Capítulos (1 de 1) 03 Nov, 2024

SIMPLE 3 - Um Grande Amor : cap 1

     Em uma floresta densa onde a neblina se espalhava de tal forma, que seria impossível ver alguém a dois metros de si mesmo, um homem se arrastava por ela perdidamente. Há alguns dias ele havia entrado naquele lugar na esperança de encontrar uma pessoa ao qual ele acredita que pode sanar seus problemas. Mas com fome e com sede, ele já estava perdendo as forças para continuar sua busca.

     Enquanto caminha com suas últimas forças, o homem acaba caindo no chão exausto e pronto para desistir. Incapaz de continuar, ele saca sua espada enquanto esbraveja que só morreria por uma espada. Não pelo cansaço ou pela fadiga, apenas por uma lâmina digna. Então ele saca sua própria espada e a põe em direção ao seu pescoço se despedindo de sua amada. Mas antes que conseguisse finalizar o movimento, um homem enorme segura sua espada, e lhe acalma dizendo que ele estava no caminho certo. Ele o leva pelo meio da floresta até uma enorme parede de pedra. De frente para ela, o enorme homem remove um pedaço gigantesco da porta como se não fosse nada.Eles entram e o homem puxa a pedra de volta para o lugar como se não fosse nada. Dentro daquele lugar parecia um calabouço de um cientista louco. Era possível ver dentro de uma sala que estava com a porta um piuco aberta, uma mesa cheia de sangue, alguns aparelhos que poucas pessoas no mundo saberiam como usar, uma cadeira que parecia uma máquina de tortura, tudo naquele lugar era sombrio e nefasto, até mesmo as pessoas ali.

     No canto daquele lugar, sentados ao redor de uma mesa redonda com um tabuleiro pintado, estavam duas pessoas jogando xadrez, um homem esguio e de cabelo liso enorme, parecia extremamente sério e concentrado na partida. Já o outro, um homem que parecia ser o mais velho ali, por volta dos 60 anos ou um pouco menos, estava aparentemente entediado com o jogo, mas também não tirava os olhos do tabuleiro.

      No fundo da sala, um homem bem alto estava sentado de frente para outro examinando seu corpo. Ele joga uma luz em seus olhos com uma pequena lanterna e faz alguns movimentos para ver se ele acompanhava, e aparentemente estava tudo certo. O homem, sem olhar para eles, os cumprimenta.


- Nero, É um prazer conhecê-lo!

N: - Você sabe meu nome?

- Com toda certeza. Eu o vi nascer, por incrível pareça.


       Nero não acredita muito no que o homem diz, afinal ele parecia pelo menos uns 20 anos mais jovem do que ele mesmo.


N: - É… bem difícil de acreditar.

- E o que o trás aqui, se me permite perguntar.

N: - Quero justiça pelo que fizeram comigo, e sei que você pode me ajudar.

- Como exatamente?

N: - Preciso de mais poder, pra conseguir acabar com a pessoa que me jogou naquela ilha.

- Então você quer algumas pílulas? Podia ter comprado nas ruas.

N: - Preciso de mais, preciso do que eu sei que você fez com esses caras e que eu pode me oferecer também. Preciso de poder.

- Meu jovem, eu não ofereço poder, mas sim salvação. Então, se não tiver um motivo melhor do que vingança. Acho que não posso ajudá-lo.

N: - Não é só vingança, é justiça. A qual eu sei que você preza muito. Eu passei fome, frio e mais um milhão de coisas pra poder chegar aqui, então não me diga que não pode me ajudar, por que eu sei que você pode.


        A frase parece mexer com o homem que coça o queixo pensativo, enquanto um dos homens que jogava xadrez extremamente concentrado, vira sua atenção para Nero, deixando de olhar para o tabuleiro pela primeira vez.


- Tudo bem. Vou dar a você o que quer, mas quero vou querer que me ajude com algo em troca.

N: - Faço o que quiser!

- Muito bem. Drakmor volte ao normal e me ajude aqui!

D: - Sem problema - O homem gigante de repente encolhe até virar um franzino garoto, que não parecia ter mais que 17 anos - Vem comigo.


        Um dos homens que estava jogando xadrez vai até o Doutor e segura seu braço com violência, esbravejando desacordo com a decisão do cientista.


