Capítulos (1 de 2) 30 Nov, 2024
Capítulo 2
Em um lugar desconhecido, Gus lentamente se levanta do chão, sem entender muito bem o que estava acontecendo. Ele vê um homem de costas olhando para um enorme muro.
G: - É… Oi - O homem não responde o cumprimento - Meu nome é Gus, e eu estou um pouco perdido, será que pode me ajudar?
- Claro, mas ao contrário do que pensa, você não está perdido.
G: - Me desculpe, senhor, mas não sei se entendi muito bem. Eu sou de River Raw, e eu vim pra ilha com uns amigos. Eu queria saber como eles estão. E que lugar é esse, se você puder me ajudar.
- Já disse que posso, jovem.
O homem fica em silêncio.
G: - Então… - Com vergonha, ele se vira para ir procurar por ele mesmo - Obrigado pela ajuda, senhor! - Em sua cabeça ele pensava, “ Quem será esse cara?”.
Quando se vira, Gus dá de cara com uma parede.
G: - Aí, aí, aí. De onde saiu essa parede?
Observando bem, Gus a reconhece. Era a antiga decoração da cozinha da Ázura. Quando era criança ele e sua mãe sempre iam lá ajudar a fazer os jantares.
Gus se vira para falar com o homem mais uma vez, e o vê passando pela porta da cozinha. Ao passar a porta sua mãe passa bem na sua frente. Sem ao menos virar para o lado.
G: - Mãe?! - Incrédulo ao ver aquela imagem, as mãos de Gus tremem e ele sente um nó na garganta.
R: - Gus? - Rose se vira em sua direção e o chama.
G: - Mãe!
Quando Gus ia se aproximar, uma criança passa em sua frente e corre para os braços de Rose que o levanta e o abraça.
R: - E aí meu cacheadinho, o que vamos fazer pro jantar hoje? - O garoto era o próprio Gus , só que ainda criança.
- Você disse que hoje é dia de costela, né?
R: - isso aí, garotão. Agora vai lá na dispensa e pega os temperos que eu vou amolar a faca e já volto.
G: - Eu me lembro desse dia… - Aquela tinha sido a primeira vez que Gus tinha visto May.
Enquanto o jovem Gus, ia até a dispensa, pegar os temperos para sua mãe, ele via pela janela da cozinha uma garota entrando com sua mãe. As duas pegam um refrigerante na geladeira e Gus começa a observar a garota discretamente pela janela.
- Eu disse que você me conhecia.
A voz daquele homem aparece de repente e Gus se vira, mas não o encontra.
G: - Desculpe, mas acho que não nos conhecemos.
- Você está enganado. E precisa se lembrar.
De repente, o pequeno Gustaf sai correndo e o Gus adulto vai atrás dele. Os dois chegam ao até um armário onde estava a bolsa do pequeno Gustaf que a leva de volta a janela e pega um caderno que tinha um desenho de May com a roupa que ela estava naquele momento.
G: - Eu que fiz esse desenho? - Gus não se lembrava do motivo de ter ficado tão impressionado ao ver May pela primeira vez - A gente nem se conhecia ainda.
- Você conhecia, só tem que se lembrar.
Gus se aproxima de sua versão jovem, que assim como todos naquele lugar, não percebia sua presença. Ele observa melhor o desenho e vê uma frase escrita no canto do papel que dizia: “Para te mostrar que eu te conhecia, antes mesmo de termos nos visto”.
G:- Eu me lembro disso.
De forma abrupta Gus reaparece de volta no lugar onde abriu os olhos a primeira vez. O homem continuava sentado naquele tronco de árvore encarando aquele enorme muro. Curioso, Gus o questiona:
G: - O que está fazendo aí? Se me permite perguntar.
- Esperando.
Neste momento uma luz extremamente forte vem na direção deles, desfazendo o muro e atingindo os dois.
Gus acorda na cama do hospital, e vê Victoria em sua frente. Ela se assusta ao ver ele acordado.
G: - E aí, Vi.
V: - Achei que não ia acordar.
MAY ACORDA…
Aquela poderia ter sido mais uma triste e depreciva noite, mas a companhia de Harley foi um alívio muito necessário para May. As duas se levantam logo de manhã.
H: - Caraca, eu esqueci de avisar minha mãe que não ia dormir em casa.
M: - Não me lembro nem que horas eram quando dormimos - May se levanta do sofá onde as duas “desmaiaram assistindo” - Vou fazer um café.
H: - Graças a Deus! Eu te ajudo.
As duas vão para a cozinha, e apesar de muito dolorida, Harley percebia que o semblante de May estava mais vívido do que nos últimos meses.
H: - Então, se não se importa em perguntar… eu fiquei muito curioso sobre a sua relação com o Gus.
M: - Sobre o que?
H: - Bom, pelo que eu entendi, todo mundo já sabia que ele gostava de você, e mesmo assim você nunca percebeu?
