se recuperar bem até a noite. Só temos uma chance.


K: - Podemos tentar prender ele.


N: - Como vamos fazer isso. Ela tem um arsenal de poderes pra usar. Sabe se lá a quanto tempo ela tá pegando poderes de pessoas que vieram pra cá.


My: - E se esgotarmos a energia dele e usarmos uma técnica que o imobilize.


H: - Tipo, o gelo do Gus.


My: - Isso. Prendemos ele em um invólucro de gelo forte o suficiente para segurá-lo até irmos embora daqui.


K:- Não é uma má ideia.


N: - Você consegue fazer isso garoto?


G: - Sem problema.


My: - Então é isso. A Victoria tira as pessoas daqui com o navio. Nós ficamos pra lutar e quando prendermos o Khubarsí, vamos ao encontro deles.


N: - Vamos ajudar a montar o navio, tem que ficar pronto até a noite.


K: - Vamos lá.


             Todos se dividem e começam a montar o navio com a maior eficiência que podiam. A mulher de Robert, usa seus poderes para construir as peças do navio. Para que o trabalho não fosse muito pesado, todos ajudam a colocar as construções em ordem. Os trabalhos continuam tranquilos durante o dia.

            Harley se questionava sobre como Nero havia parado naquele lugar.


H: - O que aconteceu com você pra vir parar aqui? Sabe você fazia parte dos 5 Picos da Coroa. O dia em que anunciaram a sua morte, foi considerado dia de luto nacional.


N: - Eu recebi a missão do próprio Rei. Ele me disse que a quantidade de falhas e de vidas perdidas nas expedições estavam enfraquecendo a imagem do reino, e que as outras nações estavam o pressionando pelo lado de fora, e a população pelo lado de dentro. Ele me disse que ia mandar uma última expedição para encontrar Myder. E que se eu tivesse sucesso, ele me nomearia rei. Eu aceitei na mesma hora e vim pra esse buraco. Lutei com aquela criatura centenas de vezes nos últimos 8 anos. Ele nem queria me matar, só queria brincar comigo. Sempre me levando até o limite pra se divertir porque estava entediado. Só por isso estávamos vivos até hoje.


H: - Que loucura. Você tinha família?


N: - Eu tinha um relacionamento com uma mulher do castelo, a gente não se via muito por causa das missões, mas sempre que eu tava por perto nós saiamos.


H: - E sente falta dela?


N: - Sinto falta de qualquer coisa que venha de fora dessa ilha.


           De longe, May observava Gus que com a ajuda Salva e Kay colocavam as velas no lugar. A briga que tiveram não deixava May se concentrar na sua parte do trabalho.


K: - Contou a verdade pra ele?


My: - Ainda não. Tentei dizer ontem a noite, mas não tive coragem.


K: - E o que aconteceu pra vocês ficarem assim?


My: - É meio complicado.


K: - Você ficou com ele?


          May apenas abaixa a cabeça confirmando a suspeita de Kamy.


K: - Aí, gatinha. Tá cada vez piorando mais as coisas.


My: - Eu sei, Kamy, mas aconteceu sem querer.


K: - Se demorar muito, pode acabar não tem a chance de contar.


My: - Vou contar quando a gente voltar pra River.


K: - Tá bom, agora vamos ajudar o pessoal.


           Com muito esforço, e com o trabalho conjunto de todos, a equipe consegue terminar a construção do navio antes de o sol se pôr. Agora eles começam a se preparar para a Batalha.


A BATALHA…


           A noite estava calma, e as ondas do mar invadiam a praia sob a luz do luar naquele belo céu estrelado. O calor intenso do dia se retirava para dar lugar a um frio excruciante. Das profundezas do mar Khubarsí e suas criaturas saem das águas grunhindo e esbravejando com sede de sangue, eram tão númerosos que cercaram a ilha de um ponto a outro. Eles avistam uma chama enorme vinda do vilarejo.


Kh: - Ou eles se renderam, ou estão muito dispostos a morrer.


          Ele parte em direção a chama, e ao chegar se depara com todos o esperando em frente a um enorme navio.


Kh: - Devo interpretar isso como um sinal de rendição? Acho que o navio deveria estar na água.


Ka: - Pode encarar isso como um grande consolo que vamos enfiar bem no olho do seu cú - Ele toma três castas, suas veias faltavam pra fora como se fossem explodir e seu braço quebrado nem o incomodava mais.