- Não pode fazer isso com ele. Tem que ao menos dizer os riscos ao que ele corre se passar pelo procedimento.

- Você tem que calar a boca! E não encoste em mim outra vez, ou então coloco você no lugar de onde nunca devia ter te tirado.

- Ele não vai aguentar a dor!

- Só vamos saber depois do procedimento.

- Por favor, é muito sofrimento para ele. Eu sei por experiência própria que esse processo é muito doloroso. Podemos dar um jeito na missão sem ele.

- Você não sabe o que é sofrimento, garoto! E suma da minha frente.

- Beleza… Mas só por que sofremos coisas diferentes, não quer dizer que sua dor é maior que a minha - Ele se vira e vai embora.


       Em outra sala, Drakmor amarra Nero em uma cadeira como as que ele viu nos desenhos que Harley encontrou na ilha.


N: - Isso é mesmo necessário?

D: - Acredite em mim, esse é o único jeito de você suportar a operação.

N: - Fazer o que, né. E como você veio parar aqui?

D: - Quando eu era criança, fui diagnosticado com uma doença grave que paralisaria meus movimentos. Quanto mais eu crescia, mais doente ficava. A doença não tinha cura, mas existia um médico em Áquila, que era tão bom que as pessoas dizia que ele poderia até ressuscitar os mortos se tivesse tempo e recurso.

N: - O Doutor é aquele cara?

D: - Esse mesmo. Doutor Koisume F. Crowe, um brilhante médico que fez a ciência avançar anos. Eu morava em Stonemire, e naquela época, Áquila estava em conflito constantes com o nosso reino e era proibido qualquer cidadão visitar a cidade de um ou de outro. Então minha mãe começou a se prostituir pra juntar uma grana. Meu pai, obviamente não gostou e tentou me matar. Mas ela enfiou uma faca nas costas dele e depois me levou pra Áquila e pediu pra que o Doutor me tratasse e lhe deu todo o dinheiro que tinha.

N: - E ele te tratou?

D: - Sem pedir um único tostão. Mas alguém nos denunciou para o rei e ele mandou que me mandassem de volta ou que me executassem. O Doutor não aceitou, e prendeu uma bomba de Sifras em seu peito, separou dois cirurgiões e alguns enfermeiros e os fez de reféns. Eles foram obrigados ajudar e conseguiram me salvar. O Doutor o foi acusado de traição e eu acabei o ajudando a sair escondido daquele lugar. Depois disso, eu o segui pra onde ele foi.

N: -Ele parece ser um bom homem.

D: - É sim.

O doutor entra na sala.

K: - Tudo pronto?

D: - Tudo, Doutor.

K: - Então, vamos começar.


        O Doutor acopla uma máquina com uma lâmina giratória na cadeira, e aponta ela em direção ao seu peito. Depois acopla mais quatro lâminas apontadas para os joelhos e para os braços de Nero.


N: -O que estão fazendo?

K: - O que você me pediu.


         A máquina é ligada, e as lâminas começam a girar enquanto Koisume ajusta os últimos detalhes para iniciar o procedimento.


K: - Infelizmente o procedimento necessita que você esteja acordado.

N: - Então me dá uma anestesia, ou uma droga pra dor, porra!

K: - O motivo de você estar acordado é para sentir dor, então não faz sentido te dar uma anestesia.

N: - Me solta dessa merda, desgraçado - Ele tenta ativar sua energia para se soltar, mas não consegue - O que vocês fizeram comigo?!

K: - Se você ativasse seus podereses durante o procedimento seria um problema, então projetamos esta sala com camadas de Ebonítia pra puxar sua energia, vai ficar tudo bem se não demorarmos, mas se durar muito tempo, você pode acabar tendo toda sua energia sugada. Então, vamos correr.

N: - Nããããõooo!!! Me Soltaaaaaaa!!! Nãããõoo!!!


        Koisume amordaça Nero, e inicia o procedimento. A máquina abre o peito de Nero com sua lâmina central enquanto ele se contorce de dor e grita amordaçado implorando para pararem.


N: - Nããããõoooooooo! Por favoooor, paraaaaa!