M: - Acho que os sinais não foram muito claros. Nos fins de ano, sempre tinha uma festinha de natal na casa dele. E ele decidiu fazer uma pequena apresentação de comédia pra tentar me impressionar.
H: - E como foi?
M: - Bom, foi horrível e constrangedor. Ninguém riu, e todo mundo ficou em silêncio quando ele saiu.
H: - Aí meu Deus. Que horrível.
M: - Eu nunca imaginei nem que ele ligasse pra minha opinião.
H: - E o que pensou quando descobriu?
M: - Eu fiquei muito confusa. Não sabia bem o que pensar. Nós conversamos e aí quase nos beijamos. Depois nos beijamos mesmo e dormimos juntos. E eu me senti tão bem, como não me sentia a muito tempo. Mas bom, não sei quanto tempo de vida eu tenho. Achei que quando parasse de usar as Pastas, meu corpo ia definhar, mas por algum motivo eu tô me sentindo melhor do que nunca.
H: - E você não vai fazer os exames pra saber qual foi o estrago?
M: - Eu, não sei se tenho coragem e nem sei se quero saber. Só queria ver ele o máximo que eu puder até acontecer.
H: - Parece um bom plano - O telefone de Harley toca e era sua mãe. Ela o desliga e joga de volta na bolsa.
M: - Não vai atender?
H: - Não, ela só deve ter achado estranho que não me viu em casa, mas ela nem dormiu lá ontem então, ela não tem do que reclamar.
M: - Parece que não.
H: - De todo jeito eu tenho que ir. Obrigado pela noite, May. Foi muito divertida.
M: - Eu que agradeço por você ter vindo.
As duas se despedem e May recebe uma ligação da doutora responsável pelo caso de Gus.
M: - Oi, Doutora. Está tudo bem?
- May, vem pra cá, o mais rápido que puder.
M: - O que aconteceu?
- Ele acordou!
M: - Tá, chegou aí assim que puder!
May se dirige para o hospital rapidamente. Harley pega suas coisas e volta para sua casa. Quando chega, vê latas de cerveja vazias espalhadas pelo chão. Ela caminha cuidadosamente, tentando não fazer barulho, mas sem querer acaba pisando em uma garrafa.
H: - Que merda!
D: - Harley! Vem aqui, sua garota ingrata.
H: - O que você quer?
D: - Onde dormiu ontem? Você saiu, não deu notícias, só desapareceu.
H: - Tava com uma amiga. Ficou tarde e dormi na casa dela.
D: - E o que trouxe pra mim?
H: - Nada.
D: - Aham, e o que tem aí dentro da bolsa?
H: - Minhas coisas.
D: - Deixa eu ver! - Ela tenta pegar a bolsa à força.
H: - Não, solta!
D: - Me dá essa porra!
Druss consegue finalmente pegar a bolsa e a abre e vasculha, encontrando um maço de dinheiro.
H: - Me devolve! É meu dinheiro, eu que lutei pra conseguir.
Druss lhe acerta um tapa na cara com tanta força que Harley cai no chão.
D: - “Seu dinheiro”... E o meu dinheiro que eu gastei em você todos esses anos, em? E todas as despesas que eu tive que pagar e caras com que eu tive que dormir pra termos essa casa - Ela pega Harley pelo cabelo.
H: - Me solta, por favor.
D: - Escuta aqui sua vagabundazinha metida. Eu não vou continuar saindo por aí com aquele idiota, pra te arrumar uma chance de ganharmos uma grana. Você tem que se virar e dar um jeito de trazer mais dinheiro pra casa, entendeu?! - Harley fica calada chorando - Reponde, idiota!
H: - Entendi.
Druss, finalmente a solta e ela corre para seu quarto, fechando a porta e encostando uma estante de livros nela, para ter certeza de que ela não entraria.
Harley então se joga na cama, se encolhe e desaba em lágrimas, seu rosto doía, mas não tanto quanto seu coração esmagado e destruído.
Enquanto Harley lutava com os problemas de sua mãe, May chega ao hospital ansiosa e nervosa.
M: - Oi, eu vim visitar o Gus.
- Oi, May. Na verdade, ele já foi liberado. Uma parente dele veio buscá-lo.
M: - Ele tem parente. Ela deve ter usado um documento falso ou algo do tipo. Qual era o nome dela?
- Desculpe, não podemos dizer quem é.
M: - mas vocês deixaram uma pessoa completamente estranha levar ele e agora não podem nem me dizer quem? Tá de sacanagem.
- Sinto muito, é algo que não podemos revelar.
. Seria um crime.
May se vira para ir embora, mas a doutora chega e a intercepta no caminho.
- May!
M: - Doutora? O que aconteceu?
- Ele acordou e uma garota disse que era parente dele, e estava com os documentos. Eu disse que ele não podia sair, mas ele ameaçou sair à força. Então eu tive que liberá-lo.
M: - Quem era a garota?