         May abre seus braços e entra em sua forma de energia.


My: - FLAME!!! Vamos destruir esse otário.


Ka: - É isso que eu tava esperando, patroa.


Kh: - Então, vamos acabar com isso.


G: - Sinto muito, mas é melhor assim.


             Gus dá um paço a frente, e se preparar para livrar uma das duas técnicas mais poderosas.


My: - O que tá fazendo?


K: - Gatinho, não é o que a gente combinou.


            De repente todos se vêem de frente para o mar, com o navio já na água. Khubarsí não estava mas ali.


G: - ICE SOUL… Era glacial.


               Uma enorme camada de gelo começa a se formar cobrindo a o olha como uma enorme redoma que prendeu Khubarsí e alguma poucas criaturas presar no seu interior junto de Gus. Em um instante, tudo foi coberto por gelo, a luz da fogueira era a única coisa que penetrava a escuridão e ilumina aquele pequeno ambiente de combate. Agora era uma luta praticamente individual, apenas três criaturas sobraram para ajudar Khubarsí, que estava com as cabeças de algumas criaturas que possuíam poderes que ele considerou útil para lutar na batalha.


Ka: NÃÃÃOO!!! Era a minha chance, porra.


            Kay tentava de todo jeito entrar na barreira, mas mesmo tomando as pílulas, seus poderes não eram o suficiente para penetrar a colossal camada de gelo.


S: - N-n-não podemos fazer na-nada.


K: - Coloca a gente de volta lá, AGORA!!!


V: - Não dá. Usei toda energia que eu podia pra teletransportar a gente pra cá.


My : - Por que tirou a gente de lá?! Não quero saber se você queria que ele morresse, nós não queríamos, você não tem o direito de decidir isso por nós?! - Ela segura Victoria pelo pescoço. May estava com tanta raiva que de suas narinas bufavam um fogo intenso e vermelho - Sua covarde idiota!!!


V: - Me solta! Foi ele quem me pediu pra tirar vocês daqui! Quando estávamos treinando, ele me disse que se a situação apertasse, e tivéssemos que lutar contra aquela coisa. Que ele não queria arriscar a vida de vocês lutando contra ele e que vocês ainda não estavam prontos pra enfrentar aquela coisa.


My: - Que garoto idiota!


K: - Não acredito que ele fez isso.


S: - E-e-ele es-estava certo.


My: - Como assim?!


S: - Nenhum de-de nós tinhamos cha-chance contra ele. E-ele qua-quase nós matou quando lu-lutamos a primeira v-vez. Se o Gus não cheg-gasse, não te-teriamos so-so-sobrevivido.


H: - E o Khubarsí não estava tão forte ainda. Mesmo juntando todos nós, não tínhamos a menor chance. Ele é o líder da equipe, e me parece ser o mais forte de nós. Olha o tamanho dessa coisa de gelo que ele fez. Eu nunca vi alguém com tanta energia.


              Kay, estava desolado, de joelhos no chão segurando a parede de gelo, sem acreditar no que havia acontecido.


Ka: - Não pode ser! Era minha última chance, minha última chance de vingar minha família. Os olhos de May se enchem de lágrimas.


My: - Como ele pode fazer isso. Ele não tinha o direito.


N: - Vamos levar as pessoas pro navio. Ele escolheu se sacrificar pra termos uma chance. Então não vamos desperdiçar.


         De repente as pessoas começam a correr na direção contrária do navio.


N: - Que merda!


          Uma criatura extremamente semelhante ao Khubarsí, surge na praia. Era tão grande quanto ele, mas carregava consigo uma arma com duas lâminas circulares e um espinho na ponta, seu cabo era coberto por crânios de pessoas e seu visual era tão ameaçador quanto aquela criatura gigantesca. Ela parte para cima das pessoas e Nero se põe à frente dela.


N: - Essa é nossa última batalha, Demônio. Um de nós vai morrer hoje.


         Nero e a criatura lutam usando suas armas para tentar acertar um ao outro. Mas a velocidade e habilidades de ambos não deixava nenhum deles levar vantagem.


N: - BIG NIGHT… Sombras do Caos!


          Nero usa sua habilidade Sombras do Caos que cria clones sombrios de si mesmo. Eles se parecem com uma tempestade, seus corpos são como uma nuvem negra trovejando constantemente.