          As lâminas secundárias começam a cortar os membros de Nero os separando de seu corpo lentamente, até que ele desmaie pela dor.

          Quando abre os olhos, ele está em outro lugar que ele. Tudo que via estava num tom de verde limão. Nero tenta se mexer ou falar mas nada funciona, como se ele estivesse paralisado. De repente alguém aparece em sua frente gritando. Era Drakmor que se transformou para lhe assustar, e conseguiu.


D: - Haha, você tinha que ver a sua cara. Bom você vai ver agorinha.


           Em sua frente ele vê uma mesa com algo que parecia um corpo sem pele, apenas com músculos. Koisume chega com a pele de Nero em suas mãos, como se fosse uma casca vazia que ele usa para cobrir aquele corpo e o costurar na carne dele.

          A imagem de sua própria pele sendo costurada implantada em outra coisa, enquanto ele não conseguia se mexer ou falar é tão impactante para Nero que ele entra em colapso.


D: - Doutor, ele tem algo acontecendo com ele!

K: - Merda! Vamos, vamos, temos que estabilizar ele!


         Aos poucos a vista de Nero vai apagando enquanto ele perde a consciência com aquela imagem pavorosa destruía cada gota de sanidade que existia em sua cabeça.


RIVER RAW - 6 meses depois…


           Em uma sala fria do hospital de River, um monitor apitando pode incomodar seus ouvidos, mas o desaparecer dos mesmo seria mais agoniante do que ouvi-los pelo resto de sua vida. É o que se passa na cabeça de May após 6 meses que Gus entrou em coma.

          Cada dia parecia passar de forma mais lenta e sem graça. E May se esforçava para seguir sua vida, mas nada parecia conseguir tirá-la daquela sensação vazia e que às vezes lhe estrangulava o coração, às vezes apenas a deixava enlouquecer em seus próprios pensamentos. Seu único alento, era ler aquele livro que Gus tanto insistiu em lhe dizer que era bom, mas que May não lhe deu ouvidos.

     “ Quando uma criatura monstruosa e devastadora aterroriza um antigo reino, Monyer é o único que pode proteger o povo. Com enorme bravura, ele se atira numa batalha de vida ou morte. Após uma luta mortal, Monyer consegue vencer a criatura. O rei contente, lhe oferece um lugar em sua Reino, onde ele teria tudo que quisesse e sonhasse. Mas Monyer lhe responde:


M: - A sua riqueza não vale nada para mim. Não posso aceitar sua oferte.

R: - Não posso deixar que saia sem que eu lhe dê algum agradecimento cavaleiro. Eu insisto que me diga, o que quer?

M: - Rei, o que quero não está em suas mãos, tão pouco você poderá me oferecer.

R: - Não diga isso cavaleiro. Pois neste mundo, pouco há que eu não possa fazer, e uma dessas, tu fez por mim. Se for ouro, eu lhe darei tanto que não poderá contar. Se for fama, eu lhe farei estátuas que cobrirão os muros do meu reino, e todo o mundo vai conhecê-lo. Se forem mulheres, lhe prometerei cada moça que nascer nesse mundo. Então, mais uma vez eu insisto, me diga o que quer ?

M: - Seu ouro, não pode comprar o coração que bate junto ao meu. Tão pouco a fama me levaria ao meu objetivo. E de todas as mulheres que nasceram, ou vão nascer, eu prometi amar apenas uma. Meu tesouro não está neste mundo e tudo que eu quero, Ingênuo Rei, é partilhar a minha vida com a mulher que me completou.

R: - Meu jovem cavaleiro, eu lhe mostrarei as mais belas mulheres que você poderia ver em toda sua vida. E nada será essa mulher perto da doçura e prazer que elas lhe ofereceram.

M: - Como pode não ver. A beleza dela não é o motivo pelo qual eu a amo. Não por que ela não tenha, mas por que eu lhe prometi meu coração, antes mesmo de conhecê-la. E o tempo que tiver de esperar para tê-la, eu esperarei.

R: - Deve estar louco, cavaleiro. Como pode prometer a si mesmo, a uma mulher que nem mesmo conhece.