- Só sei que o nome dela é Victoria.
M: - Eu sei quem é. Obrigado, Doutora.
May sai andando do hospital e vai a caminho da Ázura.
ÁZURA…
Nos jardins que rodeiam Ázura, Robert cuidava das plantas e flores, e Maggie vem em sua direção trazendo o filho dele, Allan.
M: - E aí, papai. Alguém aqui queria dar um oi.
R: - Vem cá - Ele pega seu filho no colo - A titia cuidou bem de você?
M: - Se ele falasse, ele diria que sim.
R: - Obrigado por ter ficado um pouco com ele, Maggie.
M: - Não precisa agradecer, eu amo esse nanico. E ele ama a titia, não é, amorzinho? - Ela faz uma voz de bebê que faz Allan e Robert rirem.
R: - E como está a Luna?
M: - Dormindo. Estava tão exausta que assim que dormiu sentada na cadeira.
R: - Eu imagino. Os primeiros dias são os mais cansativos.
M: - Apesar de cansada, ela parece bem feliz.
R: - Nunca tinha a visto tão animada. Os anos que passamos naquela ilha maldita foram um terror, e a gravidez a deixou muito deprimida por conta da situação. Na nossa primeira noite aqui, ela chorou a noite inteira, de tanta felicidade por estar em segurança, e por podermos criar nosso filho em um lugar tranquilo.
M: - Imagio, que deve ter sido um pesadê-lo.
R: - Foram, mas eu nunca me esqueci da promessa que te fiz. Eu sinto muito por não ter conseguido voltar antes. Eu pensava em você todas as noites - Ele segura a mão de Maggie.
M: - Não tem que por que se preocupar, Rob. Você estar aqui agora, vivo e com esse bebezinho lindo, é tudo que me importa. Eu passei anos esperando por esse momento.
R: - E eu ainda vou cumprir a promessa. Vamos ter uma linda casa e família. Vou trablhar duro pra isso, todos os dias.
M: - Dessa vez, nós vamos fazer isso untos, ok?
R: - Não se preocupe, nunca mais vou deixar você sozinha. Soube alguma coisa do Gus?
M: - Só que ele ainda não acordou. Só a May consegue ir vê-lo, então não sei de muita coisa.
R: - Espero que ele acorde. Nunca teríamos saído daquela ilha sem ajuda.
M: - Eu também espero. Foi por minha causa que ele foi atrás de você, e agora ele pode estar morto. Não consigo parar de pensar que é minha culpa ele estar passando por isso.
G: - Acho que já pode esquecer essa culpa. Primeiro que eu fiz a escolha de ir sabendo dos riscos, e segundo que eu ficaria muito triste se morresse e tivesse que ver você se lamentando depois de encontrar seu irmão.
Os olhos de Maggie se enchem de lágrimas ao ver Gus em pé ali com a Victória ao seu lado. Ela corre pelo jardim, abre a cerca e lhe abraça com toda força que tinha.
M: - Você acordou! Mas já te deram alta?
G: - Bom, mais ou menos. A Vi deu um jeitinho e consegui sair de lá. E eu não conseguia parar de pensar se vocês tinham se encontrado.
M: - Vem, vamos pra dentro. Você tem que sentar, parece meio fraco.
G: - Eu dormi por um bom tempo, então tô um pouco enferrujado.
Eles entram em Ázura em se sentam em uma das mesas. Maggie sobe para o segundo andar onde Sarina, Xhaka, Aleukh e o mestre Wade estavam fazendo uma reunião e os avisa que Gus estava acordado.
G: - Seu bebê cresceu.
R: - Sim, por sua causa. Eu nunca vou poder agradecer pelo que fez.
G: - Não agradeça. Eu estou feliz por você e sua família estarem em segurança.
Kamy e Salva entram na sala e ao avistarem Gus, correm para abraçá-lo.
K: - Gus!
S: - Gus!
G, Kamy, Salva! Que saudade de vocês dois!
K: - Não acredito que você acordou! - Ela o abraça com tanta força que seus ossos estalam.
G: - Aí, aí, aí. Desse jeito vou acabar dormindo de novo.
O mestre também desce com os outros, e todos lhe dão um forte abraço.
G: - E as novidades?
W: - Bom, o Khubarsí foi extinto da face da terra e a ilha voltou para a posso do reino. O rei parece ter ficado bem agradecido e interessado em você. Ele nos manda cartas frequentemente para saber como estava o seu estado.
X: - Quem ainda usa cartão hoje em dia?
G: - Eles são meio arcaicos mesmo. É proibido o uso de tecnologias não essenciais pra preservar o espírito e a história do reino.
V: - Então não tem celulares, internet, nem nada desse tipo. Me admira que eles usam lâmpadas ao invés de tochas.
K: - Urgh, não sei por que as pessoas gostam tanto de lá.
V: - Dizem que a bebida é muito boa.
