Capítulos (1 de 9) 16 Aug, 2024

Capítulo 7

         Gus e Khubarsí continuam sua batalha em um ritmo extremamente alto. Embora a criatura fosse poderosa e dispusesse de um grande arsenal de habilidades, Gus tinha vantagem por ser excepcional no uso de energia. Porém, o tempo corria contra Gus que tinha que achar um jeito de eliminar aquela coisa.


G: - ICE SOUL… - Decidido a acabar com a luta, Gus o pensamento em um ataque que poderia surtir efeito - Tormento de Gelo.


          Enquanto os espinhos cresciam de forma desenfreada, Gus se movimentava velozmente ficando próximo o suficiente da criatura para executar um segundo ataque quando ela fosse presa no gelo. Khubarsí lança seus espinhos cobertos de ácido, que começavam a ficar cada vez mais fracos, não oferecendo perigo a Gus. A criatura então come duas cabeças que ela tinha prendido em seu cinto, mas acaba sendo pego pelo tormento de gelo ficando imobilizado. Gus segura a criatura pelo pescoço e aplica seu golpe.


G: - ZERO ABSOLUTO.


              Essa habilidade congela cada grama de seu inimigo (Incluindo sua energia), sendo uma das melhores técnicas de selamento que existem. Gus se afasta enquanto o gelo cobria o corpo da criatura o envolvendo em um casulo de gelo extremamente resistente. Porém, o casulo começa a rachar até se fragmentar por completo, a criatura sai de dentro dele com uma aparência totalmente diferente. Agora ele parecia ainda maior e seus músculos muito mais fortes do que antes. Ele partiu para cima de Gus e agora estava tão rápido quanto ele e ainda mais forte.


G: - Droga!


         Khubarsí tenta enfrentá-lo numa luta corpo a corpo agora que suas capacidades físicas estavam igualadas. Mas Gus era muito mais habilidoso no combate corpo a corpo e o afasta e lança mais uma Fera de Gelo, que persegue a criatura, mas dessa vez não a acerta. Khubarsí se aproxima mais uma vez e Gus acha que ele vai se explodir, mas dessa vez ele usa uma nova técnica. Uma legião de tentáculo cobertos de ácido começam tentam acertar Gus, que cria uma barreira de gelo redonda ao redor de si. Mas os tentáculo banhados de ácido eram muito fortes e acabam quebrando a defesa e o acertando em cheio. Gus usa mais um vez sua Fera de Gelo e, pela distância, Khubarsí não conseguiu desviar. O lado ruim é que Gus cospe sangue pelo esgotamento de sua energia, e seu corpo agora estava completamente ferido.


SEM SAÍDA…


       Victoria e Kay agora tentavam segurar a luta contra as criaturas gêmeas.


V: - O que vamos fazer?


Kh: - Uma delas tem uma pela quase impenetrável. Mas se acertamos a outra, vamos ter uma vantagem.


V: - Vamos lá.


         As criaturas partem para cima dos dois, se movendo em sincronia numa velocidade extremamente alta. Victoria teletransporta a criatura com a defesa para longe, dando a oportunidade de lutarem dois contra um com uma das metades, mas não era o suficiente. A criatura ainda era incrivelmente agul e forte, e atinge um poderoso chute nas costelas de May. Kay tenta aproveitar a oportunidade para atacar, mas a criatura desvia o segura e aplica mais uma sequência poderosa de socos no rosto. Victoria chega por trás da criatura para apunhalá-la pelas costas, metade com a habilidade de barreira se mete na frente atingindo um soco no rosto de Victoria, que novamente o teletransporta para para longe, mas antes que pudesse se recuperar a outra metade chega lhe aplicando mais um grande soco que quebra seu nariz.


V: - Aaarrggghhh!


N: - Merda!


              Com o braço quebrado e convencido de que não conseguiriam sair de lá sem mais um sacrifício, Nero abandona a equipe e sobe no navio, ordenando que Robert, seu grande amigo nesses últimos 8 anos, levasse os para longe.


N: - Icém as velas, tá na hora de cair fora daqui!


R: - Não podemos deixá-los aqui.


N: - Então saí da minha frente.


           Nero lhe acerta um soco com seu braço bom, que o derruba. E quando ia desancorar o barco, as madeiras se enrolam em seu braço quebrado e o prendem no chão.


N: - Aaaarrghhhh, porra!


- Isso é por encostar no meu marido.


       A esposa de Robert prende com força o braço quebrado de Nero no chão e o imobiliza.


R: - Obrigado!


- Não tem de que.