M: - Como pode, Rei, não entender que seu coração não pertence a ninguém. Se está pela beleza, seu coração estará em todas as mulheres bonitas que encontrar. Se está pelo dinheiro, vai ruir assim como tudo neste mundo. Tudo o que quero é ter na minha vida, o que poderei levar quando não mais a tiver.

R: - Muito bem! E onde está a mulher que você ama, eu oferecerei todos os recursos que quiserem para trazê-la até aqui. Lhes deixarei viver a vida como quiserem, sem ou com riquezas. Mas deixe me ajudar, apenas nisso.

M: - Sinto lhe dizer, que ela a muito tempo faleceu. Sendo assim, não podera me ajudar.


          Reconhecendo a bravura e a dor que aquele cavaleiro levava, o Rei fez assim como ele queria. O deixou ir e mandou que qualquer um de seus pedidos fossem atendidos, como se fosse ele mesmo pedindo. O Cavaleiro solitário, partiu para sua terra para esperar por usa doce mulher, até que a morte os unisse de novo.

                                                                                                                                                                                                           FIM.”


M: - Então era por isso que você não gostava desse livro… - Ela comenta com os olhos cheios de lágrimas - Que droga de final.


             De repente a doutora que cuida de Gus emtra na sala e May se apressa para enxugar as lágrimas.


M: - E aí, Doutora. Alguma novidade.

- Sinto muito, May, mas a cada dia temos menos respostas. Ele está estável, e melhorou incrívelmente nesses meses. Mas não sabemos o porquê ele ainda não acordou. E muito menos o porquê ele melhorou. Só podemos esperar que ele acorde.

M: - Tudo bem. Eu agradeço, Doutora.

- Não tem de quê. Vamos levar ele pra fazer mais exames, e vão ser demorados. Pode ir pra casa se quiser. Eu aviso quando ele estiver de volta no quarto.

M: - Tá bom.


       Quando volta pra casa, May joga se joga no sofá e liga a televisão. Seu estômago ronca e ela vai até a geladeira que estava abarrotada de comida, mas nada lhe parecia ter muita graça naquele momento e ela acaba a fechando, pegando uma coberta e voltando pro sofá.

        Ela coloca uma série e se deita para tentar cochilar. Depois de se debater de um lado para o outro tentando encontrar uma posição, ela desiste e fica vendo televisão. Quando alguém bate à sua porta, ela é obrigada a ir atender.


H: - E aí, May.

M: - Harley, Tá fazendo o que aqui?

H: - Você quase não aparece mais na Ázura, então eu pensei em vir aqui e ver como você está. Será que eu posso entrar?

M: Claro, entra aí.

H: - Eu trouxe um sorvete que você vai adorar, e desculpa ter vindo tão tarde, mas de dia você sempre está no hospital.

M: - Não tem problema.

H: - E como ele está?

M: - Ele melhorou e melhorou, mas por algum motivo não acorda.

H: - Eu sinto muito.

M: - Tudo bem. E como sua mãe, como está?

H: - Enganando o Wade, pra que ele pague uns jantares pra ela. Ainda não sei como ele virou o mestre.

M: - Pode não parecer, mas ele é sábio e é uma boa pessoa também.

H: - De toda forma, vamos falar de você. Você já fez algum exame pra ver como está seu estado?

M: - Não fiz nenhum. Pra falar a verdade, eu nem tô me importando mais.

H: - Não vai adiantar ele acordar se você não estiver aqui.

M: - Não sei nem se ele ia olhar na minha cara. Não disse que amava ele naquele dia. E ele quase se matou pra nos deixar em segurança. Enquanto nós mal conseguimos, segurar duas cópias mal feitas daquela coisa.

H: - Não foi sua culpa, tudo aconteceu muito rápido. Não pode se culpar por não ter dito pra ele que o amava, sendo que você nem sabia o que sentia direito.

M: - O problema é que agora eu sei, mas agora não tem como voltar atrás. Como pude ser tão burra. Eu brigava com ele e morria de ciúmes, achando que ele era um metido que queria atenção, e era a minha atenção que ele queria. Ele me esperou, mesmo quando eu nem lembrava mais dele, quando eu estava com uma pessoa que nem conseguia segurar a minha mão.