K: - Então tá explicado.
G: - E sabe por que ele queria saber como eu estava ?
K: - Provavelmente ele queria te mandar um bombom de “parabéns por me deixar mais rico”.
W: - Não sei, mas também nem perguntei. Não acho que as pessoas da capital tenham algum tipo de empatia por nós.
S: - Ou por qualquer outra pessoa.
W: - Agora chega desse papo. Que tal todos se reunirem aqui pra jantar e comemorar que o Gus está bem?
A: - Ia, será muito divertido!
X: - Vou comprar umas bebidas!
S: - Eu vou com você botijãozinho.
X: - Obrigado, querida.
A: - Todo mundo aqui às 19:00h!
K: - Pode deixar.
S: - S-sim, senhora!
Todos começam a trabalhar nos preparativos para a festa e Sarina e Xhaka encontram May do lado de fora da Ázura.
X: - Onde você estava? O Gus acordou.
M: - Quando cheguei no hospital ele já tinha saído. Ele ainda está aqui?
S: - Tá lá dentro! Corre, ele vai adorar te ver.
M: - Valeu, gente.
May corre para dentro, e vai até o salão principal onde encontram Salva e Kamy limpando o lugar para as festividades.
M: - Pessoal, cadê o Gus?
K: - Acho que ele foi pegar alguma coisa na cozinha.
M: - Beleza!
May vai até a cozinha, mas só vê Victória sentada tomando um café, no entanto haviam duas xícaras na bancada.
M: - Cadê ele?
Victória acena com a cabeça apontando para atrás dela. Quando May se vira, Gus passa ao seu lado com um papel na mão.
G: - E aí, May - Ele dobra o papel e o guarda - Vi, vamos embora?
V: - Vamos.
May entra na frente dele, para impedi-lo de sair. Ela não conseguia entender o motivo dele ter passado por ela como se nada tivesse acontecido. Como se não tivessem dormido juntos e fossem só dois colegas.
G: - Hããã, tudo bem?
M: - Me diz você. O que aconteceu? Quero saber como você está. Como acordou.
G: - Relaxa, May. Eu tô bem, não precisa se preocupar.
M: - Mas você não parece bem. Tá mancando e parecendo meio fraco.
G: - Bom, eu fiquei muito tempo deitado. É natural. Eu vou melhorar.
M: - Posso ficar com você até melhorar.
G: - Não precisa, a Vi tá me acompanhando e foi me buscar no hospital.
M: - Ah ela foi?! - May fica furiosa ao ouvir isso depois de passar tampo tempo com ele naquele lugar.
G: - A gente se vê no jantar. Tchau, May.
Ele sai sem dar muita bola pelo para May, que continua sem entender o que aconteceu. Ela liga para Harley pra desabafar.
H: - Oi, May.
M: - Oi, será que a gente pode se encontrar?
H: - Claro! O que aconteceu?
M: - Eu te conto quando nos encontramos. Na minha casa ou na sua?
H: - Na sua!
M: - Tá bom. Te espero lá.
Victoria questiona Gus sobre sua atitude enquanto eles vão até a casa dele.
V: - Ela ficou com você todos os dias enquanto você estava em coma.
G: - Eu agradeço ela depois.
V: - Por que não agradeceu na hora.
G: - Bom, eu não sabia. Tava desacordado lembra.
V: - Mas também não tinha motivo pra tratar ela assim. Vocês tiveram um “lance” na ilha. Com certeza ela significa algo pra você.
G: - Bom, eu não queria que ela ficasse comigo por pena ou por culpa. Queria que ela gostasse de mim por quem eu sou. Mas já aceitei que nunca vai acontecer.
V: - Você não sabe disso. Talvez ela só precisa de um pouco mais de tempo.
G: - Acho que já dei bastantes tempo pra ela. E por que tá tão interessada? Você queria que eu morresse da última vez que nós vimos e de preferência pela suas mãos.
V: - Só não acho justo. E eu ainda quero te matar.
G: - Acho que não seria justo matar um inocente.
V: - Talvez seja, se ele um dia vai se tornar um monstro.
G: - Tipo como matar uma criança pra evitar que um dia ela se torne um ditador?
V: - Exatamente.
G: - Se o matar quando jovem. Vai ser só uma assassina de uma criança inocente. Não importa o que ela vai ser, ou se você sabe o que ela vai ser, se a matar antes que ela cometa um crime então você é a criminosa.
V: - O problema é que quando a criatura vira um monstro que não pode ser mais parado.
G: - Você podia ter me matado enquanto dormia.
V: - Quantas vezes você já se feriu gravemente em uma batalha?
G: - Várias vezes.
V: - E ainda está vivo. Sei muito bem que não tinha um recurso forte o suficiente pra acabar com você.
G: - Talvez tenha razão. De todo forma, eu sinto muito pelo que fiz com sua família.
V: - Não vai mudar o que aconteceu.