            Enquanto Nero era preso, as criaturas continuavam sua sangrenta batalha contra a equipe. Victoria e Kay já não tinham mais opções, visto que nenhum deles tinha alguma técnica que fosse forte o suficiente para deter uma delas. As criaturas percebem que Victoria era o maior problema, pois sempre que chegavam perto ela os teletransportava para longe. Os dois monstros então vão para cima de Victoria usando sua velocidade para evitar que a técnica dela os pegasse.


V: - Filhos da puta!


         A tática é efetiva até certo ponto, visto que quando Victoria percebeu que não conseguiria teletransportá-los, ela se teletransporta para longe evitando o ataque que vinha em sua direção. No entanto, as criaturas sabiam que ela não poderia manter esse ritmo por muito tempo e continuam a persegui-la, até que finalmente conseguem alcançar Victoria e lhe acertam um grande soco no estômago a fazendo cuspir sangue. Ela tenta usar sua habilidade, mas uma das criaturas a pega pela cabeça e a joga continuamente contra o chão.


Ka: - Não temos chance.


         Kay, apesar de todo seu desejo de vingança, sabia que não tinha a menor chance contra aqueles dois monstros. Mas uma única convicção permaneceu fixa em sua mente desde o dia em que perdeu sua família. Nunca mais deixaria alguém morrer em sua frente. Kay ingere vinte Kastas de uma única vez, e com uma força incrível ele acerta um soco no rosto da criatura que atacava Victoria e o lança contra o gelo.


Ka: - De um jeito ou de outro, alguém vai pagar pela morte da minha família, e vamos ser nós dois.


           Kay segura o pescoço da criatura e a prende contra a parede com toda sua força. A energia que recebeu das Kastas estava colapsando seu corpo, o fazendo soltar pedaços de sua pele.


Ka: - Vai Poraa!! AAAAARRRRRRR!!!!!


            A quantidade de energia era demais para o corpo de Kay e ele se explode junto com uma das criaturas para dar uma chance a todos. Victoria aproveita que a segunda criatura também foi arremessada para longe e teletransporta todos para o navio.


My: - Não… podemos deixar ele lá - O esgotamento era tamanho que May mal conseguia falar.


V: - Foi ele quem escolheu ficar lá. Era o único jeito de sairmos deste lugar.


R: - Já desancoramos, e estamos indo.


              De repente, a criatura que ainda estava viva, se lança para dentro do barco, deixando todos em pânico. Ninguém tinha energia para lutar, exceto Victoria, mas sua técnica não tinha efeito ofensivo, e com o estado atual de energia que ela possuía, não poderia levar ele pra muito longe.


R: - Não dá pra levar essa coisa pra dentro da redoma?


V: - Não tenho energia pra fazer isso. O local é muito distante. E já me esgotei tirando o navio e todo mundo do centro da ilha pra cá. Só não tô nem próxima de me recuperar pra fazer um teletransporte assim de novo.


             Enquanto as pessoas no navio tentavam desesperadamente pensar em uma forma de escapar. A batalha no centro da redoma também se aproximava de seu fim.


Kh: - Finalmente, criatura! Achei que sua energia nunca iria acabar, mas você já não está mais conseguindo manter o mesmo ritmo.


G: - É… Tô sabendo.


          Khubarsí usa seus tentáculos e sua enorme velocidade para tentar acertar Gus, que se defende como pode, já que sua energia começou a diminuir. Ele usa suas habilidades de gelo para tentar repelir os tentáculos e contra atacar.


G: - ICE SOUL! Fera de Gelo.


             A criatura é pega em cheio pela técnica, mas ela nem se importava mais em desviar, visto que as técnicas que lhe acertavam não surtiam efeito significativo. Sempre que seus membros eram arrancados, eles se regeneram rapidamente. Khubarsí se aproveita e continua atacando freneticamente. Gus tenta se defender, mas alguns tentáculo lhe acertam em cheio, perfurando seu ombro e sua costela.


G: - Aaarrggghhh!!!


                A criatura acerta um soco e o derruba no chão. Em seguida o soca repetidas vezes enquanto está caído.


Kh: - É uma pena que o processo de absorver seus poderes seja tão doloroso, mas se você não estiver vivo não seria possível realizá-lo. Acredite, não tenho nada contra as pessoas que devorei, e tentarei ser o mais breve possível quando terminar de devorar seus amigos.


                Khubarsí lhe acerta mais um potente soco, o pega em sua mão e abre sua enorme mandíbula para debitar sua cabeça. Mas Gus consegue lhe enfiar uma estaca de gelo que atravessa seu rosto. Ele se joga para trás ferido enquanto a criatura tenta remover o pedaço de gelo. Gus se envolver em uma pequena redoma de gelo.


G: - Merda! Não sei se ainda tenho alguma opção… talvez tenha chegado minha hora. Será que já deu tempo o suficiente deles terem ido embora.