         As sombras atacam simultaneamente tentando criar um ponto cego ou uma abertura, e funciona. A criatura acerta todos os clones, mas não tem tempo de parar Nero, que acerta com todas as forças um ataque mortal em seu crânio.


N: - BIG NIGHT… Martelo das Sombras!


           A arma de Nero recebe sua energia sendo envolvida numa camada de nuvens negras repletas de trovões e o acerta em cheio na cabeça. Mas, para sua surpresa, ao acertar o golpe, sua arma é lançada para trás junto com ele. Como se fosse apenas um martelo comum batendo em uma parede extremamente grossa.


N: - Merda!!!


              Nero cai indefeso e dá a chance para a criatura acertá-lo. May novamente entra em seu modo de energia e vai para cima da criatura.


My: - Flame!!!


         A criatura tenta acertar May com sua arma, e ele desvia com dificuldade. Apesar de grande, ela era extremamente rápida. May solta uma grande onda de fogo na criatura, mas ela nem mesmo recua, apenas segue em frente e novamente tenta acertá-la. Por sorte, Nero teve tempo o suficiente para se recuperar e acertar a criatura desprevinidamente. O golpe acerta em cheio a criatura que é arremessada para trás. E fica atordoada.


N: - Funcionou? - Nero se surpreende por seu golpe, que foi mais fraco que o último ter acertado a criatura.


My: - Droga! Usei uma onda de fogo enorme e não fez nem um arranhão na pele dele.


                Os restante da equipe estava levando as pessoas para o navio, e volta para ajudar na batalha. A criatura se recupera e ataca Nero, que consegue se defender com sua arma, mas é lançado para trás. Kay tenta acertar um soco nela, mas era como uma pessoa comum batendo em um muro. Nada tinha efeito.


Ka: - Porra de pele dura do caralho!


DENTRO DO GELO…


           Enquanto a equipe lutava contra a criatura do lado de fora, Gus enfrentava Khubarsí do lado de dentro.


G: - ICE SOUL!!! Fera de Gelo!


           Ao usar essa técnica, Gus invoca uma criatura de gelo para atacar seu inimigo. Khubarsí tenta usar suas criaturas como escudo, enquanto corre para longe do alcance da técnica. Porém a Fera de Gelo divide as criaturas como se fossem um pedaço de papel, e continua seguindo Khubarsí até arrancar um de seus braços. Graças a seu fator de cura, ele começa a se regenerar em um instante, mas Gus não estava disposto a deixar ele se recuperar tão facilmente.


G: - ICE SOUL! Punho Zero!


        Seus punhos são cobertos por uma energia gelada com um aspecto semelhante ao ar que sai do gelo. Ele acerta uma sequência de golpes em Khubarsí, congelando e destruindo cada parte da pele que era tocada por seus punhos. Khubarsí tenta revidar e acertá-lo com seus espinhos, e com seu ácido. Mas implacavelmente, Gus desviava e atacava novamente. Sua habilidade no combate corpo a corpo era sem igual, tendo de pronta mão uma alternativa para cada tentativa de golpe que sofria.


Kh: - Que moleque rápido.


             Khubarsí faz uma manobra para tentar frear as investidas de Gus, arrancando seu próprio coração, e o explodindo com uma das técnicas que ele roubou devorando pessoas que passavam pela ilha. Gus é arremessado com muita força contra o gelo que cobria o céu, dando tempo de Khubarsí se recuperar dos danos e atirar uma chuva de espinhos cheios de ácido na direção Gus, que mesmo criando uma grossa bola de gelo para se defender do ataque. Mesmo assim, o ácido era muito poderoso e impulsionado pela habilidade de explosão penetrava a defesa. Alguns espinhos acertam o ombro, os antebraços e as pernas de Gus, mas todos os danos pareciam superficiais.

           Khubarsí, pela primeira vez em sua vida, parecia preocupado com a batalha. A sua regeneração lhe dava uma vitalidade que outros magos não tinham, após algumas horas de batalha ou até menos, todos sempre se esgotavam, enquanto ele ficava cada vez mais forte. Sua estamina era virtualmente infinita, já que até este dia, ninguém havia conseguido sequer fazê-lo chegar perto de se esgotar. Mas aquele garoto em sua frente, era algo com o qual nunca havia lutado. Mesmo após congelar uma ilha praticamente inteira, algo que acarretaria no esgotamento até do mago mais poderoso, ele continuava cada vez mais determinado, como se sua energia não estivesse nem na metade.