H: - May, may. Você era jovem e quem nunca se meterreu em um relacionamento com um idiota? Não importa os erros que você cometeu o que é importa é que a vida continue. O próprio Gus viu quem você era e te amou mesmo assim. Nós também. Então não se culpe tanto, porque o que sentimos por você é muito mais importante do que esse passado bobo. E o lado bom é que ele já passou.

M: - Você tem razão - Ela dá seu primeiro sorriso em semanas - Obrigado por ter vindo aqui, ruiva.

H: - Não precisa agradecer. Agora vamos comer.

M: - Vamos lá, tô morrendo de fome.

H: - Vamos assistir um filme?

M: - Vamos. Você pode escolher.

H: - Iiiiiii, acabou de sair um documentário sobre a possível vida na no planeta que ainda não foi descoberta.

M: - Ai meu Deus.

H: - Não, não. É muito interessante. Eles encontraram ossos semelhantes a de humanos no mar, mas algumas características eram intrigantes pelo formato estranho de algumas partes.

M: - Claro, parece ser “muito interessante”.

H: - Simm - Ela responde empolgada sem perceber o sarcasmo de May.


SOLIDÃO…


            Na fria e escura noite, Salvatore se dirigia à parte mais densa da floresta, onde nenhuma pessoa gostaria de ir. Os barulhos dos galhos estalando e dos passáros deixavam o ambiente tenebroso, mas Salva se sentia bem ali. Era o único lugar onde ele podia revelar seu rosto sem que ninguém gritasse ou se espantasse com sua aparência.

        Salva chega até uma pequena pedra envolta em flores. Ele deixa sua espada no chão e descobre seu rosto. Ele acende um incenso e o protege com suas mãos para que os fortes ventos não o apaguem. A lembrança das pessoas gritando quando o viam, faziam seus olhos se encherem de lágrimas.


S: - S-S-Sei, que tu-tudo na vida tem u-um motivo para ac-ac-acontecer, e que meu Destino fo-foi tra-traçado antes que eu na-nascesse. M-Mas, porque me deixou ta-tanta dor?


          Os olhos cheios de lágrimas de Salva escorrem e apagam o incenso, enquanto ele aperta firmemente suas pernas com suas mãos. Desolado por ter nascido como uma aberração que não poderia nem mesmo mostrar o seu rosto.


UM GRANDE ESFORÇO…


             Na sala de treinamento da Ázura, Kamy treinava freneticamente até seus punhos sangrarem. Ter sido derrotada na ilha foi tão doloroso que desde que se recuperou dos ferimentos, Kamy passou todos os dias na sala para ficar mais forte.


S: - Olha, quebrar esses adversários não vai te deixar mais forte - Sarina aparece sem que Kamy perceba na sala.

K: - Sarina, o que veio fazer aqui.

S: - Bom, faz uns meses que meus bonecos amanhecem quebrados todos os dias quando eu chego. Aí eu concerto e no outro dia estão do mesmo jeito.

K: - Me desculpe, Sarina. Eu vou ajeitar tudo antes de amanhecer.

S: - Não se preocupe, lindinha. Prefiro que você me diga o que está acontecendo.

K: - Sabe, a gente levou uma surra naquela ilha. O Gus quase morreu na ilha e… eu nem consegui derrotar um deles.

S: - Você não tem culpa, lindinha - Ela abraça Kamy que encosta em seu peito.

K: - Eu sei, mas é que eu me senti tão impotente naquela luta.

S: - Eu sei, mas às vezes encontramos pessoas mais fortes do que nós, então precisamos aprender a vencê-los de outras formas. Que tal eu te treinar, ao invés de você ficar acertando esses bonecos?

K: - Sério? Eu adoraria!

S: - Então vamos!

K: - Vamos nessa!


É HORA DE ACORDAR…


          No hospital, a médica responsável por Gus chega para verificar se tudo ocorreu bem com os exames, mas ao entrar no quarto ela se depara com uma pessoa que ela não conhecia.

- Quem é você?

V: - Eu vim pra levar ele pra casa.

- Quem autorizou você a subir? Só parentes podem entrar e ele está desacordado, não tem a mínima condição de ser liberado.

G: - Na verdade, eu acordei faz alguns minutos.

- Não pode ser!

G: - Só a minha cabeça que está girando um pouco, mas tirando isso eu estou me sentindo muito bem!  

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