               Do lado de fora da redoma, a criatura que subiu no navio caminha lentamente até todos que estavam no navio. Victoria tenta teletransportá-la, mas ela percebe e se movimenta rápido para evitar e acerta um golpe que a arremessa para o dentro do navio atravessando o piso. O pânico era total e a criatura andava em direção as pessoas, mas May se mete na frente.


My: - Pode vir!


             A criatura a levanta e esgana no ar. Não restava mais ninguém para lutar, todos estavam sem energia ou nocauteados e toda esperança havia desaparecido.


LEMBRANÇAS…


            Khubarsí atacava violentamente o casulo em que Gus estava com seus tentáculos cheios de ácido. Mas sempre que estava próximo de chegar ao seu interior, Gus reconstrói sua defesa.


Kh: - Vamos! Não vai aguentar por muito tempo.


             Enquanto sua técnica era quebrada, Gus refletia se aquele não era o momento de desistir. O tempo em que segurou Khubarsí, e o tempo que ele ainda levaria para sair da redoma, seria mais do que o suficiente para que seus amigos estivessem em segurança. Mas uma questão não o deixava parar, e se algo tiver acontecido, e se eles decidirem esperar.


G: - Não posso desistir.


       Gus decide continuar lutando, mas nenhuma de suas técnicas tinha efeito. Ele precisava encontrar uma forma de vencer a criatura.


G: - Como faço isso…? como…? como??? - Ele fecha seus olhos.


           Nesse momento uma lembrança lhe vem à cabeça, de quando ele e sua mãe treinavam juntos e um dia ela notou que ele havia parado de usar sua energia natural.


R: - Por que está usando gelo?


G: - Minha energia natural não tá funcionando bem, e pra falar a verdade, praticamente não funciona.


R: - E não sabe o que aconteceu?


G: - Não sei, eu já tentei de tudo, mas ela só fica falhando.


R: - Vem cá, meu leãozinho - Rose o puxa para perto lhe dá um beijo no topo de sua cabeça e o abraça afagando seus cabelos - A sua energia, depende muito de como estão suas emoções. Se eles estão confusas e pra baixo, sua energia natural também vai estar.


G: - Mas tá tudo bem comigo.


R: - Tem certeza?


G: - Tenho sim.


R: - Bom eu ouvi uns boatos de que a May e o ex namorado dela voltaram. Não teria nada haver com isso.


G: - Puuuifff!!! Claro que não!!!! Mas como ela pode voltar com aquele otário.


R: - Talvez não tenha aparecido ninguém melhor.


G: - Mas eu… eu…


R: - Você tentou deixar a entender que gosta dela, sem dizer o que sente?


G: - É, bem isso mesmo.


R: - Que tal, ir até ela e dizer a verdade?


G: - Eu… Não consigo. O que eu ia fizer?


R: - Se não pensou em nada, apenas diga o que sente.


G: - Só isso?


R: - Não acha que é o bastante?


G: - Mãe, é que parece muito pouco.


R: - Então vamos descobrir se o que sente por ela é grande o suficiente. Suas emoções são muito importantes pra que sua energia flua, então prepare seu ataque mais forte com sua energia natural. E pense na emoção mais forte que já sentiu em relação a ela.


G: - Tá bom - Gus fecha seus olhos e tenta se recordar.


POR UMA NOITE …


           Em uma noite de fim de ano, todos se reuniram na casa de Gus para comemorar. Como de costume, rose preparava uma série de pratos e petiscos e os servia ao redor da fogueira, bebendo um maravilhoso chocolate quente. O frio era intenso no inverno de River, mas nada abalava o espírito alegre do fim ano.

           Todos da Ázura estavam presentes, se divertindo comendo e bebendo, mas Gus estava dentro da casa no segundo andar, sentado na janela com um caderno e um livro em sua mão, ouvindo música e bebendo um café forte doce, como ele sempre gostou. Enquanto curtia seu momento sozinho, sua porta é aberta abruptamente.


My: - E aí, Gus.


G: - May… O que tá fazendo aqui?


             Ele corre para esconder seu caderno e o põe debaixo de seu livro.


My: - Eu que pergunto… tá rolando uma festa lá embaixo, e você tá aqui bebendo café e lendo seus livros de nerd.


G: - Acho que esse ano não tô muito no clima. E por que você tá aqui e não com seu namorado se divertindo lá embaixo?


My: - Acho que meu “Ex namorado” tá se divertindo mais flertando com sua amiguinha de cabelos cacheados e babando nos peitos dela do que passando um tempo com idiota aqui.


G: - Sinto muito.