Kh: - Garoto, você é a criatura mais fascinante com a qual já me deparei! Sua energia é algo tão poderoso que poderia senti-la inundando a existência a quilômetros de distância. Para mim, seria uma honra dividir meu lar com alguém tão único.


G: - Prefiro morrer do que ficar nesse lugar, amigo. ICE SOUL… Tormento de Gelo.


              Essa habilidade cria espinhos a partir de gelo já existente. Normalmente não seria uma técnica muito proveitosa, mas devido ao gelo abundante proveniente da técnica Era Glacial, agora havia um infinito mãe de recursos que Gus poderia usar ao seu favor.

     Os espinhos se multiplicam freneticamente, atingindo em cheio Khubarsí que tentava de todas as formas se desvencilhar de algumas estacas apenas o suficiente para não ficar imobilizado, porém, os espinhos eram tão números que mesmo usando sua habilidade de ácido para destruir alguns, não era o suficiente para lidar com a infinidade que o seguia. Ele fica imobilizado por alguns segundos, dando tempo de Gus abrir caminho para acertar um golpe.


G: - Punho Zero!


          Ele acerta em cheio o crânio de Khubarsí, o explodindo em pedaços. Mas, em um instante, o corpo dele de repente explode soltando uma uma chuva de espinhos repletos de ácido. Gus é arremessado para longe mais uma vez, e atingido em cheio por vários espinhos. Seu corpo sangrava e sua energia, por maior que fosse, uma hora se esgotaria, e Khubarsí se regenerava mais uma vez, como se nada tivesse acontecido. Gus precisava pensar em um plano o quanto antes, ou não sobreviveria aquela batalha.


Kh: - Eu disse, jovem. Não importa o que faça, vou continuar me regenerando até que finalmente sua energia se esgote. Eu dei a vocês a chance de se unirem a mim e desfrutarem do meu jardim. Mas vocês são tolos demais para entender o quão grande é esse privilégio. Agora eu os devorarei e usarei suas cabeças como troféus da minha glória. Eu os farei sofrer lentamente para que se arrependam do que fizeram.


G: - Essa eu tô pagando pra ver.


DO LADO DE FORA DA REDOMA…


          Quanto mais tempo a batalha durar melhor seria para a criatura. Mas as investidas de Nero, com o apoio de todos que estavam ali, não surtiam efeito algum.


My: - Precisamos de um plano. Você tá aqui a mais tempo, não tem jeito de imobilizar essa coisa?


N: - Não tenho ideia. E, sempre usei técnicas de ataque e distração no máximo. Mas a visão térmica complica tudo.


               A criatura acerta um soco em Kay que o joga contra o chão, Kamy e Harley pulam nas costas dela, e tentam enforcá-la e eletrocutá-la amo mesmo tempo. Mas as duas são seguradas arremessadas contra a parede de gelo sem qualquer dificuldade.


S: - ESPECTRO AMALDIÇOADO… Lâmina da morte.


              Salva tenta cortar a cabeça da criatura com seu golpe, mas o golpe ricocheteia. Ele não desiste e tenta aplicar uma sequência de golpes por todo o corpo de seu oponente, mas nenhum surte efeito.


My: - A criatura já usou essa técnica de barreira de defesa alguma vez?


N: - Não que eu me lembre. Por quê?


My: - Por que o provável único motivo para a criatura usar essa técnica é porque ela é vulnerável. Se ela se regenerasse como as outras, não teria sentido usar algo para se defender.


N: - Faz sentido.


My: - Se conseguirmos quebrar a defesa dele, podemos ter uma chance contra essa coisa.


N: - Mas como vamos fazer isso?


My: - Acho que ele não consegue usar a técnica de barreira ao mesmo tempo que usa uma para atacar.


N: - Por isso meu golpe funcionou quando ele tentou te atacar, mas quando eu o ataquei sozinho não funcionou.


        A criatura estava socando Kay repetidamente sem quer ele pudesse ao menos revidar. Não importava quantas pílulas tivesse tomado, sua força não cresceria o suficiente para vingar sua família. Seu rosto estava sangrando e desfigurado e ele já não tinha forças para levantar.

                A criatura não se cansava nem por um instante. Kay tenta pegar o restante de pílulas que ele ainda tinha, mas a criatura continua a atacá-lo sem piedade. May chega para ajudar.