G: - Sei que não. Mas pode ao menos me dizer, quem eles eram?
Victoria fica pensativa enquanto caminha.
V: - Meu pai era um idiota. Abandonou minha mãe quando eu era criança. E minha mãe, era uma pessoa meio bruta e fria. Mas era tudo que eu tinha.
G: - E como exatamente eu os matei?
V: - Você invadiu nossa casa e enfiou uma estaca de gelo no coração da minha mãe.
G: - Deve ter me confundido. Nunca invadiria a casa de alguém e a mataria. Já tive que lutar até a morte contra algumas pessoas, mas nunca assassinei ninguém.
V: - Bom, vamos ver.
Eles chegam até a casa de Gus, e vão direto para o seu quarto onde ele pega uma caixinha de metal escondida dentro de seu guarda-roupa.
V: - O que tem aí?
G: - Algumas coisas importantes pra mim.
Dentro dela, haviam algumas cartas e Gus coloca um papel dobrado dentro e a guarda de volta no guarda-roupa.
V: - O que tinha no papel?
G: - Um desenho que eu fiz quando era criança. Nada demais. Então, o que você quer fazer até a hora do jantar?
V: - Quero treinar! Ficar tão forte quanto você.
G: - No meu estado atual, você já pode me encher de porrada.
V: - É, mas você vai se recuperar.
G: - Sinto muito, mas acho que não consigo te ajudar muito hoje. Nem consigo andar direito.
V: - Não tem nada que dê pra me ensinar?
G: - Talvez sim. Será que você consegue alcançar o livro vermelho lá na última prateleira da estante?
Ela o teletransportar para a mão de Gus.
G: - Bem mais fácil!
M: - Não é.
G: - Pega uma cadeira - Ele se senta na sua escrivaninha e ascende seu abajur.
V: - O que tem nesse livro?
G: - Ele tem anotações sobre armas, técnicas mágicas e formas de combatê-las. Era da minha mãe. Ela sempre colocava lá pra mim não ver quando era criança.
V: - Acha que eu preciso de uma arma?
G: - Bom, se quer ficar mais forte, vai precisar. Quando você quer soltar um golpe muito pesado e concentrado, ele é muito intenso pro seu corpo. Se a May usasse uma técnica de explosão concentrada no braço direito pra socar alguém. A energia explodiria o braço dela.
V: - Por causa da concentração de energia.
G: - Exatamente! O seu corpo não aguentaria e viraria uma paçoca.
V: - Uma arma não sofre a mesma coisa? Tipo, o metal explodiria se tivesse uma concentração de energia que excedesse a capacidade das moléculas.
G: - Sim, mas se elas forem feitas d eu matéria que abiserve energia. Elas não aguentariam.
V: - Tipo as Sifras.
G: - Elas aboserve a energia concentrada e você pode liberá-la sem ter que se preocupar com o estrago.
V: - Por isso o Nero usava aquela arma pra lançar seus golpes.
G: - Assim ele pode liberar a energia de forma mais intensa sem se preocupar com seu corpo. Todos os Picos da Coroa, usam armaduras e armas que absorvem energia. No entanto, elas são feitas de Ebonítia.
V: - O que é Ebonítia.
G: - O material com maior capacidade de absorver energia no planeta. Ele é tão raro que ainda não se sabe de onde ele veio e os registros de onde foram encontrados a primeira vez se perdeu. Existe muitas poucas amostras e uns 90% estão nas na capital, incrustado naquelas armaduras.
V: - Que droga. Mas não sei se entendi. Minha energia não é ofensiva, e não posso canalizá-la numa espada ou algo do tipo.
G: - Mas pode armazenar em uma sifra. Seria útil pra quando você estiver esgotada, ou ficar sem opções pelo motivo que seja. Ativar uma sifra gasta uma ínfima quantidade de energia. Então que tal eu pegar algumas na Ázura e te mostrar como fazer?
V: - Vai ser muito maneiro. Vamos!
G: - Vamos lá!
PREPARATIVOS…
Sarina e Xhaka foram até um mercado da cidade para comprar as bebidas.
X: - Podíamos ter vindo de carro.
S: - O mercado é aqui do lado. E eu adoro caminhar com você nessa via. É muito romântica.
River possui algumas vias para pedestres que ligam boa parte da cidade. Elas são rodeadas de belas árvores floridas, que sempre deixam cair suas pétalas e adornavam o chão. Também haviam árvores de ylicas, que produziam algo parecido com algodão e fazia parecer que caminhavam por belas nuvens, tão brancas que pareciam de mentira.
X: - Eu também adoro caminhar com você! Mas, você pode ver as flores pela janela do carro.
S: - Eu posso te arremessar por ela também.
X: - Outro motivo pra virmos de carro. Chegaríamos mais rápido. Ou eu morreria e não teria que andar até lá.
S: - Infelizmente, acho que você vai viver bastante.
X: - O que você quer beber hoje?