My: - Não se preocupe, nem tem o que sentir. Ele era só um idiota.


G: - E por que ficou com ele?


My: - Boa pergunta. Deixa eu ver o que você tá lendo - Ela pega o livro das mãos dele - O Aventureiro Monyer, esse deve ser o pior título de um livro que eu já vi na vida. Tá na cara que é um porre.


G: - Qual é… Talvez você devesse ler antes de julgar.


My: - E sobre o que ele fala.


G: - Sobre um homem que está lutando para conquistar a mulher que ama.


My: - Então não é nem uma aventura, é um romance.


G: - É um pouco dos dois, e acho que você gostaria muito. Em uma parte do livro o amigo de Monyer é deixado pela esposa e começa a beber e a dormir com prostitutas, saindo por aí e dizendo que o término não significava nada pra ele. Mas Monyer lhe diz “Se você se despedir para sempre de alguém com quem compartilhou seu coração e não sofrer por isso, então nunca entregou seu coração de verdade. Amar também é sofrer e não vi ainda um homem tão poderoso que pudesse suportar a dor de um coração lartido”.


My: - É, parece bem triste. Chega desse livro, vamos fazer alguma coisa mais alegre, afinal hoje é um dia especial. E você hoje é a minha companhia.


G: - O que quer fazer?


My: - Não sei, eu queria descer e comer alguma coisa, mas acho que eu posso acabar incinerando algumas pessoas.


G: - Aqui - Ele pega uma xícara e lhe serve um café, com algumas torradas com uma pasta de berinjela.


My: - Nossa Gus, tá maravilhoso! Eu amo essa pasta.


G: - Foi você que me ensinou a fazer.


My: - Então, eu sou a melhor - Começar a tocar uma música - Eu adoro essa música! Vem, a gente tem que dançar.


        Ela pega Gus pela mão e o puxa para dançar. Ele coloca suas mãos na cintura dela e ela os seus braços sobre os seus ombros.


G: - Sabe dançar?


My: - Claro que sei, idiota.


G: - Aíaiaia - Ela pisa tropeça nele - Pisou nos meus dois pés.


My: - Você que não tá se mexendo direto.


G: - Olha, se você vai esmagar eles de todo jeito, por que não sobe nos meus pés e deixa que eu conduzo.


My: - Tá bom. Não tô te machucando?


G: - Nem um pouco.


         May encosta levemente seu rosto no de Gus e os dois dançam lentamente.


My: - Como você fez minha receita direitinho, vou deixar te perdoar por ser um metido. Mas só essa noite.


G: -Parece perfeito.


A CHEGADA DO FIM…


G: - FLAME!!!


                Os olhos de Gus se abrem e seu corpo inteiro flamejava num intenso fogo azulado que derrete o casulo em que ele estava junto com os tentáculos de Khubarsí. E energia era tão intensa que tudo ao redor de Gus estava derretendo, sua aparência era selvagem como de uma fera sem controle.


G: - Vou remover cada átomo seu desse planeta!!!


Kh: - Que coisa é essa!!!???


              Em todos seu tempo de vida, Khubarsí jamais havia visto algo como aquilo. Uma criatura com tanta energia, e que usasse duas habilidades tão opostas. Gus segura sua cabeça com as duas mãos.


G: - CHAMA ETERNA!!! ANIQUILAÇÃO FLAMEJANTE!!!


             A técnica consumiu toda e energia de Gus, mas foi tão poderoso que derreteu a redoma de gelo e queimou tudo que não tudo que estava dentro dela. Khubarsí vou erradicado da face da terra sem sobrar nem mesmo uma única cinza de sua existência.

            Fora da ilha, May estava sendo esganada pela criatura, quando subitamente ela vai no chão sem vida.


My: - O que tá acontecendo?


H: - O que mantinha essas criaturas vivas era o Khubarsí, elas eram feitas com a energia dele e ele era a bateria que lhes dava energia. Se ele morreu, elas não têm a fonte de energia delas.


My: - Gus?


        Eles observam de dentro do navio a redoma ser consumida e uma chama brilhar no centro da redoma. Era intensamente azul, e tão forte que mesmo no mar todos sentiam o calor intenso.


My: - Gus!!!


               May corre para o centro da ilha agora que a redoma foi derretida. Ao chegar, ela encontra o corpo de Gus caído no chão. Sua pele parecia um vulcão escorrendo lava, sua pele estava enegrecida e cheia de rachaduras azuis. May tenta ouvir seu coração, mas não ouvia nada.


My: - Não, não, não! Por favor, não! Olha pra mim, Gus. Abre os olhos, por favor!


May o segura em seus braços enquanto chorava e suplicava para que ele vivesse, mas seu coração já não batia mais.

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