My: - FLAME! Chama Selvagem.


                Ela acerta um soco carregado de suas chamas em cheio na criatura, mas ela era astuta, e percebendo o ataque de May, ativa sua barreira repelindo por completo o ataque de May. Nero, Kamy e Salva continuam lutando e tentando acertar a criatura simultaneamente. Ela, por sua vez, não movia um músculo. Apenas os deixava acertar, procurando uma brecha, para contra atacar. E Nero, apesar de sua experiência, acaba ficando numa posição perfeita para isso quando os outros são arremessados para trás. A criatura o acerta com toda a força que tem esmagando-o contra o chão.

               Kamy volta a tentar acertar a criatura pulando em suas costas e soltando uma grande descarga elétrica que não surte nenhum efeito nela. Salva tenta usar sua técnica para tentar ajudar, mas também não tem sucesso sendo acertado por outro potente soco que o arremessa para longe.


My: - Purgatório das Chamas!


                May cria uma pequena redoma de fogo que cobria apenas a criatura e ela. A calor dentro daquilo podia facilmente derreter um ser humano, mas a criatura resistia facilmente, segurando May pelo pescoço e a enforcando. Ela se debate, desesperada tentando respirar. Quando Nero surge de fora das chamas com sua arma carregada de energia.


N: - BIG NIGHT!!! ETERNO ENTARDECER!!!


                O Golpe acerta em cheio o pescoço da criatura, que devido as chamas do purgatório de May, não conseguia ver nada do que estava do lado de fora e seu pescoço é decepado em um instante. O golpe foi tão poderoso que criou uma cratera enorme na redoma de gelo. A energia de Nero quase se esgotou e ele cai no chão exausto.


N: - FINALMENTE!


My: - Gus…


                 Sangue começa a escorrer da boca de May que tentava usar suas últimas forças para abrir uma fenda no gelo e chegar até Gus, mas suas reservas estavão tão baixas que ela não conseguia nem se manter com seu FLAME ativado. Sem forças ela cai de joelhos.


K: - Gatinha! você tem que descansar, sua energia já tá no limite.


My: - Não posso deixar ele aqui.


S: - N-n-não vamos d-deixá-lo.


K: - Isso aí, eu vou começar a quebrar o gelo, e vamos pegar aquele cacheadinho idiota.


My: - Obrigada!


                 Infelizmente, a pequena paz da equipe durou pouco. No chão o corpo decapitado da criatura começa a se contorcer sem que ninguém perceba. Ela se debate e começa a se dividir em duas partes menores. Uma delas, pega a cabeça decepada e a põe de volta no lugar. Na outra nasce uma nova cabeça.


N: - Não pode ser!


        Nero e os outros percebem a que a criatura retornou. Agora divida em duas criaturas menores. Nero tenta pegar sua arma para lutar, mas em um instante uma das criaturas segura seu braço e o quebra.


N: - AAAAAARGGGHHHHH!!!


            Agora dividida em dois, a criatura parecia ter o dobro da velocidade que tinha antes. Em conjunto elas atacam Nero, o socando e o espancando sem parar. Kamy e Salva correm para ajudar.


S: - Espectro Amaldiçoado!


                Salva usa sua técnica e tenta apunhalar a criatura, que é protegida por sua outra metade que parece ter herdado a habilidade de barreira de seu antecessor. Enquanto uma metade se defende, a outra ataca Salva o acertando em cheio na costela com tanta força que ele vomitou uma grande quantidade de sangue. Kamy tenta ajudar carregando seu soco com a energia elétrica de Harley, e uma das criaturas tenta entrar na frente para usar sua barreira, mas Kay se arremessa em sua direção e o empurra para longe com toda sua força. O caminho estava livre e Kamy vai com tudo para cima da criatura, que com sua velocidade impressionante, desvia do soco, segura-a pelo cabelo e começa a lhe aplicar seguidas joelhadas no rosto. A criatura não tinha a menor intenção de parar, mas subitamente Kamy desaparece das mãos da criatura e aparece nos braços de Victoria.


V: - Foi mal pela demora.


            Agora seus poderes estavam recuperados e ele se junta a Kay que era o único ainda de pé para lutar.


V: - Ainda aguenta uma luta, Tio?


Ka: - Se me chamar de “Tio” de novo, acabou com você junto com esses dois otários aí.


V: - Assim que eu gosto de ouvir.

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