S: - Tô sem ideia. Você tem algum palpite.
X: - Podíamos comprar algumas frutas e bebidas e fazermos algumas batidas.
S: - Por mim tá ótimo.
X: - Então vamos.
S: - Xhaki - Apelido que Sarina colocou em Xhaka - Nós devemos contar ao Gus do traidor agora?
X: - Não, vamos contar depois. Ele acabou de acordar, e seria meio pesado pra ele agora. Vamos deixar ele descansar.
S: - Tem razão. Vamos comprar a bebida e animar a festa.
X: - Agora tá falando a minha língua.
Os dois entram na loja e as pessoas começam a encarar Xhaka, as suas tatuagens e visual ameaçador sempre deixava as pessoas apreensivas.
X: - Não é melhor a gente voltar quando tiver menos gente?
S: - Tá tudo bem, só vamos comprar nossas coisas e depois ir embora.
X: - Tá bom, querida.
Eles vão até o corredor das bebidas, e pegam alguns refrigerantes e algumas bebidas. Enquanto escolhia, Sarina se afastou de Xhaka e foi pegar alguns corantes para as bebidas.
Xhaka recostou seu rosto sobre o vidro e observa Sarina escolhendo as cores e os sabores de acordo com as pessoas de Ázura mais gostavam. Em sua cabeça ele só pensava em como teve sorte por ter encontrado alguém como ela. Xhaka então vai em sua direção e acerta um tapa em seu bumbum, como ele sempre brincava com ela. De repente um homem que estava no corredor vê aquilo e acerta um soco em Xhaka que cai no chão.
- O que pensa que tá fazendo com a garota desgraçado?!
S: - O que você pensa que tá fazendo!? Ele é meu namorado, seu imbecil!
Xhaka tenta se acalmar, e acaba apertando o chão com tanta força que ele racha. Sarina o ajuda a levantar.
- Quer saber não tô nem aí, vocês bem que merecem por fazerem parte dessa merda de quadrilha! - Ele chuta o carrinho e derruba as bebidas no chão.
S: - Tá falando do que?
- A tatuagem do seu namorado. É da gangue dos Caçadores de Cinzas.
Xhaka se levanta e fica diante do homem exalando uma aura de que quebraria o pescoço dele sem o menor problema. Ele parecia enorme e furioso. Suas veias faltavam pra fora como se fossem atacar junto com ele. Mas Xhaka apenas o encarou o fazendo recuar.
- E-eu, não tenho medo de você! Pode vir!
Sarina acerta um soco no rosto do homem que o faz desmaiar. E se vira para acalmar Xhaka.
S: - Calma, Xhaki. Tá tudo bem - ela coloca as mãos em seu peito e ele lentamente se acalma, segurando a mão de Sarina da forma mais gentil que poderia.
X: - Vamos pagar pelas bebidas e ir pra casa.
Sarina sorri e concorda e os dois pagam as bebidas e voltam para Ázura.
Do outro lado da cidade, Harley caminhava até a casa de May, olhando em um pequeno espelho se as feridas que sua mãe tinha feito nela ainda estavam cobertas pela maquiagem. Depois de se certificar que estava tudo certo ela bate na porta e May corre para atender.
H: - E aí? Trouxe sorvete prós seus problemas.
M: - Você tava sabendo da festa?
H: - Festa?
M: - O jantar que o mestre marcou pra mais tarde. É que como você tá maquiada e arrumada, achei que era por isso.
H: -Ãh, não. Na verdade eu tava testando umas maquiagens novas e umas roupas. E aí o que achou?
M: - Olha, ficou muito bonita. Entra aí.
H: - E aí o que aconteceu?
M: - Não sei - May segura seu copo de sorvete mais forte e abaixa a cabeça enquanto lembra da cena - O Gus acordou, saiu do hospital e foi pra Ázura. Então eu fui atrás dele, mas quando cheguei lá ele estava frio e seco comigo. Como se não se importasse em me ver.
H: - Será que é por que a última coisa que ele se lembra antes do coma é que você não disse que o amava.
M: - É, mas sei lá. Eu estava tão ansiosa pra ver ele que nem pensei em nada e quando cheguei lá, encontrei uma pedra de gelo.
H: - Você tem que conversar com ele e dizer a verdade - Ela segura a mão de May - Ele mais do que qualquer um tem que saber, e você nem sabe se as Kastas realmente vão te matar, talvez não tenha feito tanto estrago assim. Afinal seus poderes estão normais, você parece mais saudável do que antes, e só vai saber se podem ou não ficar juntos se fizer os exames.
M: - Eu sei, mas é tão difícil fazer isso.
H: - Eu entendo, mas vamos estar com você. Todos nós, inclusive seu cacheadinho.
M: - Eu agradeço de coração, por ter sido uma ótima amiga.
H: - Nem precisa agradecer. Que tal você colocar uma roupa bem bonita, se aprontar e aí eu duvido que ele vai resistir a essa princesa.
M: - Vai ser muito divertido - May sorri e se anima muito com a ideia.
O JANTAR…
Quando a noite chega, May e Harley terminam de se arrumar e vão até Ázura para o jantar. Quando chegam, o lugar estava barulhento e cheio como era na época em que a mãe de May e de Gus ainda estavam vivas.
May esfregava as mãos e seu olhar parecia perdido. Sua mente a bombardiava de ideias e situações que quase a enlouqueciam.
H: - Tá nervosa?
M: - Hã? Não, por que?
H: - Porque parece que tá tentando quebrar as suas próprias mãos.
M: - É… que eu tô com frio.
H: - Você é praticamente uma fogueira humana.
M: - Tá, eu tô um pouco nervosa. Você poderia ficar comigo até eu encontrar ele?
H: - Vou ser o seu chiclete hoje, fogaréu.
M: - Obrigada, ‘Harly’.
As duas iam entrar em Ázura, mas Druss, a mãe de Harley, as intercepta.
D: - Ei, garota.
H: - O que é?
D: - Como assim o que é? Quando acordei a cada tava uma bagunça, por que não arrumou nada?
H: - Depois de hoje de manhã, acho que você pode arrumar sozinha.
D: - Como assim o que aconteceu de manhã?
H: - Se você parar de beber até cair, vai se lembrar. Vamos, May.
M: - Você brigou com sua mãe?
H: - Como sempre. Ela é uma idiota, pelo menos quando bebê.
M: - Não quer conversar sobre isso?
H: - Não, só quero curtir essa noite. Vamos encontrar o seu cacheadinho.
As duas entraram e vão até o salão onde estão os gêmeos, Salva e Aleukh. Gai e Guey correm para abraçar May.
Gi: - May!!!
Gy: - May!!!
M: - Oi meninos, vocês viram o Gus?
Gi: - Ele passou por aqui faz uns minutos.
Gy: - Talvez esteja na cozinha, ele que tá fazendo a comida.
A: - Beleza meninos, agora venham me ajudar a aprontar a mesa. Se aprontou inteira pro seu, cacheadinho…
M: - Não, eu… é…
A: - Relaxa, menina. Eu entendo. Vai lá atrás dele. Ele passou aqui e voltou pra cozinha faz uns minutos.
M: - Valeu, Aleukh.
H: - Gostei da roupa.
A: - Quem sabe eu também não encontro meu par depois do jantar.
As duas riem e vão procurar pelo Gus, na cozinha. Lá estavam, Maggie, Sarina e Xhaka.
H: - Pessoal vocês viram o Gus?
M: - Ele tava ajudando a gente a cozinhar, mas já tá tudo pronto e ele saiu.
S: - Será que ele não tá com a Kamy e a Vi ? Eles estão no parque de tirar lá atrás.
H: - Valeu gente.
M: - Tomara que ele esteja lá, se não, nem sei mais onde procurar.
Quando elas saem da porta, May esbarra em Gus. Ele a segura em sua cintura para não deixá-la cair e ao vê-la seus olhos se encandeceram como duas estrelas e ele a apertou mais forte. May sente seu rosto arder, enquanto ele fica todo vermelho. Gus a solta finalmente.
G: - Você está muito bonita.
M: - O-obrigada.
G: - O jantar já está pronto, vocês vão pro salão agora?
H: - Eu acho que eu vou indo. A May queria falar uma coisa - Harley a empurra para perto de Gus de novo - Eu encontro vocês lá. Fico feliz que você está bem cacheadinho.
G: - E eu que vocês estão bem, ruiva - Harley vai para o salão e deixa os dois a sós - Tá tudo bem?
M: - Bom… eu acho que você que tem que me dizer. Você nem olhou na minha cara direito, e depois de tudo que passamos na ilha, eu passei todo esse tempo do seu lado. Achei que pelo menos você fosse agir como se eu não fosse uma pessoa aleatória.
G: - Eu agradeço por ter ficado comigo enquanto eu estava desacordado. Mas na ilha ficou bem claro pra mim que você não sente nada por mim. Então nós somos só duas pessoas que se conhecem e nada mais.
M: - Gu, não é que eu não sentia nada por você. Eu só não podia porquê… - May quase conta sobre seu estado de saúde, mas perde a coragem - É complicado.
G: - Parece que só não foi complicado quando dormiu comigo.
M: - Não tem nada haver, idiota! Eu quero ficar com você.
G: - Sei…
M: - É sério!
G: - Qual é, passei anos correndo atrás de você e você nunca nem soube que eu existia. Aí quando finalmente acho que pode acontecer alguma coisa entre nós, você me dá um fora. Você sabia o que eu sentia por você e mesmo assim nem se importou.
M: - Quer saber a culpa não é minha se você não teve um pingo de coragem pra falar comigo como uma pessoa normal ao invés de fazer um monte de idiotices que só me fizeram achar você um maluco sem noção. E você também dormiu comigo antes de saber o que eu sentia por você. Não tenho culpa se você não sabe agir como uma pessoa normal!
A briga parou e May percebe na hora que suas palavras machucaram mais do que ela queria. Os olhos de Gus estavam cheios de lágrimas e não escondiam a dor que estava sentindo.
G: - Tem razão.
Gus não conseguiu reagir, apenas enxugou suas lágrimas e passou por May que tentou segurar seu braço.
M: - Gus, espera!
G: - Me deixa em paz!
Ele puxa seu braço e caminha pra fora do corredor. May vai atrás dele, mas Gus cria uma barreira de gelo impedindo a passagem.
M: - Que merda. Gus!!!
May derrete o gelo com seus poderes mas não vê mais ele. Ela corre e olha do lado de fora, mas ele subitamente havia desaparecido.
M: - Não, não, não, não! Que droga eu fiz!
Dentro da da Ázura, os enfeites estavam finalizados e a mesa estava posta. O mestre desce de sua sala e se admira, com a beleza do lugar.
W: - Quem fez esses enfeites?
Gi: - Nós fizemos mestre!
Gy: - Nós fizemos mestre!
W: - Olha, hoje vocês vão poder dormir a hora que quiserem. Fizeram um ótimo trabalho, meus garotos - Ele faz um afago no cabelo dos dois.
Gi: - Obrigado, mestre!
Gy: - Obrigado, mestre!
W: - Harley! Nossa mais jovem aprendiz! Será que teria chance da sua mãe aparecer por aqui?
H: - Ela estava por aí agorinha.
W: - Você a convidou pra festa? Eu tentei ligar, mas ela não me atendeu.
H: - Não, e acho que se tem algo pra resolver com ela, tem que resolver você mesmo.
Harley ficou extremamente irritada com a pergunta, o que deixou o mestre sem jeito. Todos acham estranho, já que ela não costuma se comportar assim.
X: - Será que aconteceu alguma coisa?
W: - Ela sempre usou tanta maquiagem?
X: - Eu nunca percebi.
W: - Deve ser impressão minha. Talvez ela esteja brava por eu ter saído com a mãe dela. Quando ela se acalmar, eu peço desculpas e converso com ela.
X: - Boa ideia.
W: - Cadê o Gus?
S: - May, você tava procurando ele. Conseguiu encontrá-lo?
M: - Meio que sim, mas acho que o perdi de novo.
G: - Tô aqui!
Gus aparece atrás deles trazendo a comida.
G: - Tô pegando a comida. Salva, pode me ajudar?
S: - S-sim!
Depois da mesa estar posta todos começam a comer e Gus está sentado em uma ponta da mesa, enquanto May está ao lado de Harley na outra ponta. Os gêmeos pareciam empolgados e não paravam de encarar Gus.
G: - Vocês querem perguntar alguma coisa, não é?
Gy: - Um milhão de coisas!
G: - Seus piolhos! O que querem saber?
Gi: - Você lembra de alguma coisa quando estava desacordado?
G: -Eu tive uns sonhos esquisitos, tipo, conversei com um cara que não tinha ideia de quem era, mas me conhecia e ele me mostrou algumas lembranças.
Gy: - Que maneiro! Você deixaria a gente examinar o seu cérebro?
G: - Se comerem toda a comida e as verduras, eu deixo.
Gy: - Pode deixar!
Gi: - Pode deixar!
G: - Querem saber mais alguma coisa?
Gy: - Você sentiu alguma alteração nos seus poderes?
Gi: - Despertou alguma habilidade nova? Tipo, um poder mais sinistro e fantasmagórico.
G: - Sinto muito crianças, acho que ainda tenho os mesmo poderes de antes.
May encarava Gus com tanta veemência que ela nem tinha começado a comer ainda.
H: - O que aconteceu?
M: - Hã?
H: - Você tá encarando ele desde que sentamos. O que aconteceu?
M: - A gente discutiu e eu posso ter me exaltado e passado um pouquinho da conta.
H: - Que merda. O que vai fazer agora?
M: - Posso mandar um dos gêmeos dormir e sentar do lado dele.
H:- Ou pode fazer um barraco logo e espantar ele de vez.
M: - Aí ‘Harly’, será que eu vou lá agora?
H: - Vai lá. Não custa tentar.
M: - Tá bom!
May se levanta para ir falar com Gus, mas antes que pudesse chegar até ele, um homem de armadura negra entra em Ázura e deixa todos aflitos.
H: - Essa armadura é de um dos membros dos 5 picos da coroa.
W: - O senhor, quer alguma coisa?
- Estou procurando por um homem chamado Gustaf!
G: - E o que você quer comigo?
- O próprio rei me mandou para convidá-lo a ir ao castelo. Ele tem assuntos para resolver sobre a ilha da morte.
S: - Iiii, não tá me cheirando bem isso!